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Estudantes de Jornalismo Esportivo vivenciam a cobertura do Open Internacional de Tênis

Alunos acompanham e registram os jogos (Foto: Miro Bacin)

Na manhã ensolarada do sábado, 29 de março, os alunos da disciplina “Jornalismo Esportivo” mergulharam em sua primeira experiência prática do semestre ao participarem da cobertura do I Open Internacional de Tênis. Realizado pelo Amizade Tênis Clube, no bairro do Passo, próximo à Unipampa, o evento contemplou as categorias infantil, infanto-juvenil e feminina (1ª e 2ª, duplas e iniciantes).

Com base na experiência profissional do professor Miro Bacin, a atividade proporcionou aos estudantes um ambiente ideal para aplicar os conceitos teóricos de forma prática. “Foi um dia memorável, repleto de fontes de informação com a presença de jogadores e famílias vindos do Brasil, Argentina e Paraguai”, destacou o docente.

A interação com os participantes do torneio proporcionou aos alunos uma oportunidade valiosa de aprofundar seus conhecimentos sobre o tênis, complementando os conteúdos abordados em sala de aula. Gustavo Ribeiro, um dos alunos, demonstrou surpresa ao descobrir a variedade de modalidades esportivas para além do futebol. Já a estudante Pâmela Anschau destacou a importância da atividade, mencionando que, por meio dela, despertou seu interesse pelo jornalismo esportivo. “Foi uma experiência completa que conectou a teoria à prática e nos ajudou a compreender melhor processos essenciais do jornalismo esportivo, como entrevistas e fotografia”, avaliou Pâmela.

A estudante Laísa Vieira Antunes destaca que a oportunidade de aprender mais sobre essa modalidade foi extremamente enriquecedora, especialmente, por se tratar de um esporte que não acompanha com frequência. Prefere o futebol. Ainda assim, a experiência  foi marcante na sua avaliação, pois permitiu que se colocasse em prática os conhecimentos adquiridos. Segundo ela, essa vivência foi especialmente significativa, pois está alinhada ao seu objetivo de seguir carreira no jornalismo esportivo.

Aluna Pâmela Anschau (Foto: Miro Bacin)
 Atleta Benjamin Vargas, de São Borja (Foto:Miro Bacin)
Atleta em quadra (Foto: Gustavo Ribeiro)
Turma de Jornalismo Esportivo (Foto: Miro Bacin)

Curso realiza encontro de acolhida

 

O Curso de Jornalismo, em conjunto com o Diretório Acadêmico (Dajor), realizou dia 12 de março a acolhida 2025, dentro da programação oficial divulgada pela direção do Campus. Foram recepcionados os alunos novos, calouros, e os veteranos, por professores, coordenação do Curso e Diretório Acadêmico dos estudantes.

Este ano, todos os cursos de graduação tiveram expressivo aumento na procura em processos de matrícula, nas várias modalidades de ingresso oferecidas pela Unipampa. Segundo dados da Coordenação Acadêmica, o Curso de Jornalismo recebe, em 2025, um total de 21 novos estudantes, alguns ainda em processo de entrega de documentação e ou de ajustes de componentes na sua primeira matrícula.

O representante estudantil eleito, Jonatan Mancias Soares fez os registros de imagem da recepção de acolhida. Na oportunidade, se apresentaram também aos novos alunos, os membros integrantes da Atlética Raposas, que junto da Atlética Gnomos programam atividades esportivas para o longo do ano.

O presidente do Dajor, Matheus Laurindo, apresentou a composição do diretório, cujo trabalho de gestão começa oficialmente agora e destacou as atividades realizadas pelo Dajor no ano passado, além de descrever as atribuições do Dajor, convidando os estudantes a uma maior integração e participação coletiva.

