AMOREIRA (Português)
A Amoreira, cujo nome científico é Morus nigra L., também conhecida como Amoreira-negra, é uma árvore de pequeno a médio porte pertencente à família Moraceae. Originária da região do Cáucaso e do Irã, a Morus nigra é cultivada em diversas partes do mundo devido aos seus frutos comestíveis e suas qualidades ornamentais.
Seu nome tem origem no latim: “Morus“: amoreira, amora e moreno, enquanto “nigra” significa preto/a, destacando a cor característica de seus frutos.
A Amoreira pode atingir de 10 a 15 metros e possui um tronco com casca cinza-escura que se torna rugosa com o tempo. As suas folhas são simples, alternadas e apresentam formato variável, geralmente ovado ou cordiforme, com margens serrilhadas. Elas têm uma textura lisa e podem medir de 7 a 12 cm de comprimento. A cor das folhas pode variar do verde-claro ao verde-escuro. As flores são pequenas e discretas, dispostas em inflorescências do tipo espiga. A florada geralmente ocorre no verão, entre março e maio.
Os frutos da Morus nigra são drupas agregadas, que se desenvolvem em infrutescências semelhantes a pequenas framboesas. Apresentam sabor doce e ligeiramente ácido, e podem ser consumidos frescos ou usados em preparações culinárias. A coloração dos frutos varia de vermelho a roxo-escuro, quase preto, quando maduros.
A polinização da Amoreira ocorre através do vento, um processo conhecido como anemofilia. Após a polinização, seus frutos são dispersos principalmente por aves, em um mecanismo chamado zoocoria, o que facilita a propagação da espécie em ambientes naturais.
A propagação da Amoreira pode ser realizada de diversas formas. Uma das mais comuns é através de estacas de raízes, preparadas durante o período de repouso vegetativo e plantadas em sacolas plásticas ou em canteiros no solo. Também é possível utilizar brotos oriundos das plantas cultivadas, retirados das entrelinhas durante atividades de capina. Além disso, o uso de estacas herbáceas e lenhosas, bem como a multiplicação por cultura de tecidos, são alternativas viáveis e bem estabelecidas, conforme estudos desenvolvidos pela Embrapa.
O cultivo da Amoreira pode variar de acordo com a região e as condições ambientais. Em regiões temperadas, a árvore pode ter um ciclo mais definido, enquanto em climas mais quentes pode haver uma menor variação sazonal. O sucesso no cultivo da amoreira está frequentemente associado à escolha adequada do local e ao manejo adequado, considerando a necessidade de sol pleno e solo bem drenado.
Os frutos da Amoreira possuem múltiplos usos. Quando imaturos, são utilizados para a produção de xarope com propriedades adstringentes. Já no estágio de maturação plena, os frutos tornam-se saborosos e são amplamente utilizados para o preparo de geleias, refrescos e outros produtos alimentícios. Na medicina popular, a Amoreira é reconhecida por suas propriedades medicinais, sendo indicada no tratamento de febres e como uma opção natural para a terapia de reposição hormonal. Além disso, estudos demonstram que a Amoreira possui atividades antioxidante, hipoglicemiante, anti-inflamatória e antimicrobiana, contribuindo para a saúde e bem-estar de quem a consome.
Além disso, é uma planta que pode melhorar a qualidade do solo. Suas raízes profundas ajudam a prevenir a erosão do solo, e suas folhas caídas atuam como matéria orgânica, enriquecendo o solo com nutrientes. A árvore também tem a capacidade de fornecer sombra e abrigo para diversas espécies, contribuindo para a biodiversidade local.Parte superior do formulário
Fontes:
CABRAL, Elsa Leonor; CASTRO, Marcelo. Palmeras Argentinas – Guía para el reconocimiento. 1ª Ed. Buenos Aires: L.O.L.A., 2007.
CAMPOS, Humberto de. Enciclopédia Agrícola Brasileira Vol. 1. São Paulo: ESALQ, 1995.
