Licenciatura em História | Página: 16

Palestra: Escatologia Hibérnica – O fim dos tempos nos textos da tradição Hiberno-latina

O Núcleo de Estudos sobre Antiguidade e Medievo convida da Universidade Federal do Pampa convida:
Escatologia Hibérnica – O fim dos tempos nos textos da tradição Hiberno-latina
Nesta palestra, o Prof. Dr. Dominique Santos, professor de História Antiga da Universidade de Blumenau abordará a temática da escatologia nos textos da tradição Hiberno-latina. O objetivo é mostrar como desde a chegada do Cristianismo na Irlanda havia a noção de que o mundo estava se aproximando de seu fim. No entanto, com o desenrolar do tempo, e tais previsões não se confirmando, ocorreu uma reconfiguração das metáforas relacionadas ao além, um processo que culminou na definição de um terceiro lugar, o Purgatorium, um intermédio entre o céu e o inferno. O desenvolvimento desta nova arquitetura do além, mais definida e detalhada, alterou significativamente o imaginário da Europa cristã.
imagem palestra escatol

Palestra vai abordar retórica e representação histórica

O curso de História promove a palestra Retórica e representação histórica: os topoi na caracterização dos pictos e bretões do norte, que será ministrada pela professora Juliet Schuster Pereira (UFRGS) no dia 12 de março, às 9h, no auditório do Campus Jaguarão. O evento é a primeira de uma série de atividades que serão conduzidas em 2014 pelo Núcleo de Estudos sobre Antiguidade e Medievo, coordenado pelos professores Rafael da Costa Campos e Edison Bisso Cruxen.

 

A palestra vai abordar influência dos preceitos retóricos na historiografia construída a respeito dos povos que habitavam o norte da Grã-Bretanha durante o período em que Roma governou a ilha. Não é necessário realizar inscrição prévia. Mais detalhes sobre o teor da palestra constam do resumo repassado pela palestrante e divulgado pela organização do evento.

Resumo:

“A guerra é um tema constante nas fontes clássicas que falam sobre os povos que habitavam o norte da Grã-Bretanha durante o governo romano da ilha (43 – 409 d.C.). As características do modo de fazer guerra dos bretões do norte (posteriormente conhecido pictos) se repetem nas obras de historiadores como Tácito, Dião Cássio e Herodiano, apresentando pouca diferença, sendo suas raízes primitivas e inadequadas sempre ressaltadas. O que chama mais atenção ainda é que várias dessas características aparecem em relatos de outros autores de épocas bastante diversas, sobre povos habitantes de regiões distintas e distantes (tanto geograficamente, quanto cronologicamente) chamados de celtas pela historiografia tradicional.

De acordo com David Rankin, há uma notável consistência nas evidências legadas por gregos e romanos a respeito desses “celtas”, que resultou em uma visão cristalizada que se devia a persistência, através de séculos, de um programa de educação retórica, o qual dava grande ênfase no aprendizado e desenvolvimento de lugares comuns (topoi). Dessa reflexão, originou-se meu projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido no mestrado acadêmico sob a orientação do Professor Doutor Anderson Zalewski Vargas, a saber: a compreensão dessas caracterizações dos bretões do norte e, quando possível, a identificação dos topoi. A presente apresentação se centrará na influência exercida pelos preceitos retóricos (mais especificamente a inventio) sobre a historiografia, com foco nas digressões etnográficas e no emprego dos lugares comuns, utilizando trechos de fontes analisadas (Tácito, Dião Cássio, Herodiano, Políbio, Tito Lívio, e outros) a título de ilustração. Para além do importante papel da historiografia, a apresentação não tem como intuito central uma história intelectual, mas sim a compreensão dessa estruturação do discurso como integrante e resultado da valores mais profundos presentes na sociedade romana – suas representações sociais”.

Curso promove Diálogos sobre História: a Fronteira em questão nos dias 3 e 4 de dezembro

dialogos fronteira

O Curso de História-Licenciatura da UNIPAMPA promoverá durante os dias 3 e 4 de dezembro a primeira edição de seu ciclo de conferências, intitulado Diálogos sobre História: a Fronteira em questão. O Campus receberá professores pesquisadores de outras instituições de ensino superior que apresentarão trabalhos que abordam as relações entre história, fronteira, guerra e crime, com ênfase na realidade regional, platina e latino-americana. A participação no evento é gratuita, oferecerá atestado de participação, e destina-se tanto para a comunidade acadêmica quanto para professores e comunidade geral. As atividades se iniciarão na terça-feira às 19h, prosseguirão na quarta-feira às 9 e 19 horas, e serão realizadas no auditório da UNIPAMPA.

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