Neste momento de distanciamento social, várias iniciativas estão sendo realizadas para promover à comunidade local pesquisas que são realizadas na universidade. É o caso do #PapoInformívoro, um projeto do Grupo de Pesquisa t3xto da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), campus São Borja, que tem como objetivo documentar a trajetória de 10 anos de pesquisa sobre Acessibilidade Comunicativa na instituição.
No Brasil, segundo o último Censo (2010) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência sensorial (auditiva, visual e/ou cognitiva). Para o professor do Mestrado de Comunicação e Indústria Criativa (PPGCIC) da Unipampa e responsável pelo projeto, Marco Bonito, a pandemia da Covid-19 ressaltou a importância da acessibilidade para os meios de comunicação. “A sociedade precisa compreender que as barreiras informativas prejudicam a livre formação da cidadania das pessoas com deficiência”, destaca Marco.
No #PapoInformívoro, Bonito entrevista estudantes, professores e também pessoas externas que, de alguma forma, têm relação com os trabalhos realizadas pelo Grupo de Pesquisa t3xto. As lives ocorrem, geralmente, nas quartas-feiras, às 17h30min no perfil de Marco no Facebook e depois ficam disponíveis em seu canal no YouTube. Segundo o professor, as entrevistas estão seguindo uma ordem cronológica. A primeira foi sobre a pesquisa de Cris Lopes, estudante cega formada em jornalismo pela Unipampa em 2011 e as últimas serão com suas duas orientandas de mestrado.
O projeto #PapoInformívoro conta com apoio de alunos que ajudam na produção das lives. “Muitas pessoas despertam consciência sobre questões de acessibilidade a partir de um primeiro contato que pode ser uma live como essas que nos propusemos a realizar”, explica o professor. Para ele, se uma única pessoa fizer esse movimento, o projeto “já serviu ao propósito”.