A semana do Rondon, Operação Guararapes no município de Orobó que fica localizado a 114 km da capital Pernambucana Recife, começou com intensas atividades, a primeira delas foi a abertura proporcionada pela Secretaria de Educação Maria Santana Aguiar que além de se colocar a disposição, autorizou o transporte para descolamento do grupo e também articulou com as escolas para que o projeto Rondon pudesse desenvolver as suas atividades. Assim que chegaram ao município os rondonistas fizeram uma caminhada para divulgar o projeto, além de participarem de uma celebração religiosa, momento em que se reúne grande parte da população predominantemente católica.
Atividades nas escolas
Durante a semana os rondonistas da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná- PUCPR, percorreram dez unidades escolares do município sendo quatro delas na zona urbana e seis na zona rural. Em cada escola se trabalhou por sala, as atividades propostas para os estudantes geraram em torno de comunicação, saúde, meio ambiente e educação. Em cada temática o que se percebe é o envolvimento dos alunos, a percepção em querer aprender, pois as oficinas oportunizaram o contato com o novo, por exemplo, em uma oficina de rádio, TV e fotografia os alunos puderam manusear uma câmera filmadora, um gravador de voz e conhecer os diversos tipos de lente que uma câmera fotográfica possuí, e através desse conhecimento adquirido eles próprios estão aptos a produzir, a partir do seu olhar local puderam divulgar as potencialidades do município nos meios de comunicação.
Em um breve levantamento nas turmas trabalhadas, percebe-se que estudantes da mesma faixa etária possuem realidades diferentes em algumas escolas os alunos possuem acesso a internet, tendo acesso na própria escola, já em outra a realidade é contrária, pois os alunos não possuem acesso na escola e em suas casas.
Para os alunos do curso de Relações Públicas – ênfase em Produção Cultural da Unipampa Adriana Pires, Bruna Karina e Antonio Weber que administraram a oficina de Rádio, TV e Fotografia se percebeu a necessidade e a importância da democratização da comunicação para disseminar a informação, além de saberem como funcionam os meios de comunicação locais.
Comunidade
Os diversos cursos, oficinas e capacitações também tiveram como foco a comunidade de Orobó. E muitas oficinas tiveram ampla participação dos moradores em algumas delas houve a necessidade da sua repetição para atender aos interessados, por exemplo, a oficina confecção de presentes a partir de caixas de leite que tem como objetivo aliar a sustentabilidade e a geração de renda; outra ação com bastante procura é a oficina de Produção de cosméticos com plantas medicinais em que os participantes aprendem os reagentes para a confecção de sabonetes e xampu.
Para o acadêmico do curso de Veterinária – Pedro Damboriarena “através de conversas informais com os moradores locais pode-se observar e sentir a grande receptividade e carisma do povo da região. Muitos contaram histórias de sofrimento e batalha, mas sempre sem tirar o sorriso do rosto todos demonstravam intensa curiosidade a respeito do projeto, de quem éramos e de onde viemos. A troca de conhecimentos, história e experiência de vida foi de grande valia para os integrantes do grupo, assim como para a população local.”
Zumba, Lazer e Produção Cultural
Um dos pontos altos do projeto foi a zumba. Os moradores se preparam durante toda a semana para se exercitarem nas aulas, a intenção era somente uma apresentação na semana, mas a população solicitou para que fossem realizadas todos os dias, pois mesmo com chuva todos estavam dispostos a participarem da aula. A produção cultural também teve destaque durante a semana com um documentário sobre o Frivolité, arte em renda desenvolvido por artesãs do município de Orobó. Para o professor Joel Guindani que coordenou a equipe de produção, “o documentário é uma forma de retribuir a comunidade a hospitalidade e também divulgar o trabalho da associação.”
E as atividades continuam
No decorrer dos próximos dias estão previstas visitas em escolas, oficinas com associações, papo com os gestores das unidades escolares, agentes de saúde e atividades culturais.
Texto: Adriana dos Santos Pires
Créditos das fotos: Antonio Weber Jr.