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Curso recebe docente substituta

Professora Josemari Poerschke de Quevedo toma posse no curso de Jornalismo
A professora Josemari Quevedo vai atuar no curso de Jornalismo

Aprovada no Processo Simplificado para professora substituta referente ao edital 88/2024, tomou posse no campus São Borja, Josemari Poerschke de Quevedo. Josemari foi recebida pelos professores Valmor Rhoden, diretor do campus, pelo coordenador em exercício Fernando Santor, pelo coordenador do curso de jornalismo, Geder Parzianello, pelo coordenador administrativo, Gustavo Carvalho, e pelo interface de RH, Rafael Machado. Josemari é Pós-Doutoranda em Comunicação com projeto sobre A Comunicação das Políticas Públicas de Enfrentamento às Mudanças Climáticas no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM. Doutora em Políticas Públicas pela UFPR (2015-2019) com pesquisa sobre nanotecnologia. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS (2010). Possui graduação em Comunicação Social – Jornalismo  UFRGS (2006). Membro da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias – ESOCITE  e da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política Compolítica. Membro dos grupos de pesquisa CNPq Comunicação Eleitoral (CEL/UFPR) e Estudos em Jornalismo (UFSM). A professora vai trabalhar os componentes curriculares – Comunicação e Conjuntura contemporânea; Produção de Revista; Produção de Narrativas Digitais. Oferta especial – Laboratório Digital.

Professores de Jornalismo refletem sobre os desafios da profissão

bolsista da coordenação entrevistou docentes do curso sobre o futuro do jornalismo

professora Vivian: destacando o valor dos grupos de pesquisa na formação dos estudantes

O cenário da Comunicação Social passou por transformações ainda mais drásticas nos últimos anos, embora mudanças sempre existiram na forma de se fazer jornalismo e todas as maneiras de se produzir comunicação. Com o crescimento das plataformas digitais, surgiram novos desafios ainda maiores. Entre eles, o de enfrentar a desinformação, o radicalismo político nas redes sociais e o modo de usar a inteligência artificial em favor da qualidade na profissão. Neste novo “ecossistema midiático”, em que todos podem ser consumidores e produtores de informação, questiona-se: o que diferencia um jornalista profissional e o torna relevante?

A capacidade de mediação, fator que torna um profissional da área de comunicação relevante, vem sendo relativizada. Antes das redes sociais ocuparem espaços, era muito mais fácil para um jornalista assumir este trabalho de mediador da informação. Atualmente, porém, os profissionais precisam se reinventar e buscar formas de conciliar a mediação profissional dos jornalistas com os conteúdos produzidos nos ambientes digitais.  No contexto do crescimento das redes sociais se observa também, a chegada das fake news. Este novo aspecto gera acontecimentos preocupantes que o jornalista deve enfrentar. Para manter-se relevante e necessário nas próximas décadas, os jornalistas devem reforçar a responsabilidade ética e aperfeiçoar as funções técnicas aprendidas nas universidades.

De acordo com a professora Roberta Roos Thier, outro fator relevante que diferencia os profissionais da informação quando comparados ao cidadão comum que produz informação é a habilidade de poder trabalhar em diversas áreas. Gerenciar uma equipe e entregar um trabalho de qualidade exige do jornalista mais do que conhecimentos básicos; requer uma visão ampla e integrada da profissão. Essa abordagem permite destacar-se no campo, mesmo em um cenário cada vez mais transformado pela tecnologia e pela inteligência artificial, explica ela.

O passado como forma de aprendizado

As transformações no Jornalismo são rápidas e visíveis, tornando-se cada vez mais frequentes. Estamos em uma era na qual a tecnologia ocupa um espaço crescente nas redações e nos estúdios de televisão e rádio. O professor do curso de Jornalismo, Eduardo Silva, relembra com precisão o ano de 2010, quando se formou em jornalismo pela Unipampa, como era o fazer jornalístico naquela época. Ainda era um período no qual o Twitter, atual X, era usado como uma rede nova dentro do jornalismo. Fator esse que permitia poucas interferências entre o fazer jornalístico dentro desta rede. Tudo ainda era superficial, novo, um lugar que recém estava começando a ser explorado, utilizado mais por figuras públicas para buscar fazer declarações através da rede. professor Eduardo ainda destaca que “hoje, os meios de comunicação tradicionais estão nas redes sociais, como Facebook, Instagram, TikTok e YouTube. Parte do jornalismo que eu aprendi na universidade mudou radicalmente. A forma de fazer jornalismo no digital ainda está em discussão”.

A docente Vivian de Carvalho Belochio também compreende que no seu tempo de estudante, muitas coisas dentro da área da comunicação ainda eram novas e pouco exploradas. Como pesquisadora, ela destaca a grande dificuldade que teve em compreender, durante a faculdade, as convergências jornalísticas que já aconteciam naquele tempo. E como dica e conselho aos atuais estudantes, ela ressalta a importância de participar de grupos de pesquisa: “Eu acho essencial que o estudante ele tenha consciência, e ele só vai consumir cada vez mais produtos jornalísticos atuais, e ele vai precisar buscar conhecimento sobre as coisas que estão acontecendo no momento, e para isso ele vai precisar buscar esse conhecimento às vezes em fontes externas, ele vai precisar buscar um grupo de pesquisa para tentar responder os seus questionamentos. Porque às vezes as disciplinas correntes que estão no PPC atual do curso elas não conseguem dar conta das mudanças mercadológicas e tecnológicas”, ressalta a docente.

