Aroeira-vermelha | Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo

Aroeira-vermelha

AROEIRA-VERMELHA (Português)

A Aroeira-vermelha, conhecida também pelo nome Aroeira Mansa, é uma planta da família Anacardiaceae, com o nome científico Schinus terebinthifolius Raddi. O gênero “Schinus” tem sua origem no grego antigo, onde “schinos” era o nome dado à árvore de mástique (Pistacia lentiscus), também pertencente à família das Anacardiáceas. A palavra “schinos” deriva do verbo grego “schizein“, que significa “cortar” ou “fazer incisão”, em referência ao corte feito na casca para a extração da resina. O epíteto específico “terebinthifolius“, refere-se à semelhança das folhas com as espécies do gênero “Terebinthus”, que também pertence à mesma família botânica.

No Brasil, a Aroeira-vermelha é encontrada ao longo de toda a extensão da Mata Atlântica, no Cerrado e no Pampa. Além disso, ela ocorre no Uruguai, nos departamentos de Rivera e Tacuarembó; na Argentina, na região leste e nordeste; e no Paraguai, no leste.

Esta árvore pode atingir alturas que variam entre 5 e 10 metros, embora em condições favoráveis possa crescer ainda mais. O tronco é geralmente reto e pode apresentar casca de coloração cinza-clara a marrom, que se torna mais escura e rugosa com a idade. A copa da Aroeira-vermelha é densa e arredondada, proporcionando uma sombra agradável. As folhas são compostas, alternadas e pinadas, com folíolos que têm bordas serrilhadas. As folhas apresentam uma coloração verde-escura na parte superior e um tom mais pálido na parte inferior, conferindo um aspecto brilhante e ornamental. A Aroeira-vermelha é conhecida por sua florada atraente, que ocorre em inflorescências em panículas, produzindo pequenas flores de cor branco-amarelada a rosada.

Os frutos são pequenas drupas esféricas que mudam de verde para vermelho quando maduros, e têm um aroma pungente. Esses frutos, frequentemente confundidos com pimentas, são consumidos por várias espécies de fauna, incluindo aves.

As abelhas, pertencentes às famílias Meliponidae e Apidae, são os principais vetores de polinização dessa planta. A dispersão dos frutos e sementes é realizada por zoocoria, com as aves desempenhando um papel fundamental nesse processo.

Os frutos da Aroeira-vermelha devem ser colhidos quando estiverem maduros, apresentando uma cor róseo-vermelho-viva. A extração das sementes é feita através da maceração dos frutos. Após a colheita, as sementes devem ser lavadas em água corrente para remover a casca e, em seguida, secas em um local ventilado utilizando uma peneira.

Para a semeadura, recomenda-se plantar as sementes em sementeiras. Após um período de 3 a 5 semanas, é necessário realizar a repicagem para sacos de polipropileno ou tubetes médios, promovendo o desenvolvimento adequado das mudas.

Esta árvore nativa possui uma gama variada de usos. É utilizada para a construção de mourões e cercas, e o óleo essencial extraído das sementes tem propriedades inseticidas. Na alimentação humana, seus frutos podem substituir a pimenta-do-reino. Além disso, é importante para a apicultura.

Todas as partes da Aroeira-vermelha têm aplicações medicinais. A casca é conhecida por suas propriedades depurativas, enquanto os ramos são usados no tratamento de doenças respiratórias. A resina da planta era utilizada pelos jesuítas para preparar o famoso “Bálsamo das Missões”. Diversas etnias indígenas do Paraná e Santa Catarina utilizam o broto e a casca para aliviar dores de dente.

Do ponto de vista ecológico, é também uma planta que pode melhorar a estrutura do solo. Suas raízes, que podem atingir profundidades significativas, ajudam a prevenir a erosão do solo e a promover a infiltração de água, o que é benéfico para a saúde do solo e dos ecossistemas adjacentes.

Fontes:

CABRAL, Elsa Leonor; CASTRO, Marcelo. Palmeras Argentinas – Guía para el reconocimiento. 1ª Ed. Buenos Aires: L.O.L.A., 2007.

CAMPOS, Humberto de. Enciclopédia Agrícola Brasileira Vol. 1. São Paulo: ESALQ, 1995.

CARVALHO, Paulo Ernani Ramalho. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1).

