Tipuana | Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo

Tipuana

TIPUANA (Português)

A Tipuana conhecida popularmente por Tipu ou Tipa no Uruguai é denominada cientificamente como Tipuana tipu (Benth.) Kuntze, pertencente à família Fabaceae-Faboideae. Seu nome tem origem no tupi-guarani, para a qual a palavra “tipu” que significa árvore ou madeira. Está espécie tem ocorrência nas regiões do norte da Argentina e no sul da Bolívia.

A Tipuana é uma árvore que pode atingir até 30 metros de altura, apresentando um tronco robusto e uma copa ampla e arredondada. Suas folhas são compostas, pinadas e geralmente possuem de 5 a 13 folíolos, que são verdes e brilhantes. As flores são amarelas, reunidas em inflorescências do tipo panícula, surgindo principalmente na primavera e atraindo polinizadores como abelhas. O fruto é uma vagem plana e longa, que contém sementes, e se espalha pelo vento, contribuindo para a regeneração natural da espécie.

A fenologia da Tipuana é marcada por ciclos sazonais bem definidos. As flores costumam aparecer entre a primavera e o início do verão, formando uma profusão de cor que atrai muitos polinizadores. Após a floração, as vagens começam a se desenvolver e, ao longo do outono, elas amadurecem, liberando sementes que são dispersas pelo vento. A folhagem é densa durante a primavera e o verão, enquanto no inverno a árvore pode perder parte de suas folhas, especialmente em regiões com climas mais frios. Essa adaptação fenológica permite que a Tipuana maximize sua eficiência em diferentes condições ambientais, consolidando seu papel como uma espécie resiliente e ecologicamente significativa.

A colheita das sementes é feita logo após sua queda ao solo. É preciso retirar uma pequena “asa” que ela possui. Além disso, é necessário deixar as sementes por 24 horas em água em temperatura ambiente para que aconteça a quebra de dormência, e para seu plantio, as sementes devem ser semeadas diretamente nos sacos de polipropileno ou em tubetes.

Devido ao alto valor nutritivo das folhas, podem ser usadas como suplemento alimentar para pequenos ruminantes. Na medicina popular, a planta é usada como laxante e adstringente. Ainda, a resina da espécie é utilizada como cicatrizante e apresenta propriedades anti-inflamatórias. Em áreas urbanas, a Tipuana é frequentemente utilizada no paisagismo devido à sua resistência e beleza, ajudando a melhorar a qualidade do ar e a amenizar a temperatura urbana, contudo, por apresentar grande porte, deve ser usada em locais amplos.

Fontes:

CABRAL, Elsa Leonor; CASTRO, Marcelo. Palmeras Argentinas – Guía para el reconocimiento. 1ª Ed. Buenos Aires: L.O.L.A., 2007.

CAMPOS, Humberto de. Enciclopédia Agrícola Brasileira Vol. 1. São Paulo: ESALQ, 1995.

CARVALHO, Paulo Ernani Ramalho. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1).

LORENZI, Harri; BACKER, Luis Benedito; TORRES, Mario Antonio Virmond. Árvores e arvoretas exóticas no Brasil. Nova Odessa: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2018.

LORENZI, Harri; LACERDA, Marco Túlio Côrtes de.; BACHER, Luis Benedito. Frutas no Brasil nativas e exóticas (de consumo in natura). São Paulo: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2015.

MERCEDES, Rivas; BARBIERI, Rosa Lía. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do butiá. Brasília DF: Embrapa, 2014.

RIFFLE, Robert Lee; CRAFT, Paul; ZONA, Scott.  The Encyclopedia of Cultivated Palms. 2ª Ed. Portland: Timber Press, 2012.

ROSS, Pablo; MUÑOZ, Julio Eduardo; CRACCO, Pedro. Flora Indígena del Uruguay. 3ª Ed. Montevideo: Editorial Hemisferio Sur,2018.

Responsáveis dados técnicos: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo) e Lauís Brisolara Corrêa (colaborador externo).

Responsáveis produção textual: Francielle de Lima (coordenadora), Ariane Ferreira Clavijo (discente bolsista), Giovana de Oliveira (discente voluntária), Jerusa Vieira Urrutia (discente voluntária) e Pablo Gabriel de Muniz Correa (discente voluntário).

 

TIPUANA (Español)

La Tipuana es conocida popularmente por Tipu o Tipa en el Uruguay. Es denominada científicamente como Tipuana tipu (Benth.) Kuntze, pertenece a la familia Fabaceae-Faboideae. Su nombre tiene origen en tupi-guaraní, de donde salió la palabra “tipu” que significa árbol o madera. Esta especie tiene ocurrencias en las regiones del norte de Argentina y en el sur de Bolivia.