E é nesta lógica de aprendizados passados que a professora Roberta Roos ainda destaca a grande importância de sempre se questionar sobre o futuro da profissão, principalmente dentro da academia, pois de acordo com ela, é dentro da Universidade que devemos refletir sobre questões futuras e sobre novos eixos dentro de uma profissão, principalmente, em relação ao Jornalismo. “Eu estou sempre pensando em relação a isso, como é que esse futuro profissional ele pode ser melhor preparado na academia para dar conta de tudo isso que está aí fora, um mundo completamente atropelado por esse avanço da tecnologia” destaca a professora.

Além dos aspectos futuros, existem também as dificuldades que futuros jovens profissionais enfrentam nos dias atuais. Em uma recente análise feita pela Microsoft e o Linkedin, observou-se que houve um aumento expressivo em relação ao interesse por cursos e qualificações envolvendo a IA. Mas o detalhe mais significativo, é que não são apenas profissionais de uma única faixa etária, mas sim, de diferentes idades.  O que se imaginava no surgimento da IA era que as gerações atuais dominariam com muito mais eficácia estas novas tecnologias, mas um fator muito predominante dentro destas atuais gerações é a questão do imediatismo. Aspecto muito mais ligado à questão da pressa e de poucos hábitos de estudo e leitura. Uma geração que cresce conectada ao imediato, ao rápido e prático. E são esses fatores que podem prejudicar um futuro profissional em relação ao destaque dentro de uma empresa, explicam as professoras.

O jornalismo como profissão do futuro

A comunicação, no nosso momento atual, vive em um universo infinito de possibilidades. Isso oferece ao jornalista múltiplas habilidades e novas funções dentro de uma sociedade midiatizada. O profissional do futuro em relação às técnicas deverá ser habilidoso e ter domínio das tecnologias, pois agora tudo entra em jogo dentro da profissão jornalística: escrita, fotografia, vídeo e edição. Em relação ao conhecimento, o jornalista cumpre com as suas atribuições em relação à sociedade através da mediação, mostrando e demonstrando a sua capacidade intelectual e a sua diferenciação em comparação aos demais.

Além disso, o professor Miro Bacin ressalta um fator crucial para alcançar relevância na sociedade: a ética profissional. Ele enfatiza que esse aspecto começa a ser desenvolvido ainda na Universidade, especialmente em disciplinas de Legislação e Ética Jornalística. Para o futuro, ser jornalista exigirá uma combinação de profundos aspectos intelectuais e culturais. Nesse contexto, Bacin reforça a importância da humanização do fazer jornalístico. Ele explica: “Existe uma dinâmica que eu acho muito interessante, que é tirar da invisibilidade aqueles que hoje são invisíveis. É isso que buscamos em nosso projeto de pesquisa, desenvolvido por mim e pela professora Adriana Duval. Um exemplo são as Crônicas da Cidade, publicadas na Folha de São Borja. Com quase mil crônicas, mapeamos a cidade e presenteamos a comunidade ao revelar personagens que até então eram desconhecidos”, comenta o professor.

Como sustentar modelos novos ou atuais de financiamento em relação ao jornalismo ético e de qualidade?

Para a docente Eloisa Klein, um financiamento que já faz parte do meio jornalístico é o chamado financiamento coletivo (crowdfunding). Isso refere-se a pequenas quantias de dinheiro pagas por usuários que permitem realizar manutenção de sites ou até mesmo de sistemas, e mantê-los ativo. Como exemplo, podemos citar o caso da Zero Hora que, a partir da cobrança no valor de um real por usuários, permitirá acesso ao conteúdo jornalístico de qualidade.

“São estratégias que estão sendo implementadas e que têm tido algum sucesso, uma vez que a monetização do conteúdo informativo em mídias sociais é muito pequena em comparação ao conteúdo de entretenimento, então essas são estratégias que são buscadas para tentar romper com esses problemas” destaca a docente.

Além de todos esses aspectos e dos inúmeros desafios que ainda podem surgir com o passar dos anos, há um elemento essencial que deve ser permanente na prática jornalística: a ética profissional e o compromisso com os fatos. Como já destacado pelo professor Miro Bacin, a ética não é apenas um requisito técnico, mas um alicerce que sustenta a credibilidade da profissão. Em um cenário cada vez mais marcado por desinformação e pressão por rapidez, o cuidado com a apuração e a responsabilidade na divulgação das informações se tornam indispensáveis para fortalecer o papel do jornalismo como pilar da democracia e voz da sociedade.