LORENZI, Harri; BACKER, Luis Benedito; TORRES, Mario Antonio Virmond. Árvores e arvoretas exóticas no Brasil. Nova Odessa: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2018.

LORENZI, Harri; LACERDA, Marco Túlio Côrtes de.; BACHER, Luis Benedito. Frutas no Brasil nativas e exóticas (de consumo in natura). São Paulo: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2015.

MERCEDES, Rivas; BARBIERI, Rosa Lía. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do butiá. Brasília DF: Embrapa, 2014.

RIFFLE, Robert Lee; CRAFT, Paul; ZONA, Scott.  The Encyclopedia of Cultivated Palms. 2ª Ed. Portland: Timber Press, 2012.

ROSS, Pablo; MUÑOZ, Julio Eduardo; CRACCO, Pedro. Flora Indígena del Uruguay. 3ª Ed. Montevideo: Editorial Hemisferio Sur,2018.

Responsáveis dados técnicos: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo) e Lauís Brisolara Corrêa (colaborador externo).

Responsáveis produção textual: Francielle de Lima (coordenadora), Ariane Ferreira Clavijo (discente bolsista), Giovana de Oliveira (discente voluntária), Jerusa Vieira Urrutia (discente voluntária) e Pablo Gabriel de Muniz Correa (discente voluntário).

PIMENTERO BRASILEÑO (Español)

El árbol conocido como Pimienta rosada o rosa y como Pimentero brasileño, pertenece a la familia Anacardiaceae, y su nombre científico es Schinus terebinthifolius Raddi. Del género “Schinus” que en griego era el nombre dado al árbol Pistacia lentiscus, que también pertenece a la familia de las Anacardiáceas. La palabra “schinos” deriva del verbo “schizein“, que significa “cortar” o “hacer un corte”, referente al corte hecho en la cascara cuando extraen su resina.  “Terebinthifolius” se refiere a las semejanzas de las hojas con las especies del género “Terebinthus”, que también pertenece a la misma familia.

En Brasil, encontramos la especia al largo de la Mata Atlántica, en el Cerrado o en la Pampa. También están en los Departamentos de Rivera y de Tacuarembó- Uruguay; en el leste y noreste de Argentina y en el este de Paraguay.

El árbol puede llegar entre 5 a 10 metros de altura y en buenas condiciones climáticas se desarrolla más que eso. Su tronco generalmente es recto y puede presentar una cascara que va del gris hasta el marrón que con el tiempo queda más oscura y rugosa. Su copa es densa y redondeada, proporcionando una sombra agradable. Las hojas son compuestas, alternadas y pinnadas, con folíolos que tiene bordas aserradas. Presentan una coloración verde-oscura en su parte superior y en tonos más pálidos en la parte inferior, dándole un aspectos brillante y ornamental.  El árbol es conocido por su follaje decorativo y atractivo. Sus inflorescencias en panículas producen flores pequeñas de color blanco-amarillentas o rosa.

Los frutos son pequeñas drupas esféricas que cambian de verde para rojo cuando están maduros y tienen un aroma fuerte. Esos frutos, frecuentemente son confundidos con pimientas y sirven de alimento para varias especies de fauna, incluido las aves.

Las abejas, pertenece a las Meliponidae y Apidae, son los principales vectores de polinización. Sus frutos y semillas son dispersas por medio de la zoocoria, donde las aves desarrollan un papel fundamental en ese proceso.

La cosecha de los frutos debe ocurrir cuando están maduros con una coloración rosa intenso. La extracción de sus semillas ocurre por medio de la maceração de sus frutos. Después de ese proceso, se lavan las semillas para sacarles la cascara y se secan en locales abiertos con auxilio de un tamiz.

Posteriormente, las semillas son plantadas en locales ideales para su reproducción. Después de 3 a 5 semanas son transferidas para recipientes de polipropileno o tubos ideales para el desarrollo adecuado de las mudas.

Este árbol también posees diversos usos como en la construcción muros o cercas, el aceite esencial extraído de sus semillas tiene propriedades insecticidas. Para consumo en la gastronomía, sus frutos pueden ser consumidos para substituir la pimenta-do-reino. Se destaca también la importancia que tiene para la apicultura.