Fotos; Jonatan Soares

Curso recebe docente substituta

Professora Josemari Poerschke de Quevedo toma posse no curso de Jornalismo
A professora Josemari Quevedo vai atuar no curso de Jornalismo

Aprovada no Processo Simplificado para professora substituta referente ao edital 88/2024, tomou posse no campus São Borja, Josemari Poerschke de Quevedo. Josemari foi recebida pelos professores Valmor Rhoden, diretor do campus, pelo coordenador em exercício Fernando Santor, pelo coordenador do curso de jornalismo, Geder Parzianello, pelo coordenador administrativo, Gustavo Carvalho, e pelo interface de RH, Rafael Machado. Josemari é Pós-Doutoranda em Comunicação com projeto sobre A Comunicação das Políticas Públicas de Enfrentamento às Mudanças Climáticas no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM. Doutora em Políticas Públicas pela UFPR (2015-2019) com pesquisa sobre nanotecnologia. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS (2010). Possui graduação em Comunicação Social – Jornalismo  UFRGS (2006). Membro da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias – ESOCITE  e da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política Compolítica. Membro dos grupos de pesquisa CNPq Comunicação Eleitoral (CEL/UFPR) e Estudos em Jornalismo (UFSM). A professora vai trabalhar os componentes curriculares – Comunicação e Conjuntura contemporânea; Produção de Revista; Produção de Narrativas Digitais. Oferta especial – Laboratório Digital.

Professores de Jornalismo refletem sobre os desafios da profissão

bolsista da coordenação entrevistou docentes do curso sobre o futuro do jornalismo

professora Vivian: destacando o valor dos grupos de pesquisa na formação dos estudantes

O cenário da Comunicação Social passou por transformações ainda mais drásticas nos últimos anos, embora mudanças sempre existiram na forma de se fazer jornalismo e todas as maneiras de se produzir comunicação. Com o crescimento das plataformas digitais, surgiram novos desafios ainda maiores. Entre eles, o de enfrentar a desinformação, o radicalismo político nas redes sociais e o modo de usar a inteligência artificial em favor da qualidade na profissão. Neste novo “ecossistema midiático”, em que todos podem ser consumidores e produtores de informação, questiona-se: o que diferencia um jornalista profissional e o torna relevante?

A capacidade de mediação, fator que torna um profissional da área de comunicação relevante, vem sendo relativizada. Antes das redes sociais ocuparem espaços, era muito mais fácil para um jornalista assumir este trabalho de mediador da informação. Atualmente, porém, os profissionais precisam se reinventar e buscar formas de conciliar a mediação profissional dos jornalistas com os conteúdos produzidos nos ambientes digitais.  No contexto do crescimento das redes sociais se observa também, a chegada das fake news. Este novo aspecto gera acontecimentos preocupantes que o jornalista deve enfrentar. Para manter-se relevante e necessário nas próximas décadas, os jornalistas devem reforçar a responsabilidade ética e aperfeiçoar as funções técnicas aprendidas nas universidades.

De acordo com a professora Roberta Roos Thier, outro fator relevante que diferencia os profissionais da informação quando comparados ao cidadão comum que produz informação é a habilidade de poder trabalhar em diversas áreas. Gerenciar uma equipe e entregar um trabalho de qualidade exige do jornalista mais do que conhecimentos básicos; requer uma visão ampla e integrada da profissão. Essa abordagem permite destacar-se no campo, mesmo em um cenário cada vez mais transformado pela tecnologia e pela inteligência artificial, explica ela.

O passado como forma de aprendizado

As transformações no Jornalismo são rápidas e visíveis, tornando-se cada vez mais frequentes. Estamos em uma era na qual a tecnologia ocupa um espaço crescente nas redações e nos estúdios de televisão e rádio. O professor do curso de Jornalismo, Eduardo Silva, relembra com precisão o ano de 2010, quando se formou em jornalismo pela Unipampa, como era o fazer jornalístico naquela época. Ainda era um período no qual o Twitter, atual X, era usado como uma rede nova dentro do jornalismo. Fator esse que permitia poucas interferências entre o fazer jornalístico dentro desta rede. Tudo ainda era superficial, novo, um lugar que recém estava começando a ser explorado, utilizado mais por figuras públicas para buscar fazer declarações através da rede. professor Eduardo ainda destaca que “hoje, os meios de comunicação tradicionais estão nas redes sociais, como Facebook, Instagram, TikTok e YouTube. Parte do jornalismo que eu aprendi na universidade mudou radicalmente. A forma de fazer jornalismo no digital ainda está em discussão”.

