A tese intitulada Comissão nacional da verdade: um acontecimento entre o passado e o futuro do Brasil foi defendida na última terça-feira, 29, no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos pela professora Carmen Abreu. Fizeram parte da banca examinadora os professores Joel Felipe Guindani, Maria Helena Weber, Ronaldo Henn, Solon Eduardo Viola e Christa Berger (orientadora).
A pesquisa estuda a Comissão Nacional da Verdade (CNV), um acontecimento social, político e histórico que obedece aos requisitos necessários para ingressar no circuito midiático como um acontecimento jornalístico. O objetivo principal foi entender quais são os sentidos produzidos e silenciados pelo discurso jornalístico sobre o acontecimento Comissão Nacional da Verdade e a ditadura civil-militar brasileira, passados mais de 50 anos do Golpe que depôs o presidente João Goulart.
Foi possível identificar quais são os principais sentidos que foram disputados, revisitados, que circularam, se destacaram, foram silenciados e/ou apagados sobre a ditadura civil-militar brasileira no discurso jornalístico dos jornais estudados. Entre os sentidos identificados, a disputa em torno da interpretação da Lei da Anistia, de 1979, e a necessidade ou não de sua revisão obtém destaque.
Crédito da foto: Jorge Ubiratan.