Paineira | Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo

Paineira

PAINEIRA (Português)

A Ceiba speciosa (St.-Hill.) Ravenna, conhecida popularmente como Paineira, Árvore-de-paina, Árvore-de-lã, Barriguda, entre outros nomes, é uma árvore de grande porte pertencente à família Malvaceae, nativa da América do Sul, especialmente Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia e Peru. No Brasil, ela é bastante encontrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em ambientes de Mata Atlântica, Cerrado e florestas tropicais secas.

O nome científico da espécie, “Ceiba speciosa”, é derivado de “Ceiba“, que vem de cy-yba que significa “mãe das árvores” ou “árvore-mãe”, e “speciosa“, uma palavra em latim que significa “vistosa” ou “bonita”, destacando o apelo ornamental dessa árvore, sobretudo à beleza das flores dessa espécie.

A Paineira é uma árvore de grande porte, podendo alcançar entre 15 e 25m de altura, embora em condições ideais possa atingir até 30m. Seu tronco é característico, apresentando uma base dilatada, o que lhe confere o apelido de “barriguda”. O tronco é recoberto por espinhos cônicos que, acredita-se, ajudam a proteger a árvore de herbívoros. As folhas são compostas, palmaticompostas, com folíolos oblongo-lanceolados, verde-escuras e brilhantes.

As flores, que aparecem em grande quantidade no período da floração (outubro a junho), são outro destaque da espécie. Neste período, a árvore perde boa parte das folhas, o que destaca ainda mais suas flores. Elas possuem pétalas grandes e vistosas, de coloração rosada a branca, com detalhes amarelados ou arroxeados. As flores atraem insetos e aves, que atuam na polinização (principalmente borboletas, mas também beija-flores e morcegos).

O fruto da paineira é uma cápsula lenhosa que, ao se abrir, libera sementes envoltas em paina, uma fibra branca e sedosa. Essas fibras são leves e auxiliam na dispersão das sementes pelo vento. A frutificação se dá entre junho e setembro. Após a abertura dos frutos, a paina com as sementes é liberada para dispersão, que se dá de forma anemocórica (vento), podendo alcançar frequentemente 160m de distância da matriz e em determinadas ocasiões podem atingir distâncias bem maiores que essas.

A colheita dos frutos é feita quando atingem uma coloração parda e ainda estão fechados. É recomendado que sejam secos em um local limpo para que se abram espontaneamente. Recomenda-se semear em sementeiras, para posterior repicagem, ou duas sementes em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio.

 A Paineira tem diversos usos, tanto no campo ornamental quanto na ecologia e em pequenos aproveitamentos econômicos. Seu tronco imponente e a beleza das flores fazem dela uma árvore muito utilizada em projetos de paisagismo urbano, parques e jardins. A fibra das sementes, a paina, pode ser usada como isolante acústico ou térmico. Substitui, com vantagem, a espuma dos travesseiros, podendo também ser usada para enchimento de almofadas, acolchoados, cobertas, colchões, no forramento de agasalhos e estofaria de móveis, na fabricação de equipamentos de flutuação e de salva-vidas. A madeira da Paineira por ser leve, é utilizada em aeromodelismo e para a fabricação de gamelas, tamancos e flutuadores. Os povos originários utilizam a parte interna da casca (que tem fibras longas e resistentes) para fabricar sacos e bolsas.  Sua semente possui de 15% a 20% de óleo, semelhante ao de algodão, aproveitável para fins industriais e alimentares.

No aspecto ecológico, a Paineira desempenha um papel relevante. Suas flores atraem uma grande diversidade de polinizadores, como abelhas e beija-flores, enquanto seus frutos proporcionam alimento para várias espécies de aves. Além disso, suas sementes dispersas pelo vento ajudam na regeneração de áreas degradadas. A árvore também contribui para a biodiversidade local, oferecendo abrigo e alimento para inúmeras espécies, desde insetos até aves e pequenos mamíferos. Em áreas urbanas, suas grandes copas proporcionam sombra e ajudam a amenizar a temperatura.

Já na medicina popular, a resina e a casca são utilizadas para o tratamento de hérnias, ínguas e queimaduras. Já suas flores podem ser usadas no combate à asma e, para alguns povos originários do Paraná e Santa Catarina, elas são usadas para o tratamento da coqueluche, como calmante da tosse.

Fontes:

CABRAL, Elsa Leonor; CASTRO, Marcelo. Palmeras Argentinas – Guía para el reconocimiento. 1ª Ed. Buenos Aires: L.O.L.A., 2007.

CAMPOS, Humberto de. Enciclopédia Agrícola Brasileira Vol. 1. São Paulo: ESALQ, 1995.

CARVALHO, Paulo Ernani Ramalho. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1).

LORENZI, Harri; BACKER, Luis Benedito; TORRES, Mario Antonio Virmond. Árvores e arvoretas exóticas no Brasil. Nova Odessa: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2018.

