PEREIRA (Português)
A Pereira, de nome científico Pyrus communis pertence à família Rosaceae. Seu nome tem origem do latim, sendo que “Pyrus” significa pera e “communis” remete a comum. Ocorre principalmente na Europa e no oeste da Ásia. No Brasil é encontrada nos estados do Sul em pomares domésticos. Os cultivares modernos com origem na Europa, por outro lado, são considerados como fonte dos mais deliciosos frutos, combinando uma textura amanteigada, untuosa e sumarenta com um sabor e aroma muito ricos.
A árvore de folhas caducas, pode alcançar até 15 metros, porém normalmente atinge até 10 metros. Apresenta um tronco ereto e ramificações que formam uma copa ampla e arredondada. As folhas são orbiculares a ovadas, pecíolo fino, agudas a cuspidadas no ápice e frequentemente truncadas na base; margens serrilhado-crenuladas ou crenuladas, verde-intensas, normalmente glabras na maturação. As flores, que aparecem na primavera, são brancas ou rosadas, com cinco pétalas, e têm um aroma doce. O fruto, a pera, é uma baga carnosa, geralmente de forma piriforme, com polpa suculenta.
As flores da Pereira são polinizadas principalmente por abelhas e outros insetos, que são atraídos pelo néctar e pelo perfume das flores. A polinização é crucial para a produção de frutos, e a presença de diferentes variedades de Pereiras na proximidade pode aumentar a eficiência desse processo. A floração da pereira ocorre no final do inverno, apenas em regiões com temperaturas muito baixas.
Após a polinização, os frutos começam a se desenvolver durante a primavera e amadurecem durante o verão, dependendo da variedade e das condições climáticas. A colheita das peras geralmente ocorre no verão. A colheita deve ser feita no momento adequado para garantir a qualidade do fruto. Posteriormente à colheita, a espécie entra em um período de dormência durante o outono e inverno (novembro a fevereiro). Durante este tempo, a árvore perde suas folhas e reduz sua atividade metabólica.
No que tange a colheita e beneficiamento das sementes de pera, estas são feitas após a colheita dos frutos maduros. As sementes devem ser retiradas da polpa e lavadas. O beneficiamento pode incluir a secagem das sementes para aumentar sua viabilidade e prevenir doenças. Depois desse processo, as sementes estão prontas para a semeadura. As sementes da Pereira podem ser semeadas em viveiros ou diretamente no solo. A semeadura deve ser feita em solo bem drenado, e as sementes geralmente requerem um período de estratificação a frio para germinar. Após a germinação, as mudas precisam de cuidados adequados, incluindo irrigação podas e controle de pragas. Atualmente, entretanto, a maioria das cultivares de pereira são produzidas pelo método de enxertia, através do plantio de variedades copa mais produtivas, resistentes e com frutos apresentando características com maior apelo comercial.
A Pereira é amplamente cultivada por seus frutos, que são consumidos frescos, cozidos ou transformados em sucos, compotas e vinhos. Além disso, a sua madeira é valorizada na marcenaria devido à sua durabilidade e beleza. A planta também é utilizada em paisagismo, oferecendo sombra e ornamentação em parques e jardins.
No contexto local, cabe mencionar que Jaguarão já foi conhecida como “Terra da pera”. Na atualidade, a presença dessa espécie na cidade não é tão expressiva, há alguns exemplares em espaços públicos e vias públicas. Essa história resiste ao tempo e permanece nos relatos de algumas pessoas. Assim, é comum, escutar que Jaguarão já foi a Terra da pera, contudo o assunto ainda requer mais aprofundamento.
Fontes:
CABRAL, Elsa Leonor; CASTRO, Marcelo. Palmeras Argentinas – Guía para el reconocimiento. 1ª Ed. Buenos Aires: L.O.L.A., 2007.
CAMPOS, Humberto de. Enciclopédia Agrícola Brasileira Vol. 1. São Paulo: ESALQ, 1995.
CARVALHO, Paulo Ernani Ramalho. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1).
LORENZI, Harri; BACKER, Luis Benedito; TORRES, Mario Antonio Virmond. Árvores e arvoretas exóticas no Brasil. Nova Odessa: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2018.
LORENZI, Harri; LACERDA, Marco Túlio Côrtes de.; BACHER, Luis Benedito. Frutas no Brasil nativas e exóticas (de consumo in natura). São Paulo: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2015.
MERCEDES, Rivas; BARBIERI, Rosa Lía. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do butiá. Brasília DF: Embrapa, 2014.
RIFFLE, Robert Lee; CRAFT, Paul; ZONA, Scott. The Encyclopedia of Cultivated Palms. 2ª Ed. Portland: Timber Press, 2012.
ROSS, Pablo; MUÑOZ, Julio Eduardo; CRACCO, Pedro. Flora Indígena del Uruguay. 3ª Ed. Montevideo: Editorial Hemisferio Sur,2018.
Responsáveis dados técnicos: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo) e Lauís Brisolara Corrêa (colaborador externo).
Responsáveis produção textual: Francielle de Lima (coordenadora), Ariane Ferreira Clavijo (discente bolsista), Giovana de Oliveira (discente voluntária), Jerusa Vieira Urrutia (discente voluntária) e Pablo Gabriel de Muniz Correa (discente voluntário).
PERAL (Español)
Lo perales tienen su nombre científico Pyrus communis, pertenecen a la familia Rosaceae y también son conocidos como Pereira-brava en Brasil. Su nombre “Pyrus” pera y “communis” hace referencia a común. Aparecen, principalmente, en Europa y en el oeste de Asía. En Brasil, los encontramos en pomares caseros en los estados del sur.
