Percebe-se que a trajetória das mulheres tem sido marcada por processos descontínuos, fragmentados, resultantes de transformações sociais, culturais, políticas e econômicas vivenciadas pela sociedade.
Durante séculos à mulher foi negado o direito de ser protagonista de sua própria história. Sendo assim, o “ser mulher” era, e ainda continua sendo, em muitos contextos, sinônimo de docilidade e de submissão, tendo por espaço de atuação a esfera privada, onde se concentram as atividades domésticas e de reprodução, tais como o cuidado com o lar, o marido, os filhos, entre outros. Ou seja, atividades exercidas não por méritos próprios, antes por generosidade dos homens, fazendo assim com ela coparticipe, de maneira invisibilizada, das atividades. No processo histórico das civilizações a mulher não se auto representava, para isso era necessário a figura do homem, sendo representado no patriarcado pela figura do pai, por meio do direito paterno (PATEMAN, 1995) e ampliado no capitalismo, para a figura masculina, onde se inclui a dominação do pai, dos irmãos, dos maridos, dos chefes e do Estado sempre representado pela virilidade masculina que entronizavam os homens em suas façanhas, excluindo, quase que por completo, as mulheres enquanto protagonistas e produtoras da história. Partindo desses pressupostos pretendemos avaliar alguns processos históricos sociais nos quais as mulheres foram sendo invisibilizadas, para isso vamos levar em consideração a atuação das mulheres na política, na ciência, nos meios artísticos e nas revoluções.
Sendo assim, o projeto pretende dar visibilidade e resgatar a história de cada mulher que teve sua proeminência, fazendo uma releitura com fotografias de mulheres atuais que fazem a diferença no meio que vivem. Neste sentido, através de exposições artísticas, reflexões e diálogos pretende-se homenagear essas mulheres memoráveis, sendo uma forma de dar visibilidade às suas lutas e suas conquistas, as quais impactam até hoje em nossas vidas.
Coordenação: Profª. Dra. Patrícia Schneider Severo