Todas sus partes tienen propriedades medicinales. Las cascaras son conocidas por sus propriedades depurativas, mientras que sus ramas son usadas para el tratamiento de enfermedades respiratorias. La resina de la planta era utilizada por los jesuitas para preparar el famoso “Bálsamo das Missões“. Diversas etnias indígenas encontradas en Paraná y en Santa Catarina utilizan los brotes y las cascaras para acalmar dos dolores de dientes.

Desde el punto de vista ecológico, la planta puede mejorar la estructura de la tierra. Sus raíces pueden tener una profundidad significativa lo que ayuda en la prevención de la erosión y promueve la infiltración del agua, beneficiando la salud de los ecosistemas adyacentes.

Responsáveis pela tradução: Profª. Dra. Maria do Socorro de Almeida Farias Marques (docente colaboradora), Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária) e Rodrigo Moraes (discente voluntário). 

 

RED AROEIRA (English)

The Red Aroeira, also known by the name Aroeira Mansa, is a plant of the Anacardiaceae family, with the scientific name Schinus terebinthifolius Raddi. The genus “Schinus” has its origin in ancient Greek, where “schinos” was the name given to the mastic tree (Pistacia lentiscus), also belonging to the Anacardiaceae family. The word “schinos” derives from the Greek verb “schizein“, which means “to cut” or “to make an incision”, in reference to the cut made in the shell for the extraction of the resin. The specific epithet “terebinthifolius” refers to the resemblance of the leaves to species of the genus “Terebinthus“, which also belongs to the same botanical family.

In Brazil, the red mastic tree is found along the entire length of the Atlantic Forest, in the Cerrado and in the Pampa. In addition, it occurs in Uruguay, in the departments of Rivera and Tacuarembó; in Argentina, in the east and northeast regions; and in Paraguay, in the east.

This tree can reach heights ranging between 5 and 10 meters, although in favorable conditions it can grow even larger. The trunk is usually straight and may have a light gray to brown bark, which becomes darker and rougher with age. The crown of the Red Mastic Tree is dense and rounded, providing a pleasant shade. The leaves are compound, alternate and pinnate, with leaflets that have serrated edges. The leaves have a dark green color on the upper part and a paler tone on the lower part, giving it a bright and ornamental appearance. The red mastic tree is known for its attractive flowering, which occurs in panicle inflorescences, producing small yellowish-white to pinkish flowers.

The fruits are small, spherical drupes that turn from green to red when ripe, and have a pungent aroma. These fruits, often mistaken for peppers, are consumed by various species of fauna, including birds.

Bees, belonging to the Meliponidae and Apidae families, are the main pollination vectors of this plant. The dispersal of fruits and seeds is carried out by zoochory, with birds playing a key role in this process.

The fruits of the Red Mastic Tree should be harvested when they are ripe, presenting a bright pinkish-red color. The extraction of the seeds is done through the maceration of the fruits. After harvesting, the seeds should be washed under running water to remove the husk, and then dried in a ventilated place using a sieve.

For sowing, it is recommended to plant the seeds in sowing. After a period of 3 to 5 weeks, it is necessary to perform the re-pricking for polypropylene bags or medium tubes, promoting the proper development of the seedlings.

This native tree has a varied range of uses. It is used for the construction of posts and fences, and the essential oil extracted from the seeds has insecticidal properties. In human food, its fruits can replace black pepper. In addition, it is important for beekeeping.

All parts of the red mastic tree have medicinal applications. The bark is known for its depurative properties, while the branches are used in the treatment of respiratory diseases. The resin of the plant was used by the Jesuits to prepare the famous “Balm of the Missions”. Several indigenous ethnic groups in Paraná and Santa Catarina use the sprout and bark to relieve toothaches.

From an ecological point of view, it is also a plant that can improve soil structure. Its roots, which can reach significant depths, help prevent soil erosion and promote water infiltration, which is beneficial for the health of the soil and surrounding ecosystems.

Responsável pela tradução: Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária).

 

Texto Aroeira-vermelha interpretado na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Intérprete de Libras: Ana Carolina da Rosa Machado (colaboradora externa)

Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)

Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1rRK6pH7b5Q2Mz-cjBXrrraI8t4fXMPyk/view?usp=sharing

 

Texto Aroeira-vermelha em áudio

Narrador: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo)

Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)

Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/10RMiQ-RFfeuqiQgS3YOPohB71NZT1XXZ/view?usp=sharing