Para a professora Eloisa Klein, essa responsabilidade é o que define a essência do jornalismo: “Tecnologias entram, tecnologias saem, mas o zelo com a sociedade, com a coisa pública, o respeito pela sociedade, pela discussão pública é o principal e sempre vai ser do jornalismo. Sem isso não é jornalismo”. O professor Eduardo Silva, complementa: “O jornalista é um profissional da informação. E isso tem que ser reafirmado, essa principal capacidade que é fazer essa curadoria das informações”.

Texto e fotos: Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do curso.

 

Grupo de Pesquisa fará 15 anos

Registrado no CNPq, grupo “Diálogos do Pampa” reúne pesquisadores e estudantes de iniciação científica para debates a cada semana

O Grupo de Pesquisa Diálogos do Pampa vai completar 15 anos no começo de 2025,  celebrando um trabalho ininterrupto desde 2010.  Registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e registrado também na Unipampa, o grupo de pesquisa reúne pesquisadores de diferentes campi da Unipampa e de fora da instituição, principalmente da Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com participações, na forma de palestras e debates, por colaboradores convidados de todo o país, inclusive, eventualmente, do exterior.

Os encontros do GP eram presenciais até a pandemia da Covid-2019. Depois, se tornaram virtuais. Agora acontecem de forma remota nas quartas-feiras às 19h30min, pela possibilidade do envolvimento de docentes pesquisadores de diferentes parte do Brasil e do mundo, assim como, para permitir que ex-alunos e estudantes orientandos de graduação, mestrado e doutorado possam participar de forma permanente ou não, em sua formação continuada.

Tanto membros registrados quanto quem não é membro oficial do grupo, ou apenas visitante, pode prestigiar as falas e debates, interagir ou não, com ou sem câmera ligada, em alguns encontros. As reuniões acontecem a cada semana e ao longo do ano. Em março de 2025, o grupo fará o registro de novos integrantes na Plataforma do CNPq e conforme disponibilidade dos interessados e suas participações em 2024.

A partir desse ano, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) poderão ser feitos no Curso de Jornalismo da Unipampa no formato de artigos acadêmicos. Mas para isso, é exigido que os formandos interessados nessa modalidade tenham participado formalmente e por um ano, pelo menos, de um grupo de pesquisa, com acompanhamento de um(a) orientador(a). Egressos da Unipampa e que integravam o grupo em formações distintas, anos atrás, deram prosseguimento aos seus estudos após a faculdade, vários deles aprovados em programas acadêmicos de mestrado e doutorado em diversas universidades federais e, até mesmo, fora do país. Nas discussões de temas interdisciplinares, se aprende sobre teorias, métodos de pesquisa, correntes do pensamento e sobre processos de construção de projetos, entre outras questões sempre envolvendo a produção acadêmica e científica.

Diferentes grupos de pesquisa no curso estão registrados oficialmente e são coordenados por professores do Curso de Jornalismo.  Converse com seus professores e participe dessas oportunidades de formação.

 

Alunos do curso apresentaram trabalhos no 16º Siepe

Esta foi a primeira vez que o Campus São Borja sediou o evento e professores e estudantes atuaram também como avaliadores ou monitores

Durante os três dias do 16° Salão de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) alunos do curso de Jornalismo de diferentes semestres aproveitaram a oportunidade de realizar apresentações de seus estudos em exposições orais e posters. O evento aconteceu de 22 a 24 deste mês e teve a participação de cerca de 2.300 credenciados. Este ano, foram 1.346 trabalhos aprovados para apresentação.

A seleção de trabalhos é feita a partir de algumas etapas. Inicialmente, as propostas inscritas são submetidas na forma de resumos, passando assim por um crivo pelo comitê científico, e se atendem a exigências, que envolvem muito mais que a parte de formatação,  o trabalho é então aprovado e pode ser exposto à comunidade. Durante as apresentações dos mesmos, avaliam-se a relevância do tema, o domínio, o impacto social, a contribuição do discente em relação ao trabalho e à área de pesquisa ou campo de investigação, a relevância científica, a organização, e até a desenvoltura de quem está apresentando. Critérios estes que são observados pelas pessoas que assumiram a função de avaliadores, docentes da instituição.

A cada nova edição do Siepe, o evento evidencia melhorias nos trabalhos e nas dinâmicas de sua própria organização. Os melhores trabalhos são premiados. (Confira no portal da Unipampa, a relação dos vencedores deste ano):

https://unipampa.edu.br/saoborja/cerimonia-encerra-16o-siepe-com-premiacao-de-trabalhos

Pensando nos modelos de submissão, foi permitido que as indicações de prêmios fossem feitas pelo próprio orientador do trabalho. Já em relação à organização do tempo, cada discente teve à disposição vinte minutos, tanto para apresentações orais, quanto para a apresentação de pôster. Com a possibilidade de oferecer muitas salas, o Campus São Borja possibilitou a toda comunidade acadêmica sessões menores, permitindo que as apresentações ficassem mais fluidas e que tanto os ouvintes quanto os apresentadores desfrutassem de apresentações mais tranquilas e harmônicas, o que nem sempre é possível em eventos com espaços diferentes.