LORENZI, Harri; LACERDA, Marco Túlio Côrtes de.; BACHER, Luis Benedito. Frutas no Brasil nativas e exóticas (de consumo in natura). São Paulo: Inst. Plantarum de Estudos da Flora, 2015.

MERCEDES, Rivas; BARBIERI, Rosa Lía. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do butiá. Brasília DF: Embrapa, 2014.

RIFFLE, Robert Lee; CRAFT, Paul; ZONA, Scott.  The Encyclopedia of Cultivated Palms. 2ª Ed. Portland: Timber Press, 2012.

ROSS, Pablo; MUÑOZ, Julio Eduardo; CRACCO, Pedro. Flora Indígena del Uruguay. 3ª Ed. Montevideo: Editorial Hemisferio Sur,2018.

Responsáveis dados técnicos: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo) e Lauís Brisolara Corrêa (colaborador externo).

PAINEIRA (Español)

 Ceiba speciosa (St.-Hill.) Rávena, conocida popularmente como Palo Borracho o Árbol Botella, entre otros nombres, es un gran árbol perteneciente a la familia de las Malváceas, originario de América del Sur, especialmente de Brasil, Paraguay, Argentina, Bolivia y Perú. En Brasil, se encuentra ampliamente en las regiones Sur, Sudeste y Centro-Oeste, en ambientes de bosque Atlántico, Cerrado y bosques secos tropicales.

El nombre científico de la especie, “Ceiba speciosa”, se deriva de “Ceiba“, que proviene de cy-yba que significa “madre de los árboles” o “árbol madre”, y “speciosa“, palabra latina que significa “vistosa” o “hermosa”, destacando el atractivo ornamental de este árbol, especialmente la belleza de las flores de esta especie.

El Palo Borracho es un árbol de gran tamaño, que alcanza entre 15 y 25m de altura, aunque en condiciones ideales puede llegar hasta los 30m. Su tronco es característico, con una base dilatada, lo que le da el apodo de “barrigón”. El tronco está cubierto de espinas cónicas que se cree que ayudan a proteger el árbol de los herbívoros. Las hojas son compuestas, palmaticompuestas (en hojas palmadas), con folíolos oblongo-lanceolados, de color verde oscuro, brillantes.

Las flores, que aparecen en grandes cantidades durante el período de floración (octubre a junio), son otro punto culminante de la especie. Durante este período, el árbol pierde buena parte de sus hojas, lo que resalta aún más sus flores. Tienen pétalos grandes y vistosos, de color rosa a blanco, con detalles amarillentos o violáceos. Las flores atraen a insectos y aves, que actúan en la polinización (principalmente mariposas, pero también colibríes y murciélagos).

El fruto del Palo Borracho es una cápsula leñosa que, al abrirse, libera semillas envueltas en paina, una fibra blanca y sedosa. Estas fibras son ligeras y ayudan en la dispersión de las semillas por el viento. La fructificación tiene lugar entre junio y septiembre. Después de la apertura de los frutos, se libera la paina con las semillas para su dispersión, que se produce de forma anemocórica (viento), que a menudo puede alcanzar los 160 m de distancia de la matriz y en ciertas ocasiones puede alcanzar distancias mucho mayores que estas.

Los frutos se cosechan cuando alcanzan un color marrón y aún están cerrados. Se recomienda que se sequen en un lugar limpio para que se abran espontáneamente. Se recomienda sembrar en semilleros, para su posterior pinchado, o dos semillas en sacos de polietileno con dimensiones mínimas de 20 cm de altura y 7 cm de diámetro, o en tubos de polipropileno de tamaño mediano.

 El Palo Borracho tiene varios usos, tanto en el campo ornamental como en ecología y en pequeños usos económicos. Su imponente tronco y la belleza de las flores lo convierten en un árbol muy utilizado en proyectos de paisajismo urbano, parques y jardines. La fibra de las semillas, paina, se puede utilizar como aislante acústico o térmico. Sustituye, con ventaja, la espuma de las almohadas, y también se puede utilizar para rellenar almohadones, edredones, fundas, colchones, en el forro de ropa de abrigo y tapicería de muebles, en la fabricación de equipos de flotación y balsas salvavidas. La madera del Palo Borracho, al ser ligera, se utiliza en el aeromodelismo y para la fabricación de comederos, zuecos y flotadores. Los pueblos originarios utilizan la parte interna de la concha (que tiene fibras largas y resistentes) para hacer bolsos y carteras.  Su semilla tiene entre un 15% y un 20% de aceite, similar al algodón, que puede utilizarse con fines industriales y alimentarios.

