Por natureza julgamos aquilo que menos nos parece atraente e agradável, mas pela mesma natureza, implantada por questões socioculturais, somos beneficiados por leis que nos inserem na sociedade e nos “garante” leis básicas como saúde, educação e moradia, o que temos ciência de que não é apenas mais uma teoria engolida pelo nosso capitalismo globalizado e acirrado que excluem quem não consome dele, as fotografias que compõe este projeto de exposição, foram capturadas em duas grandes metrópoles brasileiras, o centro de São Paulo (Praça da Sé) e Porto Alegre (Praça da Alfandega e arredores) onde o nível de desigualdade e pobreza nas ruas são perceptíveis, essas pessoas compartilham conosco aqui suas falas que são silenciadas em meio a rotina suburbana, os seus medos e anseios, algumas histórias de vida que contam das perdas aos golpes de “trabalho”, e muitos outros motivos, são representadas nesta instalação junto ao tema, que tem como levantamento e objetivo a desconstrução da visão pejorativa de pessoas em situações de rua, destrinchar nossa visão sob esses corpos que habitam as ruas com casas feitas de madeira e papelão, na maioria das vezes sem nada, pelos espaços públicos, em um mundo moderno e digitalizado, “democrático”, onde os nossos próprios medos e questões sociais são administrados pela economia de estado, um assunto público com poucos estudos e divulgações, mas com diversas interpretações sociológicas e opiniões formadas sobre pessoas que por algum razão, acabaram nas as margens dos grandes centros das metrópoles brasileiras.
Sejam todos bem vindos,
Sejam todos seres humanos.
Essa exposição inicia dia 02/10/2018 às 19h30
Luciano Marques,
Discente de Produção e Política Cultural.
Fonte: https://www.facebook.com/gimunipampa/