O professor Flávio Bruno, da Comissão Científica deste Siepe conta sua experiência durante os três dias intensos no Campus: “É um mix de sensações, é um desafio grande, mas eu tinha a total confiança de que o Campus de São Borja poderia recepcionar um evento na envergadura do Siepe”, diz ele. “É uma realização muito grande sediar um evento como este em São Borja”, conclui.

Tanto a comunidade acadêmica, com seus servidores, técnicos terceirizados, docentes, discentes como a comunidade local, fizeram parte de uma grande acolhida para tornar esses três dias possíveis.

Professores e alunos de Relações Públicas forneceram todo o suporte para o credenciamento. Toda a área da comunicação, como Jornalismo e Publicidade e Propaganda, auxiliaram para levar todas as informações ao público, fornecendo a cobertura completa do evento, que também teve a ajuda de todo o pessoal do curso de Direito, participando das monitorias e apresentando seus trabalhos.

Alguns trabalhos de alunos do Jornalismo

As alunas Alexya Teixeira e Pauline Gonçalves, que estão cursando o segundo semestre do curso de Jornalismo, aproveitaram a oportunidade para se inscrever nesta 16° edição e realizar a apresentação em conjunto de um pôster que levava o título “A negligência no diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares em jogadores de futebol”.

A ideia foi a de trazer este tema como pôster depois do impacto das notícias sobre a morte do jogador Juan Izquierdo, que sofreu uma parada cardíaca no meio do campo, durante uma partida de futebol. A partir de uma análise realizada, foi possível observar como a mídia trata este tipo de situação que acontece com alguns jogadores de futebol. O foco do trabalho das alunas foi buscar observar como o jornalismo toma o enfoque destes problemas. Para elas, a experiência de vivenciar o primeiro Siepe foi enriquecedor.

“A gente está tendo contato com o pessoal de outros campus e essa integração faz toda a diferença pra gente poder compreender melhor e ter mais experiência em seminários e apresentações de trabalhos. Com certeza vai ser algo enriquecedor para a nossa carreira” destaca a estudante Pauline.

A aluna Gabriela Antunes, que está no quarto semestre do curso de Jornalismo, também levou seu trabalho para apresentação em pôster. O tema escolhido foi “A dicotomia na abordagem midiática do futebol feminino e masculino no globo esporte”, em que ela buscou analisar a diferença na abordagem dada ao futebol feminino em comparação ao futebol masculino no telejornalismo. Gabriela também participou do evento pela primeira vez e destacou a sensação de poder estar vivenciando este momento: “Está sendo muito legal, é bem diferente do que eu imaginava, os avaliadores são bem queridos. O público que vem também é muito legal, todo mundo se ajuda, todo mundo presta atenção na apresentação do outro”.

Matheus Henrique Ribeiro, também aluno do curso de Jornalismo e cursando o quarto semestre, conta que sua primeira participação no Siepe foi para trazer como tema de pôster a “Linguagem comunicacional das batalhas: Um estudo sobre a comunicação nas batalhas de Joinville-SC”. Trazer este tema para o Siepe foi por conta de estar cursando a área da Comunicação, além de gostar muito das batalhas de rima, um movimento cultural e periférico. O objetivo deste trabalho foi o de buscar entender como funciona a comunicação dentro de uma batalha de rima e de slam, com o objetivo de trazer isso para a área acadêmica e poder trabalhar essa liberdade de expressão no Campus. Foram a partir de análises, pesquisas e entrevistas que se formou todo seu trabalho. Mateus participa do grupo PET História da África, no qual era necessário trazer um projeto, e um deles foi a questão do PET cultura, que busca fazer coisas voltadas para a cultura black dentro da Universidade. Ele conta que foi a partir deste aspecto que surgiu uma das vertentes que é as batalhas de rima, com o objetivo de expandir este assunto cada vez mais dentro da Unipampa.

Matheus Henrique também é estreante nesta 16° edição do evento. Para ele, fazer parte do Siepe foi um misto de nervosismo e ansiedade: “Nervosismo por apresentar e também por sediar este evento. A ansiedade por conta da apresentação do trabalho e por reencontrar pessoas que eu já conhecia de outros campus e por ter também a possibilidade de fazer novas amizades, conhecer outras culturas, outros gostos, conhecer outros trabalhos que são totalmente fora da área de comunicação”.

A contribuição deste evento em relação a sua futura profissão como Jornalista é algo que permitiu ao aluno expandir suas vertentes dentro desta área. E uma delas é poder trabalhar com a questão racial dentro do Jornalismo, um tema, segundo ele, pouco falado dentro da área da comunicação. Além de ser um tema que vai agregar fortemente sua visão profissional e principalmente, pessoal.