El árbol tiene hojas caducas, normalmente llegan a 10 metros, algunas ocurrencias llegan a 15 metros. Presenta un tronco recto y con ramificaciones que forman una copa amplia y redondeada. Sus hojas, generalmente, son orbiculares a ovadas, pecioladas y agudas y frecuentemente truncadas en su base; el borde suele ser serrado y poseen coloración verde intensas, Sus flores blancas o rosadas, pentámeras y con aroma dulce aparecen en la primavera. Su fruto,la pera, es carnosa, generalmente de forma piriforme, son pomos comestibles y carnosos.
Las flores del peral son polinizadas, principalmente, por abejas y otros insectos que son atraídos por su néctar o por el perfume de las flores. A polinización es importante para la producción de sus frutos, así como la presencia de otros perales en el mismo terreno. Su floración ocurre a finales del invierno en las regiones con temperaturas muy bajas.
Después del proceso de polinización, los frutos empiezan a desarrollarse en la primavera y maduran en verano, todo depende de las condiciones climáticas. La cosecha ocurre en verano y debe ocurrir de forma adecuada para garantizar la calidad del fruto. Ya en otoño y en invierno la especie entra en un periodo de no producción. Por eso, el árbol pierde sus hojas y su actividad metabólica se ve reducida.
La sembradura de las semillas ocurre cuando las separan del fruto ya maduro. Después son lavadas y también se puede secarlas para aumentar su viabilidad y la prevención de enfermedades. Luego de ese proceso, las semillas están prontas para su siembra. La plantación puede ocurrir en huertos o directamente en un terreno muy bien drenado y preparado para ese fin. Después, sus mudas pasan por cuidados adecuados y control de plagas. Actualmente, el cultivo del peral se da por el método de enxertia.
Los perales son ampliamente cultivados por sus frutos que son consumidos frescos, cocidos, en jugos, compotas y vinos. Además, su madera tiene mucho valor por la durabilidad y la belleza que proporciona. La planta también se la utilizan en jardines y parques de las ciudades.
En nuestro contexto, vale mencionar su importancia para la ciudad de Jaguarão, pues esta ya fue conocida por ser la “Terra da pera”. Hoy día, su presencia en la ciudad no es tan expresiva como antes, pero aun encontramos perales es espacios públicos. Su historia en Jaguarão resiste al tiempo y sigue marcada en la memoria y en los relatos de algunos residentes de la ciudad lo que nos motiva profundizar las investigaciones para rescatar la debida importancia local.
Responsáveis pela tradução: Profª. Dra. Maria do Socorro de Almeida Farias Marques (docente colaboradora), Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária) e Rodrigo Moraes (discente voluntário).
PEAR (English)
The pear tree, whose scientific name is Pyrus communis, is also known as the wild pear tree and belongs to the Rosaceae family. Its name comes from Latin, with “Pyrus” meaning pear and “communis” referring to common. It occurs mainly in Europe and western Asia. In Brazil it is found in the southern states in domestic orchards. Modern cultivars originating in Europe, on the other hand, are considered to be the source of the most delicious fruit, combining a buttery, unctuous and juicy texture with a very rich flavor and aroma.
The deciduous tree can reach up to 15 meters, but usually reaches up to 10 meters. It has an erect trunk and branches that form a broad, rounded crown. The leaves are orbicular to ovate, with a thin petiole, acute to spatulate at the apex and often truncate at the base; serrated-crenulate or crenulate margins, intense green, usually glabrous at maturity. The flowers, which appear in spring, are white or pink with five petals and have a sweet aroma. The fruit, the pear, is a fleshy berry, usually pyriform in shape, with juicy flesh.
Pear flowers are pollinated mainly by bees and other insects, which are attracted by the nectar and perfume of the flowers. Pollination is crucial for fruit production, and the presence of different varieties of pear trees nearby can increase the efficiency of this process. The pear tree blooms at the end of winter, only in regions with very low temperatures.
After pollination, the fruit begins to develop during the spring and ripens during the summer, depending on the variety and climatic conditions. Pears are usually harvested in the summer. Harvesting must be done at the right time to guarantee the quality of the fruit. After the harvest, the species enters a period of dormancy during the fall and winter (November to February). During this time, the tree loses its leaves and reduces its metabolic activity.
The pear seeds are harvested and processed after the ripe fruit has been picked. The seeds must be removed from the pulp and washed. Processing can include drying the seeds to increase their viability and prevent disease. After this process, the seeds are ready for sowing. Pereira seeds can be sown in nurseries or directly into the ground. Sowing should be done in well-drained soil, and the seeds usually require a period of cold stratification to germinate. After germination, the seedlings need proper care, including watering, pruning and pest control. Nowadays, however, most pear cultivars are produced by grafting, by planting more productive, resistant scion varieties with fruit that has more commercial appeal.
The pear tree is widely cultivated for its fruit, which is eaten fresh, cooked or processed into juices, jams and wines. In addition, its wood is valued in woodworking due to its durability and beauty. The plant is also used in landscaping, providing shade and ornamentation in parks and gardens.
In the local context, it is worth mentioning that Jaguarão was once known as the “Land of the Pear”. Today, the presence of this species in the city is not so significant, but there are a few specimens in public spaces and on public roads. This history has stood the test of time and remains in some people’s accounts. It is therefore common to hear that Jaguarão was once the Land of the Pear, but the subject still requires further investigation.
Responsável pela tradução: Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária).
Texto Pereira interpretado na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Intérprete de Libras: Ana Carolina da Rosa Machado (colaboradora externa)
Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)
Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/17BOnWu4825vh_Av5S1sJKh_m9zbSRRwL/view?usp=sharing
Texto Pereira em áudio
Narrador: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo)
Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)
Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1LM5axKm9_Z9cZ9CD7fbZ2Pusyv58pMwn/view?usp=sharing