Jaguarão Celebra Lançamento de sua 1ª Trilha Turístico-Pedagógica Ambiental no Aniversário da Cidade

No dia 23 de novembro de 2024, Jaguarão comemorou mais uma data significativa em seu calendário: o aniversário da cidade foi marcado pela finalização da 2ª fase do Projeto de Extensão “Patrimônios Ambientais – riquezas a serem descobertas” e pelo lançamento da 1ª Trilha Turístico- pedagógica ambiental do município. Com o objetivo de aproximar a população e os visitantes da rica biodiversidade local, a ação teve como palco o Parque Linear Orla do Rio Jaguarão, que agora oferece aos frequentadores uma nova maneira de explorar o ambiente natural, com destaque para as 15 espécies arbóreas que compõem o espaço.

A Trilha Turístico-pedagógica é mais do que uma simples disponibilização de informações; ela busca criar uma conexão profunda entre as pessoas e os patrimônios naturais locais. Sensibilizando os participantes sobre a importância da preservação ambiental, a iniciativa visa estimular práticas mais sustentáveis no dia a dia, despertando a consciência para os impactos das mudanças climáticas e os desafios da conservação da biodiversidade. A ação acontece em um momento crítico, com alterações climáticas intensificando desastres ambientais e acelerando a degradação dos ecossistemas, fatores esses que reforçam a importância do projeto.

As 15 árvores do Parque receberam placas de interpretação ambiental, com informações detalhadas sobre cada espécie, incluindo nome científico, família e características. Além disso, as placas contam com dois QR Codes: um que direciona os visitantes ao mapa da trilha, com a distribuição das árvores, e outro com textos explicativos sobre as espécies. Esses materiais estão disponíveis em português, espanhol, inglês e Língua Brasileira de Sinais (Libras), garantindo que todos os públicos tenham acesso à informação. Para os visitantes que preferem ouvir, a versão em áudio do texto também está disponível online.

No evento de lançamento, duas edições da trilha foram realizadas, com a participação da equipe executora mediando a experiência dos participantes (23 e 24 de novembro). O projeto de extensão é coordenado pela professora Dra. Francielle de Lima, do curso de Gestão de Turismo da Unipampa, em parceria com a Prefeitura Municipal de Jaguarão, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente.

O objetivo do projeto é promover conhecimentos via turismo sobre as riquezas ambientais da cidade e do Bioma Pampa, com foco na educação ambiental. A trilha está disponível tanto para moradores quanto para turistas de todas as idades, que podem explorá-la de maneira autoguiada, através das placas interpretativas, ou com acompanhamento da equipe, mediante agendamento ou cronograma fixo anual.

A Dra. Francielle de Lima, coordenadora do projeto, expressou seu agradecimento a todos os envolvidos, destacando a colaboração da equipe executora e das pessoas que já participaram das primeiras edições da trilha e, ainda, deixa o convite: Convido a população e os visitantes a explorarem as placas e o mapa da trilha e a descobrirem mais sobre nossas riquezas ambientais. Há muito a aprender e vivenciar, e essa é uma experiência que pode ser feita tanto em outras cidades, quanto na própria cidade, basta que entendamos o turismo como essencialmente pedagógico. Logo, permitam-se aprender sempre!”, finalizou.

Com essa ação, Jaguarão dá um importante passo na valorização de seu patrimônio ambiental, oferecendo aos cidadãos e turistas uma nova forma de explorar e entender a importância da preservação de suas riquezas naturais, além de fomentar o turismo sob a ótica educacional, com foco no desenvolvimento sustentável.

Saída de Campo – Caçapava do Sul

Caçapava do Sul

Nossa recente saída de campo para Caçapava do Sul, no Geoparque Mundial da Unesco realizada nos dias 23 e 24 de novembro, foi uma verdadeira imersão em conhecimento, descobertas e contato com a riqueza cultural e natural da região. Durante esses dois dias, exploramos locais históricos, admiramos paisagens deslumbrantes e conhecemos práticas agrícolas e culturais que refletem a diversidade local.

Por intermédio do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo, a visita foi organizada pelas professoras Alice Leoti Silva, através do projeto de extensão “Fotografia e Turismo no Geoparque de Caçapava do Sul: Uma Abordagem Teórica e Prática”, e Juliana Rose Jasper, na disciplina “Turismo e Inovação no Espaço Rural”.