Já a aluna Ana Carolina Conceição realizou no último dia do evento (24), a apresentação oral do tema “O futebol como estratégia política para legitimar regimes autoritários em países da América Latina”. Tema que surgiu no semestre passado, no componente de Introdução ao Pensamento Científico, onde era necessário produzir um projeto inicial de pesquisa. E a grande paixão pelo futebol fez com que este tema viesse à tona. “Eu sempre tive muito a ideia antes mesmo de entrar na faculdade, de fazer algum projeto, alguma pesquisa, sobre o uso do futebol pela ditadura, porque foi um tema que sempre me intrigou muito, eu sempre via na televisão, assisti até um documentário que falava muito sobre essa questão do futebol sendo utilizado como uma arma ideológica, como uma arma de legitimação. E isso me chamou muito atenção, e foi por isso que eu realmente quis escolher este tema para trazer no Siepe”, ela conta.

Para Ana Carolina, participar do Siepe foi “algo muito legal”. Além de apresentar este tema, ela também participou de um trabalho como co-autora de uma revista realizada também em um componente curricular do curso. O Siepe, de acordo com a discente, pode contribuir muito para o seu desenvolvimento como futura jornalista: “É uma forma de eu me abrir com as outras pessoas, com a comunidade acadêmica, de modo geral”. A partir da sua apresentação oral, ela pode desenvolver sua apresentação para outras pessoas, além de poder falar de um tema que tenha conhecimento e que é a futura profissão de sua vida, o jornalismo esportivo.

Outros estudantes do curso também apresentaram, alguns atuaram até como monitores nas salas de apresentação e docentes do curso colaboraram como avaliadores dos trabalhos, em posteres ou apresentações programadas.

Os orientadores dos trabalhos dos alunos entrevistados :

  • de Ana Carolina Conceição: Professora Alciane Nolibos Baccin
  • de Gabriela Antunes: Professor Eduardo Vieira
  • de Alexya Teixeira e Pauline Golçalves:  Professor Miro Bacin
  • de Matheus Henrique Ribeiro: Professor Edson  Paniagua

Texto: Amanda Ferreira, bolsista da Coordenação

Fotos; Amanda Ferreira e Jonatan Mancias Soares

Da teoria à prática: As experiências das aulas laboratoriais no curso de Jornalismo

Professores e estudantes relatam suas percepções e divulgam amostras do que fazem

No curso de Jornalismo da Unipampa, a partir do quarto semestre, os alunos começam a exercitar aulas laboratoriais,  deixando de focar exclusivamente no estudo das teorias dos semestres iniciais e começando a vivenciar as aulas práticas.  O ensino, por exemplo de Produção Audiovisual Jornalística I, disciplina que marca o início das práticas em telejornalismo, favorece a aprendizagem na perspectiva do telejornalismo em sua origem, como também no acompanhamento tecnológico que vem se obtendo com o passar do tempo.

É neste espaço que os alunos têm a oportunidade de colocar em prática essas constantes mudanças e transformações discutidas em sala de aula, integrando o aprendizado teórico às experiências reais de produção audiovisual. A professora Roberta Roos Thier, que ministra os componentes de Tele I e Tele II, considera que as dificuldades que estão presentes neste desafio, são dificuldades que acontecem tanto para quem é aluno, quanto para quem entra no mercado de trabalho. E são nestas aulas que ela observa a funcionalidade dos discentes.  O seu objetivo em aulas laboratoriais é observar se tudo que foi dado em aulas expositivas irá fazer sentido em uma aula prática.

“A aula de pauta”, diz ela, “tem coisa mais simples do que uma lauda de pauta? Ahhh… como é que eu produzo a pauta? Ahhh… a pauta é pra isso, pra ver o tema, pra ver as fontes, pra ver o endereço, pra ver o telefone e colocar as informações. Mas, na hora que nós formos exercitar surge um monte de dúvida. Onde é que eu coloco, como é que é, o que a gente faz, então é justamente isso: Uma coisa é ver na teoria e outra coisa é praticar, por mais simples que seja.” ressalta a docente.

Há cerca de 11 anos, durante sua trajetória como professora de audiovisual, surgiu a necessidade de criar o Pampa News, com o intuito de ser um laboratório de prática experimental para alunos exercitarem a produção audiovisual.  O objetivo principal do Pampa News é o de dar aporte a experiências práticas, servindo como um trampolim para o mercado de trabalho.

Durante os componentes práticos, os docentes avaliam o que os alunos produzem e levam em conta vários aspectos sobre as novas turmas, principalmente, o número de alunos, o perfil de cada um e a forma como poderão ser desenvolvidas as atividades. E como o tempo acaba se tornando curto, na maioria das vezes, não se consegue explorar significativamente a forma individualizada de cada discente. Foi para isso, segundo a professora Roberta, que o Pampa News surgiu, servindo de apoio e exercício focado nas práticas.

Todo o aluno que sente essa necessidade de experimentar e exercitar algo novo tem total perfil para fazer parte da equipe. O querer, de acordo com a professora Roberta, é o perfil adequado para realizar trabalhos laboratoriais como aulas em estúdios. Essas aulas laboratoriais são decisivas em relação a muitos aspectos da vida do aluno no curso de Jornalismo. A aluna Kendra Caroline Chaves D’avila, por exemplo, destaca a importância de poder estar praticando aulas laboratoriais: “Às vezes, no começo, geralmente, a gente não consegue fazer perfeitamente as coisas, mas, depois a gente vai pegando a prática, e aí a gente consegue desenvolver um método próprio da gente de fazer uma reportagem, de coletar um dado, confirmar uma informação. Eu acho que é válido pra gente isso, pra gente fazer os nossos próprios métodos para entrar no mercado de trabalho bem estruturado”, avalia, levando em conta sua experiência.