CARVALHO, Paulo Ernani Ramalho. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1).
LORENZI, Harri; BACKER, Luis Benedito; TORRES, Mario Antonio Virmond. Árvores e arvoretas exóticas no Brasil. Nova Odessa: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2018.
LORENZI, Harri; LACERDA, Marco Túlio Côrtes de.; BACHER, Luis Benedito. Frutas no Brasil nativas e exóticas (de consumo in natura). São Paulo: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2015.
MERCEDES, Rivas; BARBIERI, Rosa Lía. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do butiá. Brasília DF: Embrapa, 2014.
RIFFLE, Robert Lee; CRAFT, Paul; ZONA, Scott. The Encyclopedia of Cultivated Palms. 2ª Ed. Portland: Timber Press, 2012.
ROSS, Pablo; MUÑOZ, Julio Eduardo; CRACCO, Pedro. Flora Indígena del Uruguay. 3ª Ed. Montevideo: Editorial Hemisferio Sur,2018.
Responsáveis dados técnicos: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo) e Lauís Brisolara Corrêa (colaborador externo).
Responsáveis produção textual: Francielle de Lima (coordenadora), Ariane Ferreira Clavijo (discente bolsista), Giovana de Oliveira (discente voluntária), Jerusa Vieira Urrutia (discente voluntária) e Pablo Gabriel de Muniz Correa (discente voluntário).
MORERA (Español)
La Morera, cuyo nombre científico es Morus nigra L., también es conocida como Morera-negra. Es un árbol de tamaño pequeño a mediano y pertenece a la familia Moraceae. Originaria de la región del Caucaseco y de Ira, la Morus nigra es cultivada en diversas partes del mundo debido a sus frutos que son comestibles y por sus cualidades ornamentales.
Su nombre viene del latín “morus” que significa morera mientras que “nigra” significa negro/a destacando el color morado oscuro de sus frutos.
La Morera puede alcanzar de 10 a 15 metros y posee un tronco con cascara gris oscuro que al largo del tiempo queda rugosa. Sus hojas son simple, de manera alterna y presentan formato variable, generalmente corazonadas, aserradas y pueden medir de 7 a 12 cm de largo. El color de sus hojas puede variar desde el verde-claro al verde-escuro. Las flores son pequeñas y discretas, dispuestas en inflorescencias del tipo espiga. Florecen generalmente en verano, entre los meses de marzo a mayo.
Los frutos de la Morus nigra son drupas agregadas, que se desarrollan en infrutescencias semejantes a pequeñas frambuesas. Representan sabor agridulce y pueden ser consumidos frescos o usados en preparaciones culinarias. El color de sus frutos va del rojo al morado y casi negros cuando ya están maduros.
Su polinización ocurre por medio del viento. Después de la polinización, sus frutos son dispersos por aves lo que facilita la propagación de la especie en ambientes naturales.
La propagación de la Morera puede ser realizada de diversas formas. Una de las más comunes es por medio de estacas de raíces, preparadas durante el reposo vegetativo y son plantadas en bolsas plásticas o en canteros. El uso de estacas, así como la multiplicación por la cultura de tecidos, son alternativas bien establecidas según estudios desarrollados por la Embrapa.
El cultivo de la Morera puede variar de según la región y las condiciones ambientales. En regiones temperadas, el árbol puede tener un ciclo más definido mientras que en climas más calientes puede haber menor variación. El suceso de su cultivo esta frecuentemente asociado al terreno y al manejo adecuados, a pleno sol y un buen dreno.
Los frutos de la Morera poseen múltiplos usos. Cuando inmaturos son utilizados para la producción de jarabes con propriedades astringentes. En la etapa de la maduración plena, los frutos quedan sabrosos y son ampliamente utilizados para el preparo de jales, bebidas y otros productos alimenticios. En la medicina popular, es reconocida por sus propriedades medicinales, indicada para el tratamiento de fiebre y una buena opción para la reposición hormonal. Además, estudios muestran que el àrbol posee actividades antioxidantes, hipoglucemia, antiinflamatoria y antimicrobiana, contribuyendo para la salud y bienestar de quien la consume.