A docente Vivian de Carvalho Belochio também compreende que no seu tempo de estudante, muitas coisas dentro da área da comunicação ainda eram novas e pouco exploradas. Como pesquisadora, ela destaca a grande dificuldade que teve em compreender, durante a faculdade, as convergências jornalísticas que já aconteciam naquele tempo. E como dica e conselho aos atuais estudantes, ela ressalta a importância de participar de grupos de pesquisa: “Eu acho essencial que o estudante ele tenha consciência, e ele só vai consumir cada vez mais produtos jornalísticos atuais, e ele vai precisar buscar conhecimento sobre as coisas que estão acontecendo no momento, e para isso ele vai precisar buscar esse conhecimento às vezes em fontes externas, ele vai precisar buscar um grupo de pesquisa para tentar responder os seus questionamentos. Porque às vezes as disciplinas correntes que estão no PPC atual do curso elas não conseguem dar conta das mudanças mercadológicas e tecnológicas”, ressalta a docente.

E é nesta lógica de aprendizados passados que a professora Roberta Roos ainda destaca a grande importância de sempre se questionar sobre o futuro da profissão, principalmente dentro da academia, pois de acordo com ela, é dentro da Universidade que devemos refletir sobre questões futuras e sobre novos eixos dentro de uma profissão, principalmente, em relação ao Jornalismo. “Eu estou sempre pensando em relação a isso, como é que esse futuro profissional ele pode ser melhor preparado na academia para dar conta de tudo isso que está aí fora, um mundo completamente atropelado por esse avanço da tecnologia” destaca a professora.

Além dos aspectos futuros, existem também as dificuldades que futuros jovens profissionais enfrentam nos dias atuais. Em uma recente análise feita pela Microsoft e o Linkedin, observou-se que houve um aumento expressivo em relação ao interesse por cursos e qualificações envolvendo a IA. Mas o detalhe mais significativo, é que não são apenas profissionais de uma única faixa etária, mas sim, de diferentes idades.  O que se imaginava no surgimento da IA era que as gerações atuais dominariam com muito mais eficácia estas novas tecnologias, mas um fator muito predominante dentro destas atuais gerações é a questão do imediatismo. Aspecto muito mais ligado à questão da pressa e de poucos hábitos de estudo e leitura. Uma geração que cresce conectada ao imediato, ao rápido e prático. E são esses fatores que podem prejudicar um futuro profissional em relação ao destaque dentro de uma empresa, explicam as professoras.

O jornalismo como profissão do futuro

A comunicação, no nosso momento atual, vive em um universo infinito de possibilidades. Isso oferece ao jornalista múltiplas habilidades e novas funções dentro de uma sociedade midiatizada. O profissional do futuro em relação às técnicas deverá ser habilidoso e ter domínio das tecnologias, pois agora tudo entra em jogo dentro da profissão jornalística: escrita, fotografia, vídeo e edição. Em relação ao conhecimento, o jornalista cumpre com as suas atribuições em relação à sociedade através da mediação, mostrando e demonstrando a sua capacidade intelectual e a sua diferenciação em comparação aos demais.

Além disso, o professor Miro Bacin ressalta um fator crucial para alcançar relevância na sociedade: a ética profissional. Ele enfatiza que esse aspecto começa a ser desenvolvido ainda na Universidade, especialmente em disciplinas de Legislação e Ética Jornalística. Para o futuro, ser jornalista exigirá uma combinação de profundos aspectos intelectuais e culturais. Nesse contexto, Bacin reforça a importância da humanização do fazer jornalístico. Ele explica: “Existe uma dinâmica que eu acho muito interessante, que é tirar da invisibilidade aqueles que hoje são invisíveis. É isso que buscamos em nosso projeto de pesquisa, desenvolvido por mim e pela professora Adriana Duval. Um exemplo são as Crônicas da Cidade, publicadas na Folha de São Borja. Com quase mil crônicas, mapeamos a cidade e presenteamos a comunidade ao revelar personagens que até então eram desconhecidos”, comenta o professor.

Como sustentar modelos novos ou atuais de financiamento em relação ao jornalismo ético e de qualidade?

Para a docente Eloisa Klein, um financiamento que já faz parte do meio jornalístico é o chamado financiamento coletivo (crowdfunding). Isso refere-se a pequenas quantias de dinheiro pagas por usuários que permitem realizar manutenção de sites ou até mesmo de sistemas, e mantê-los ativo. Como exemplo, podemos citar o caso da Zero Hora que, a partir da cobrança no valor de um real por usuários, permitirá acesso ao conteúdo jornalístico de qualidade.