Além de toda a sua importância dentro da vida acadêmica, as aulas laboratoriais também  geram desafios na vida de cada discente. E além de ouvir e buscar tomar notas das explicações dos professores, os estudantes também devem ter o perfil de querer exercitar todos esses fundamentos. O aluno Matheus Henrique Ribeiro destaca que: “O aluno sair da zona de conforto, sair ali da teórica, da sala de aula, onde a gente vai aprendendo como faz, e chegar no laboratório e botar em prática tudo que aprendeu na sala de aula. O perfil do aluno é aquele estudante que quer saber mais, não só aquilo que aprende, mas também chegar em casa e estudar, e pesquisar, e sair procurando, e vendo vídeo de como faz tal coisa, pegar no seu próprio celular e fazer na área de campo, na rua.”

Além do Pampa News, outro importante espaço de prática jornalística para os alunos da Unipampa é a Agência Experimental de Jornalismo, a I4. Criada em 2013, tem por objetivo realizar a produção de conteúdos jornalísticos diferenciados, possibilitando a experimentação, inovação e interação com o público a partir de variados sistemas de produção. É na I4 que os discentes conseguem simular várias situações reais de coberturas jornalísticas. Um exemplo mais recente foi a cobertura das eleições municipais em São Borja. Durante este período, toda a equipe da I4 participou diretamente dos debates, e após a finalização, puderam conversar com os candidatos. Praticando e simulando, principalmente, a pressão do tempo em relação a uma redação.

Durante todo este percurso, as dificuldades são comuns para os estudantes. E assim como no Pampa News, na I4 não é diferente. Os alunos do curso de Jornalismo costumam ter uma carga horária extensa de componentes e por serem projetos extracurriculares, tanto a I4 quanto o Pampa News exigem ainda mais dedicação, ocupando um grande espaço no tempo de apuração e produção de notícias e conteúdos.

Além do tempo considerado um fator comum de dificuldades durante estes ensinos laboratoriais, outro desafio frequente nas aulas práticas é o de conquistar a credibilidade, algo que é inerente à profissão. Mesmo em uma agência de notícias como a I4, os voluntários frequentemente, enfrentam dificuldades ao tentar obter a confiança dos entrevistados.

A docente Alciane Nolibos Baccin, co-coordenadora da I4, ressalta a importância de equilibrar a teoria e a prática: “Tem que andar junto a teoria e a prática. Eu acho que praticar, fazer jornalismo a partir das técnicas é muito simples, agora tu ter uma reflexão profunda de como tu tá fazendo esse jornalismo, só quem já passou pela faculdade tem essa reflexão.”

Ela também enfatiza a necessidade de produzir um jornalismo de qualidade, onde a agilidade e a precisão caminhem juntas, exigindo um alto nível de dedicação dos participantes da Agência Experimental de Jornalismo.

A discente Elis Regina Rodrigues Madeira, voluntária da I4 aponta considerações valiosas sobre conseguir ligar as teorias com as práticas durante aulas e projetos laboratoriais. “Na faculdade, nós tivemos, redação I, II e III, dadas pelo professor Leandro e pela professora Alciane. Então, pelo que nós estudamos em redação, como escrever uma notícia, como escrever uma reportagem, como elaborar os títulos das matérias, isso a gente usa muito pra questão das produções das matérias para a I4. Então, sim, a teoria é ligada muito com a prática.” ressalta a discente.

As aulas laboratoriais oferecem uma prática de como é estar trabalhando com o jornalismo no dia a dia, tanto em uma redação quanto em um estúdio. A aluna Ana Carolina de Moura Conceição considera as aulas laboratoriais experiências mais próximas do núcleo do jornalismo e ainda destaca: “Eu me sinto muito bem fazendo essas aulas, porque eu acho muito legal. Eu adoro participar destas aulas porque nos semestres passados a gente não estava tendo muitas aulas práticas, e essas aulas práticas elas são uma forma de me imaginar daqui uns anos formada, me imaginar realmente trabalhando com o jornalismo depois que eu me formar.”

Todo aluno que busca cursar Jornalismo sempre almeja aulas práticas, mas é sempre importante destacar a importância de todas as teorias nos semestres iniciais. São elas que vão abrir portas para futuras práticas e compreensão de conceitos futuros. No curso de Jornalismo da Unipampa, oferece-se aos estudantes não apenas uma visão prática do trabalho jornalístico, mas também o preparo essencial para enfrentar os futuros desafios do mercado. A teoria e a prática, como destacam estudantes e professores, é o que realmente forma jornalistas reflexivos e capacitados para o futuro mercado de trabalho.