En el aspecto ecológico, el Palo Borracho juega un papel importante. Sus flores atraen a una gran diversidad de polinizadores, como abejas y colibríes, mientras que sus frutos proporcionan alimento a diversas especies de aves. Además, sus semillas dispersadas por el viento ayudan en la regeneración de zonas degradadas. El árbol también contribuye a la biodiversidad local, ofreciendo refugio y alimento para numerosas especies, desde insectos hasta aves y pequeños mamíferos. En las zonas urbanas, sus grandes copas proporcionan sombra y ayudan a suavizar la temperatura.

En la medicina popular, la resina y la corteza se utilizan para el tratamiento de hernias, hinchazones y quemaduras. Sus flores pueden ser utilizadas para combatir el asma y, para algunos pueblos originarios del Paraná y Santa Catarina, se utilizan para tratar la tos ferina, como tranquilizante para la tos.

Responsáveis pela tradução: Profª. Dra. Maria do Socorro de Almeida Farias Marques (docente colaboradora) e Rodrigo Moraes (discente voluntário). 

PAINEIRA (Inglês)

The Ceiba speciosa (St. – Hill) Ravenna, known as Silk floss tree, Pain Tree, wool tree, Bellied, among other names, is a big size tree that belongs to Malvaceae family. South America native tree, espcially in Brazil, Paraguay, Argentina, Bolivia and Peru. In Brazil is found in southern, southeast, midwest regions and in Atlantica Forest, savannas and drought tropical forests enrionment.

The scientific name of this specie is Ceiba speciosa which i sderived from Ceiba,  that in turn comes from cy-yba that means “mother of tress” or “mother tree”. On the other hand, speciosa is a latin word that means beauty or blossom, which highlights the ornamental appeal of these trees. Overall the beauty of their flowers.

The silk floss tree is big size tree that reaches 15 to 25 cm (5,9 to 9,84 inches) tall, though in ideal conditions it reaches to 30 cm (11.8 inches). Its trunk presents a dilated base, where the bellied nickname comes from. The trunk is also covered by thorn-conic, that is believed to protect the tree from herbivores. The leaves are composed, palmaticompostas,  oblog-lanceolate, shiny dark green.

The flowers which appear in abundance in the blossom period (from October to June), are other highlight of this specie. In this period the tree loses great part of the leaves, which highlights the flowers even more. Th flowers have big and beautiful petals of white and rose color with yellow and purple details. The flowers attract insects and birds which pollinate them (butterflies mainly, but also hummingbird and bats.

The silk floss tree fruit is a wooden capsule that when opend releases seeds in pain, a white and silky fiber. These fibers are light which help in the seed scattering by the wind. The fruiting season is from June to September. After opening the fruits the pain wiht the seeds is released in anemochory way (taken by the wind), reaching 160 meters (524 feet long) from the matrix. In certain times they reach longer distances.

The fruits harvesting is made when they are in brown color and still close. It is recommeded that they are dried in a clean site in order to open spontaneously. It is also recommended sowing the seeds in a sowing for a later pricking out or two seeds in polyethylene sacks with sizes from 20 cm (0.65 feet) tall and 7cm (2.7 inches) diameter., or in small prolypropylene tubes of medium size.

The Silk Floss Tree has many potential use, as in ornametal field as in ecology  and in small economic ventures. Beacuse its magestic trunk and the beauty of the flowers it is constatly used is urban landscaping project, parks and gardens. The seeds fiber, tha pain, can be used as an audio or thermal isolating. It replaces the pillow foam. It can also be used to fill cushions, padded, blankets, matresses, for lining clothes and stocking furniture, and producing floating and life saving equipments. The Silk Floss Tree can be light. It is used in aeromodelling and also in the production of mangers, wooden shoe, buoyancy aid. The native peoples uses the inner part of the bark (that has long and resistent fibers) to manufacture sacks and bags. Its seed has from 15% to 20% of oil, just like cotton. It is not olnly used in the industry but also for dietary.

In the ecological aspct, the Silk Floss Tree has a relevant role. Its flowers attract a bunch of different pollinating subjects like bees and hummingbirds. Its fruits provide food for many different species of birds. Besides, its scattered seeds, by the wind, help in the regenaration of degraded areas. The tree also contibutes to the local biodiversity, offering shelter and food for different species form insects to birds and small mammals. In urban areas its big tops provide shadow and help to minimize the temperature.

In the popular medicine, the resin and the bark are used for hernia treatment, bubo and burn. Their flowers can be used in the control of asthma and for some native peoples from Paraná and Santa Catarina, they are used for whooping cough treatment and cough sedative.

Responsável pela tradução: Cláudio Alves (colaborador interno).

 

Texto Paineira interpretado na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Intérprete de Libras: Ana Carolina da Rosa Machado (colaboradora externa)

Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)

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Texto Paineira em áudio

Narrador: Hélio Ramirez Farias (colaborador externo)

Responsável pela gravação e edição: Norton Cardia Simões (colaborador interno)

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