“São estratégias que estão sendo implementadas e que têm tido algum sucesso, uma vez que a monetização do conteúdo informativo em mídias sociais é muito pequena em comparação ao conteúdo de entretenimento, então essas são estratégias que são buscadas para tentar romper com esses problemas” destaca a docente.

Além de todos esses aspectos e dos inúmeros desafios que ainda podem surgir com o passar dos anos, há um elemento essencial que deve ser permanente na prática jornalística: a ética profissional e o compromisso com os fatos. Como já destacado pelo professor Miro Bacin, a ética não é apenas um requisito técnico, mas um alicerce que sustenta a credibilidade da profissão. Em um cenário cada vez mais marcado por desinformação e pressão por rapidez, o cuidado com a apuração e a responsabilidade na divulgação das informações se tornam indispensáveis para fortalecer o papel do jornalismo como pilar da democracia e voz da sociedade.

Para a professora Eloisa Klein, essa responsabilidade é o que define a essência do jornalismo: “Tecnologias entram, tecnologias saem, mas o zelo com a sociedade, com a coisa pública, o respeito pela sociedade, pela discussão pública é o principal e sempre vai ser do jornalismo. Sem isso não é jornalismo”. O professor Eduardo Silva, complementa: “O jornalista é um profissional da informação. E isso tem que ser reafirmado, essa principal capacidade que é fazer essa curadoria das informações”.

Texto e fotos: Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do curso.

 

Grupo de Pesquisa fará 15 anos

Registrado no CNPq, grupo “Diálogos do Pampa” reúne pesquisadores e estudantes de iniciação científica para debates a cada semana

O Grupo de Pesquisa Diálogos do Pampa vai completar 15 anos no começo de 2025,  celebrando um trabalho ininterrupto desde 2010.  Registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e registrado também na Unipampa, o grupo de pesquisa reúne pesquisadores de diferentes campi da Unipampa e de fora da instituição, principalmente da Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com participações, na forma de palestras e debates, por colaboradores convidados de todo o país, inclusive, eventualmente, do exterior.

Os encontros do GP eram presenciais até a pandemia da Covid-2019. Depois, se tornaram virtuais. Agora acontecem de forma remota nas quartas-feiras às 19h30min, pela possibilidade do envolvimento de docentes pesquisadores de diferentes parte do Brasil e do mundo, assim como, para permitir que ex-alunos e estudantes orientandos de graduação, mestrado e doutorado possam participar de forma permanente ou não, em sua formação continuada.

Tanto membros registrados quanto quem não é membro oficial do grupo, ou apenas visitante, pode prestigiar as falas e debates, interagir ou não, com ou sem câmera ligada, em alguns encontros. As reuniões acontecem a cada semana e ao longo do ano. Em março de 2025, o grupo fará o registro de novos integrantes na Plataforma do CNPq e conforme disponibilidade dos interessados e suas participações em 2024.

A partir desse ano, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) poderão ser feitos no Curso de Jornalismo da Unipampa no formato de artigos acadêmicos. Mas para isso, é exigido que os formandos interessados nessa modalidade tenham participado formalmente e por um ano, pelo menos, de um grupo de pesquisa, com acompanhamento de um(a) orientador(a). Egressos da Unipampa e que integravam o grupo em formações distintas, anos atrás, deram prosseguimento aos seus estudos após a faculdade, vários deles aprovados em programas acadêmicos de mestrado e doutorado em diversas universidades federais e, até mesmo, fora do país. Nas discussões de temas interdisciplinares, se aprende sobre teorias, métodos de pesquisa, correntes do pensamento e sobre processos de construção de projetos, entre outras questões sempre envolvendo a produção acadêmica e científica.

Diferentes grupos de pesquisa no curso estão registrados oficialmente e são coordenados por professores do Curso de Jornalismo.  Converse com seus professores e participe dessas oportunidades de formação.

 

Alunos do curso apresentaram trabalhos no 16º Siepe

Esta foi a primeira vez que o Campus São Borja sediou o evento e professores e estudantes atuaram também como avaliadores ou monitores

Durante os três dias do 16° Salão de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) alunos do curso de Jornalismo de diferentes semestres aproveitaram a oportunidade de realizar apresentações de seus estudos em exposições orais e posters. O evento aconteceu de 22 a 24 deste mês e teve a participação de cerca de 2.300 credenciados. Este ano, foram 1.346 trabalhos aprovados para apresentação.