Links de alguns trabalhos disponíveis na íntegra em relação a alguns trabalhos realizados pelos discentes e voluntários da I4 e do Pampa News.

https://youtu.be/BdM0brg5qew?si=_RJj_0B2YumgfDr-

https://youtu.be/2NnkhFRnAO0?si=-GicicEw2OtySMpA

https://sites.google.com/view/i4plataformadenotcias/jornalismo/reportagem-i4?authuser=0

Texto: Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do Curso.

Crédito das Fotos: Jonatan Mancias Soares

Diretório acadêmico fala sobre sua gestão

Bolsista da Coordenação do Curso realizou entrevista com a chapa atual 

O Diretório Acadêmico de Jornalismo (DAJOR), está com uma nova gestão, trazendo novidades e divulgando seus objetivos. Atualmente, a nova coordenação é formada pelo presidente Matheus Henrique Ribeiro, pela vice-presidente Pauline Gonçalves, o tesoureiro Francisco dos Santos, a coordenadora acadêmica Elis Regina Madeira e a diretora de comunicação, Pâmela Anschau.  O objetivo principal do DAJOR, segundo seu presidente, é a luta pelos direitos e deveres dos estudantes na Universidade, além da busca de representatividade junto aos discentes.

Alguns projetos e iniciativas já tiveram “grande repercussão dentro desta gestão”, na avaliação que eles fazem do trabalho realizado. Um exemplo que citam é o das doações, no mês de maio, feitas em relação às enchentes que assolaram todo o estado do Rio Grande do Sul, inclusive, o município de São Borja. Foi neste período, explicam eles, que o Diretório Acadêmico mostrou a sua força. Através da mobilização dos estudantes do curso de Jornalismo, juntamente com a Atlética Raposas do Pampa e com os cursos de Publicidade e Propaganda e Direito, criaram-se iniciativas como a de arrecadação de donativos para as famílias ribeirinhas que estavam passando por aquele momento difícil.

A ação contou, segundo Matheus Ribeiro, “com a participação de 60 voluntários, sendo eles, alunos e também demais membros da comunidade acadêmica, amigos e pessoas dispostas a fazer o bem”.  Ele explica que “o valor total arrecadado foi de aproximadamente R$ 5 mil reais, dinheiro esse que foi direcionado para compras de mantimentos, produtos de higiene e limpeza, cobertores, etc”.

Segundo o presidente do DAJOR, aquela foi uma primeira missão do diretório e que começou com pouca mobilização, mas, que no decorrer dos dias, “tomou grandes proporções e possibilitou uma ajuda importante na vida de cada família atingida”.

“Atender demandas dos estudantes e buscar um meio ambiente acadêmico tranquilo” é algo que os atuais gestores “buscam fortemente”, segundo eles. É através de conversas recorrentes com os alunos do Curso, explicam eles, que assuntos como atividades externas, questões com os professores e tudo que envolva o meio acadêmico é tratado pelo DAJOR, sendo de total importância para os estudantes.

O Diretório Acadêmico conta também com o forte apoio da gestão do Campus e os contatos são estabelecidos através de frequentes mensagens em grupo de WhatsApp com o Diretor, Valmor Rhoden.  Este é um meio de comunicação onde são repassadas questões pertinentes que envolvem os discentes do curso de Jornalismo, explicam eles. O grupo de WhatsApp, chamado “Discentes de Jornalismo”,  favorece a troca de informação e atende a todas as questões acadêmicas que são de extrema importância para os alunos do Curso.

link do grupo: https://chat.whatsapp.com/FqHENXTQzbbBg21e5mG73A

O DAJOR tem “um papel fundamental dentro da vida de cada discente do curso de Jornalismo”, expressam os integrantes da chapa atual.  Nas palavras do atual presidente do Diretório Acadêmico (DAJOR), Matheus Henrique Ribeiro, que durante a antiga gestão, também já atuava  como Coordenador de Assuntos Gerais, foi a partir dessa sua atuação que ele foi convidado a assumir como presidente do Diretório.

“Uma das maiores satisfações é poder entender como funciona o curso de Jornalismo, não só com uma visão de discente, apenas, mas representar os discentes na direção, representar os discentes na coordenação, com os professores também, poder tá criando grupos, criando eventos que estão por vir, trazer palestras, enfim, e é bem gratificante.” ressalta Matheus Henrique.

As ideias e futuras novidades estão sempre sendo consideradas pela atual gestão. E é através das reuniões que ocorrem de 15 em 15 dias, durante as segundas-feiras, que são pensadas e elaboradas novas propostas e possíveis eventos. Durante todas as reuniões, a participação dos membros do DAJOR é muito significativa e todas as propostas e ideias ficam salvas em pastas no drive para possíveis discussões. É através dos encontros que são discutidas ideias de propostas e implementações, além de todas as questões que são debatidas com os alunos do curso durante o dia a dia.

Esse ano, a atual gestão do DAJOR vai buscar intensificar ainda mais a Semana Acadêmica do Curso de Jornalismo e também irá trazer palestras e assuntos que envolvam ainda mais o interesse dos alunos em relação ao Curso. A ideia, segundo eles, é ter o apoio dos docentes que são da comissão de eventos, Eloisa Klein, Adriana Duval e Miro Bacin. As propostas mais significativas tratam da integração dos calouros, a apresentação do curso de Jornalismo e a possibilidade de oferecer um meio acadêmico mais atrativo e integrador para os futuros calouros.