La Tipuana puede llegar hasta 30 metros de altura, presenta un tronco robusto y tiene una copa amplia y redondeada. Sus hojas son compuestas, pinnadas y generalmente poseen de 5 a 13 folíolos verdes y brillantes. Las flores son amarillas, reunidas en inflorescencias del tipo panícula y surgen, principalmente, en la primavera lo que atrae los polinizadores con las abejas. Su fruto es una vaina plana y larga, con semillas que se desparraman con el viento, contribuyendo para a regeneración natural de la especie.

La fenomenología de la Tipuana es marcada por ciclos bien definidos. Las flores, generalmente, aparecen entre la primavera y el inicio del verano, formando una abundancia de colores lo que atrae a muchos polinizadores. Después de la floración, el desarrollo de las vainas empieza en otoño, al madurar liberan semillas que se dispersan con el viento. El follaje es denso en la primavera y en verano, mientras que en invierno pierde sus hojas, especialmente, en regiones con climas más fríos.   Esa adaptación fenomenológica permite que la Tipuana aumente su eficiencia en diferentes condiciones ambientales, consolidando su papel como una especie resistente y significativa para la eocologia.

La cosecha de las semillas debe ocurrir enseguida que caen en la tierra. El proceso empieza con retirar una pequeña “asa” que posee, después se debe dejarlas por 24 horas en el agua a temperatura ambiente para que ocurra a quebra de dormência, y, por fin, están prontas para la siembra. Las semillas deben ser sembradas directamente en bolsas de polipropileno o en tubos adecuados para eso.

Debido al alto valor nutritivo de sus hojas, pueden ser usadas como suplemento alimentar para pequeños rumiantes. En la medicina popular, la planta es usada como purgante y astringente. La resina de la especie es utilizada como cicatrizante y presenta propriedades antiinflamatorio. En áreas urbanas, la Tipuana es frecuentemente utilizada en el paisaje debido a su resistencia y belleza, ayudando en la mejora de la calidad del aire y de la temperatura urbana. Por su tamaño robusto, debe ser cultivada en locales amplios.

Responsáveis pela tradução: Profª. Dra. Maria do Socorro de Almeida Farias Marques (docente colaboradora), Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária) e Rodrigo Moraes (discente voluntário). 

 

TIPUANA (English)

The Tipuana popularly known as Tipu or Tipa in Uruguay is scientifically called Tipuana tipu (Benth.) Kuntze, belonging to the family Fabaceae-Faboideae. Its name originates from the Tupi-Guarani, for which it derived from the word “tipu” which means tree or wood. This species occurs in the regions of northern Argentina and southern Bolivia.

The Tipuana is a tree that can reach up to 30 meters in height, with a robust trunk and a wide and rounded crown. Its leaves are compound, pinnate and usually have 5 to 13 leaflets, which are green and shiny. The flowers are yellow, gathered in panicle-like inflorescences, appearing mainly in spring and attracting pollinators such as bees. The fruit is a flat and long pod, which contains seeds, and spreads by the wind, contributing to the natural regeneration of the species.

The phenology of Tipuana is marked by well-defined seasonal cycles. The flowers usually appear between spring and early summer, forming a riot of color that attracts many pollinators. After flowering, the pods begin to develop, and over the course of the fall, they mature, releasing seeds that are dispersed by the wind. The foliage is dense during spring and summer, while in winter the tree may lose some of its leaves, especially in regions with colder climates. This phenological adaptation allows the Tipuana to maximize its efficiency in different environmental conditions, consolidating its role as a resilient and ecologically significant species.

The seeds are harvested soon after they fall to the ground. It is necessary to remove a small “wing” that it has. In addition, it is necessary to leave the seeds for 24 hours in water at room temperature for the dormancy break, and for their planting, the seeds must be sown directly in polypropylene bags or tubes.

Due to the high nutritional value of the leaves, they can be used as a food supplement for small ruminants. In folk medicine, the plant is used as a laxative and astringent. Also, the resin of the species is used as a healing agent and has anti-inflammatory properties. In urban areas, the Tipuana is often used in landscaping due to its resistance and beauty, helping to improve air quality and mitigate urban temperature, however, because it is large, it should be used in large places.

Responsável pela tradução: Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária).

 

Texto Tipuana interpretado na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Intérprete de Libras: Ana Carolina da Rosa Machado (colaboradora externa)

Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)

Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1GkJ70dbL2n-_S92fv0-nsUbAG5JZfvru/view?usp=sharing

 

Texto Tipuana em áudio

Narrador: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo)

Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)

Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1SnOc4VS0GKybhOAJC3ushSNH0oTi–rp/view?usp=sharing