A seleção de trabalhos é feita a partir de algumas etapas. Inicialmente, as propostas inscritas são submetidas na forma de resumos, passando assim por um crivo pelo comitê científico, e se atendem a exigências, que envolvem muito mais que a parte de formatação,  o trabalho é então aprovado e pode ser exposto à comunidade. Durante as apresentações dos mesmos, avaliam-se a relevância do tema, o domínio, o impacto social, a contribuição do discente em relação ao trabalho e à área de pesquisa ou campo de investigação, a relevância científica, a organização, e até a desenvoltura de quem está apresentando. Critérios estes que são observados pelas pessoas que assumiram a função de avaliadores, docentes da instituição.

A cada nova edição do Siepe, o evento evidencia melhorias nos trabalhos e nas dinâmicas de sua própria organização. Os melhores trabalhos são premiados. (Confira no portal da Unipampa, a relação dos vencedores deste ano):

https://unipampa.edu.br/saoborja/cerimonia-encerra-16o-siepe-com-premiacao-de-trabalhos

Pensando nos modelos de submissão, foi permitido que as indicações de prêmios fossem feitas pelo próprio orientador do trabalho. Já em relação à organização do tempo, cada discente teve à disposição vinte minutos, tanto para apresentações orais, quanto para a apresentação de pôster. Com a possibilidade de oferecer muitas salas, o Campus São Borja possibilitou a toda comunidade acadêmica sessões menores, permitindo que as apresentações ficassem mais fluidas e que tanto os ouvintes quanto os apresentadores desfrutassem de apresentações mais tranquilas e harmônicas, o que nem sempre é possível em eventos com espaços diferentes.

O professor Flávio Bruno, da Comissão Científica deste Siepe conta sua experiência durante os três dias intensos no Campus: “É um mix de sensações, é um desafio grande, mas eu tinha a total confiança de que o Campus de São Borja poderia recepcionar um evento na envergadura do Siepe”, diz ele. “É uma realização muito grande sediar um evento como este em São Borja”, conclui.

Tanto a comunidade acadêmica, com seus servidores, técnicos terceirizados, docentes, discentes como a comunidade local, fizeram parte de uma grande acolhida para tornar esses três dias possíveis.

Professores e alunos de Relações Públicas forneceram todo o suporte para o credenciamento. Toda a área da comunicação, como Jornalismo e Publicidade e Propaganda, auxiliaram para levar todas as informações ao público, fornecendo a cobertura completa do evento, que também teve a ajuda de todo o pessoal do curso de Direito, participando das monitorias e apresentando seus trabalhos.

Alguns trabalhos de alunos do Jornalismo

As alunas Alexya Teixeira e Pauline Gonçalves, que estão cursando o segundo semestre do curso de Jornalismo, aproveitaram a oportunidade para se inscrever nesta 16° edição e realizar a apresentação em conjunto de um pôster que levava o título “A negligência no diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares em jogadores de futebol”.

A ideia foi a de trazer este tema como pôster depois do impacto das notícias sobre a morte do jogador Juan Izquierdo, que sofreu uma parada cardíaca no meio do campo, durante uma partida de futebol. A partir de uma análise realizada, foi possível observar como a mídia trata este tipo de situação que acontece com alguns jogadores de futebol. O foco do trabalho das alunas foi buscar observar como o jornalismo toma o enfoque destes problemas. Para elas, a experiência de vivenciar o primeiro Siepe foi enriquecedor.

“A gente está tendo contato com o pessoal de outros campus e essa integração faz toda a diferença pra gente poder compreender melhor e ter mais experiência em seminários e apresentações de trabalhos. Com certeza vai ser algo enriquecedor para a nossa carreira” destaca a estudante Pauline.

A aluna Gabriela Antunes, que está no quarto semestre do curso de Jornalismo, também levou seu trabalho para apresentação em pôster. O tema escolhido foi “A dicotomia na abordagem midiática do futebol feminino e masculino no globo esporte”, em que ela buscou analisar a diferença na abordagem dada ao futebol feminino em comparação ao futebol masculino no telejornalismo. Gabriela também participou do evento pela primeira vez e destacou a sensação de poder estar vivenciando este momento: “Está sendo muito legal, é bem diferente do que eu imaginava, os avaliadores são bem queridos. O público que vem também é muito legal, todo mundo se ajuda, todo mundo presta atenção na apresentação do outro”.