 

 

Curso recebe visitantes de projeto social

Crianças e adolescentes de Maçambará estiveram com alunos de Jornalismo

Crianças e adolescentes do projeto social Ponto de Partida, promovido pela Prefeitura de Maçambará, tiveram a oportunidade de conhecer a Unipampa Campus São Borja. A ideia surgiu a partir de uma conversa entre o educador social do projeto, Marcos Serres, e o professor do curso de Jornalismo, Eduardo Vieira da Silva. Os dois professores são amigos e se conhecem há alguns anos.

O passeio pelas dependências da universidade ocorreu na tarde de sexta-feira (13), e contou com a participação das crianças e adolescentes na aula do professor Eduardo da Silva, no componente de Produção Literária, no Curso de Jornalismo. A ideia foi incluir estes jovens numa agenda a São Borja e para que pudessem ter a experiência de participar de uma aula na instituição de ensino superior, e ter a oportunidade de conhecer o Campus São Borja.

Além disso, um dos principais momentos da visitação foi quando eles conheceram os laboratórios da Unipampa, especialmente o de TV. O Projeto Ponto de Partida é uma iniciativa da Prefeitura de Maçambará, por meio do Departamento de Assistência Social e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

O projeto faz parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que é um serviço essencial da Secretaria de Assistência Social e do CRAS. Existem também espaços para outros segmentos sociais como idosos e mulheres da área rural, mas a ideia do projeto Ponto de Partida é atender crianças e jovens, ajudando principalmente no desenvolvimento cidadão, no fortalecimento da autoestima, da autonomia e no combate ao trabalho infantil e adolescente.

No projeto atendem-se jovens de 12 a 18 anos com o objetivo principal de integrar estes adolescentes à sociedade. É neste projeto que ocorrem debates sobre Artes, Educação Financeira e sobre o Meio Ambiente.

O projeto está completando três meses de inauguração, mas mesmo sendo recente, já é perceptível a evolução de muitos jovens em relação à integração social, metas de vida e sonhos, segundo os próprios participantes.

A ideia do nome “Ponto de Partida” tem como significado, conforme o projeto, o desenvolvimento de uma vida cidadã, participativa e independente, pensando nos efeitos a longo prazo, preocupando-se em como isso irá impactar na vida dos participantes.

Conforme destaca o educador social Marcos Serres: “Lugar de adolescentes e crianças, não é trabalhando, mas sim, estudando, se divertindo, sendo integrados na sociedade, criando vínculos, convivendo, se fortalecendo e se empoderando”.

Integrante do projeto, Helena Garcez, 18 anos, ressalta o quão significativo é poder visitar a Unipampa Campus São Borja: “Eu acho que eu fui a pessoa que mais ficou empolgada quando disseram que a gente ia vir aqui pra Unipampa, porque eu queria muito conhecer uma universidade, um lugar de curso, eu queria muito. Eu estou adorando aqui, estou achando aqui muito simpático, as pessoas daqui também.”

O professor Eduardo Vieira da Silva destaca a relevância da iniciativa de apresentar a instituição para estas crianças e adolescentes: “É importante que eles tenham acesso. O objetivo foi esse: garantir que eles conhecessem a Unipampa para depois poderem escolher se querem estudar aqui. Mas, acima de tudo, agora eles sabem que existe perto deles uma universidade com essa qualidade”, salienta o docente, que atua como professor substituto em Jornalismo e Relações Públicas no campus local.

A aluna Heloisa Teixeira Domingues, do segundo semestre de Jornalismo, que faz  o componente curricular de Produção Literária, participou desta aula compartilhada. Durante o intervalo da aula, ela estava tendo uma bate-papo com uma das integrantes do projeto, e foi neste momento de trocas que ela pode passar algumas informações pertinentes e esclarecer algumas dúvidas que pairavam durante o diálogo. Questões sobre como ingressar na Unipampa, moradia e os cursos que cada Campus oferece, foram alguns dos assuntos abordados na conversa entre as duas.

Heloisa considera valioso o processo de participação de outras comunidades para conhecerem a Unipampa e durante uma conversa com os seus colegas de curso, considerou ainda mais válido levar informações sobre a Universidade para municípios vizinhos, com o propósito de oferecer ainda mais conhecimentos sobre a Unipampa e esclarecer dúvidas sobre a instituição.

Ela ainda destaca: “Eu gostei muito da participação de todos na aula, eu senti que aquilo ali foi uma pequena amostra que acaba incentivando as pessoas a quererem participar daquele ambiente. Principalmente porque é uma aula bem didática com o professor Eduardo, então eu acredito que eles tenham conseguido compreender bem o que a gente estava fazendo ali, o foco da gente e dos cursos. Mas ainda sinto que a gente tem um déficit de divulgação do que a Universidade Federal faz.” ressalta a aluna da Unipampa.

Texto e fotos; Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do Curso.