Es una planta que puede mejorar la calidad del terreno donde está plantada. Sus raíces profundas ayudan a prevenir la erosión de la tierra, sus hojas cuando caen pasan a servir como materia orgánica pues enriquece el local con sus nutrientes. El árbol también tiene la capacidad de fornecer sombra y abrigo para diversas especies lo que contribuye para la biodiversidad local. Parte superior do formulário
Responsáveis pela tradução: Profª. Dra. Maria do Socorro de Almeida Farias Marques (docente colaboradora), Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária) e Rodrigo Moraes (discente voluntário).
MULBERRY (Inglês)
The Mulberry tree, whose scientific name is Morus nigra L., also known as Black Mulberry, is a small to medium-sized tree belonging to the Moraceae family. Originally from the Caucasus region and Iran, Morus nigra is cultivated in various parts of the world due to its edible fruits and ornamental qualities.
Its name originates from Latin: “Morus“: mulberry, blackberry and moreno, while “nigra” means black/a, highlighting the characteristic color of its fruits.
The Mulberry tree can reach 10 to 15 meters and has a trunk with dark gray bark that becomes rough over time. Its leaves are simple, alternate and have a variable shape, usually ovate or cordiform, with serrated margins. They have a smooth texture and can measure 7 to 12 cm in length. The color of the leaves can vary from light green to dark green. The flowers are small and discreet, arranged in spike-like inflorescences. Flowering usually occurs in the summer, between March and May.
The fruits of Morus nigra are aggregated drupes, which develop into infrutescences similar to small raspberries. They have a sweet and slightly acidic taste, and can be eaten fresh or used in culinary preparations. The color of the fruits varies from red to dark purple, almost black, when ripe.
Mulberry pollination occurs through the wind, a process known as anemophily. After pollination, its fruits are dispersed mainly by birds, in a mechanism called zoochory, which facilitates the propagation of the species in natural environments.
The propagation of Mulberry can be carried out in several ways. One of the most common is through root cuttings, prepared during the vegetative rest period and planted in plastic bags or in beds in the ground. It is also possible to use shoots from cultivated plants, removed from between the rows during weeding activities. In addition, the use of herbaceous and woody cuttings, as well as multiplication by tissue culture, are viable and well-established alternatives, according to studies developed by Embrapa.
The cultivation of Mulberry can vary according to the region and environmental conditions. In temperate regions, the tree may have a more defined cycle, while in warmer climates there may be less seasonal variation. Success in mulberry cultivation is often associated with the proper choice of location and proper management, considering the need for full sun and well-drained soil.
The fruits of the Mulberry tree have multiple uses. When immature, they are used for the production of syrup with astringent properties. Already in the full maturation stage, the fruits become tasty and are widely used for the preparation of jams, soft drinks and other food products. In folk medicine, Mulberry is recognized for its medicinal properties, being indicated in the treatment of fevers and as a natural option for hormone replacement therapy. In addition, studies show that Mulberry has antioxidant, hypoglycemic, anti-inflammatory and antimicrobial activities, contributing to the health and well-being of those who consume it.
In addition, it is a plant that can improve soil quality. Its deep roots help prevent soil erosion, and its fallen leaves act as organic matter, enriching the soil with nutrients. The tree also has the ability to provide shade and shelter for various species, contributing to local biodiversity.Form to
Responsável pela tradução: Andrea Alfonsina Rivero Sottimano (discente voluntária).
Texto Amoreira interpretado na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
Intérprete de Libras: Ana Carolina da Rosa Machado (colaboradora externa)
Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)
Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/11_9gGPV9e-PGskrX7Sr7zD6KzqrduBmJ/view?usp=sharing
Texto Amoreira em áudio
Narrador: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo)
Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)
Link de acesso: https://drive.google.com/file/d/1wnexIK4qUJcTzFFsJpk88riXIb2flGQf/view?usp=sharing