Matheus Henrique Ribeiro, também aluno do curso de Jornalismo e cursando o quarto semestre, conta que sua primeira participação no Siepe foi para trazer como tema de pôster a “Linguagem comunicacional das batalhas: Um estudo sobre a comunicação nas batalhas de Joinville-SC”. Trazer este tema para o Siepe foi por conta de estar cursando a área da Comunicação, além de gostar muito das batalhas de rima, um movimento cultural e periférico. O objetivo deste trabalho foi o de buscar entender como funciona a comunicação dentro de uma batalha de rima e de slam, com o objetivo de trazer isso para a área acadêmica e poder trabalhar essa liberdade de expressão no Campus. Foram a partir de análises, pesquisas e entrevistas que se formou todo seu trabalho. Mateus participa do grupo PET História da África, no qual era necessário trazer um projeto, e um deles foi a questão do PET cultura, que busca fazer coisas voltadas para a cultura black dentro da Universidade. Ele conta que foi a partir deste aspecto que surgiu uma das vertentes que é as batalhas de rima, com o objetivo de expandir este assunto cada vez mais dentro da Unipampa.

Matheus Henrique também é estreante nesta 16° edição do evento. Para ele, fazer parte do Siepe foi um misto de nervosismo e ansiedade: “Nervosismo por apresentar e também por sediar este evento. A ansiedade por conta da apresentação do trabalho e por reencontrar pessoas que eu já conhecia de outros campus e por ter também a possibilidade de fazer novas amizades, conhecer outras culturas, outros gostos, conhecer outros trabalhos que são totalmente fora da área de comunicação”.

A contribuição deste evento em relação a sua futura profissão como Jornalista é algo que permitiu ao aluno expandir suas vertentes dentro desta área. E uma delas é poder trabalhar com a questão racial dentro do Jornalismo, um tema, segundo ele, pouco falado dentro da área da comunicação. Além de ser um tema que vai agregar fortemente sua visão profissional e principalmente, pessoal.

Já a aluna Ana Carolina Conceição realizou no último dia do evento (24), a apresentação oral do tema “O futebol como estratégia política para legitimar regimes autoritários em países da América Latina”. Tema que surgiu no semestre passado, no componente de Introdução ao Pensamento Científico, onde era necessário produzir um projeto inicial de pesquisa. E a grande paixão pelo futebol fez com que este tema viesse à tona. “Eu sempre tive muito a ideia antes mesmo de entrar na faculdade, de fazer algum projeto, alguma pesquisa, sobre o uso do futebol pela ditadura, porque foi um tema que sempre me intrigou muito, eu sempre via na televisão, assisti até um documentário que falava muito sobre essa questão do futebol sendo utilizado como uma arma ideológica, como uma arma de legitimação. E isso me chamou muito atenção, e foi por isso que eu realmente quis escolher este tema para trazer no Siepe”, ela conta.

Para Ana Carolina, participar do Siepe foi “algo muito legal”. Além de apresentar este tema, ela também participou de um trabalho como co-autora de uma revista realizada também em um componente curricular do curso. O Siepe, de acordo com a discente, pode contribuir muito para o seu desenvolvimento como futura jornalista: “É uma forma de eu me abrir com as outras pessoas, com a comunidade acadêmica, de modo geral”. A partir da sua apresentação oral, ela pode desenvolver sua apresentação para outras pessoas, além de poder falar de um tema que tenha conhecimento e que é a futura profissão de sua vida, o jornalismo esportivo.

Outros estudantes do curso também apresentaram, alguns atuaram até como monitores nas salas de apresentação e docentes do curso colaboraram como avaliadores dos trabalhos, em posteres ou apresentações programadas.

Os orientadores dos trabalhos dos alunos entrevistados :

  • de Ana Carolina Conceição: Professora Alciane Nolibos Baccin
  • de Gabriela Antunes: Professor Eduardo Vieira
  • de Alexya Teixeira e Pauline Golçalves:  Professor Miro Bacin
  • de Matheus Henrique Ribeiro: Professor Edson  Paniagua

Texto: Amanda Ferreira, bolsista da Coordenação

Fotos; Amanda Ferreira e Jonatan Mancias Soares