Primeiro Dia

Pedras das Guaritas
Iniciamos nossa aventura com uma visita à Pedra das Guaritas, um cenário de rara beleza que nos presenteou com vistas deslumbrantes. Este ponto, famoso por suas formações rochosas que lembram torres e colunas naturais, foi ideal para capturarmos belas fotos e guardarmos memórias únicas das paisagens.

 

Propriedade Santa Marta
Seguimos para a propriedade Santa Marta, onde fomos recebidos com muita hospitalidade. A fazenda, com suas práticas agrícolas locais, nos proporcionou uma imersão no cotidiano rural de Caçapava do Sul. Além de aprender mais sobre métodos tradicionais de cultivo, desfrutamos do clima acolhedor do campo e, após o almoço, conhecemos as práticas de novelaria, incluindo a produção de fios de lã e o tingimento natural.
 

 

Minas do Camaquã e Antigo Cinema
Nossa terceira parada foi nas históricas Minas do Camaquã, um local que nos transportou para a época da mineração na região. Fomos recepcionados pelo morador local Lorenzo, que nos contou a história do lugar. Visitamos o antigo cinema das Minas, preservado como símbolo da vida social e cultural dos trabalhadores da mineração, e pudemos compreender o impacto econômico e social dessa atividade para a cidade.

 

Hospedagem no Hostel Guaritas
Encerramos o primeiro dia com uma noite tranquila no Hostel Guaritas, um ambiente aconchegante, rodeado pela natureza, onde compartilhamos nossas impressões e recuperamos as energias para o dia seguinte.
 

 

Segundo Dia

Trilha até a Pedra do Segredo
Após o descanso, iniciamos o segundo dia com uma aventura ao ar livre: a trilha até a Pedra do Segredo, uma unidade de conservação. A caminhada, guiada pela Jaque da Tuna Turismo e responsável pelas atividades no Parque Pedra do Segredo, nos levou a uma formação rochosa com vistas panorâmicas espetaculares, onde aprendemos sobre a geologia local enquanto admirávamos a beleza natural ao nosso redor.

Visita ao Olival Alma do Segredo
Nossa próxima parada foi em um olival da região, onde exploramos o cultivo de oliveiras e o processo de produção do azeite de oliva. Conhecemos práticas sustentáveis de cultivo que evidenciam o compromisso local com a qualidade e o respeito ao meio ambiente.
 

 

Casa de Cultura Joarez Teixeira
Na Casa de Cultura Joarez Teixeira, mergulhamos na história e nas manifestações culturais de Caçapava do Sul. As exposições de arte e objetos históricos enriqueceram nossa compreensão das raízes culturais e dos talentos locais.

 

Forte de Dom Pedro II de Caçapava
Em seguida, visitamos o Forte de Dom Pedro II, uma construção histórica com paredes de pedra e vistas panorâmicas que nos transportaram ao passado, revelando a importância defensiva e estratégica deste local para a região.

 

Sorvete Benditto Segredo
Para encerrar nossa visita, experimentamos uma iguaria local: o Benditto Segredo, um Geoproduto feito com ingredientes regionais e elaborado para destacar o sabor do azeite Alma do Segredo, criado pela Benditto Empório Gelateria. A suavidade do azeite combinada com a textura cremosa do sorvete surpreendeu a todos, deixando uma doce e memorável impressão de nossa passagem por Caçapava.

 

Nossa saída de campo foi muito mais do que um simples passeio; foi uma experiência enriquecedora que nos permitiu vivenciar a riqueza cultural, histórica e natural de Caçapava do Sul. A acolhida calorosa em cada local e as experiências compartilhadas deixaram uma marca especial em cada um de nós, inspirando um olhar renovado para o valor do patrimônio regional e a beleza do interior.

Para um aluno de Gestão de Turismo, a viagem a Caçapava do Sul foi uma oportunidade de mergulhar na essência de um destino, muito além do que se aprende nos livros. Caminhar por locais históricos, como o Forte de Dom Pedro II e as Minas do Camaquã, e experimentar o cotidiano rural de perto trouxe um entendimento vivo e profundo sobre a importância de cada tradição e paisagem local. Sentir a hospitalidade dos moradores, aprender sobre práticas sustentáveis e ver a paixão da comunidade pela preservação da cultura e da natureza despertou um olhar mais sensível e comprometido. Esse aprendizado ajudou a formar uma visão mais humana e autêntica sobre o papel do turismo: não apenas de explorar destinos, mas de respeitar e valorizar as histórias que cada lugar carrega.

Imagens: Alice Leoti e Juliana Jasper

Texto: Elisa Dutra