Aula magna dos cursos de Ciência Política e Ciências Humanas da Unipampa com professor da UFSM

Os alunos dos cursos de Ciências Sociais – Ciência Política e Licenciatura em Ciências Humanas da UNIPAMPA, campus São Borja participaram nesta quarta, 20, da aula magna do semestre 2013-2 com o palestrante professor Doutor Reginaldo Teixeira Perez da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

A palestra teve como temática o “Poder e Movimentos Sociais: Teoria e Prática no Brasil Contemporâneo”. Perez deu ênfase aos regimes políticos, movimentos sociais e destacou sobre a importância do resgate da história e da política. Finalizou a palestra dizendo que: “jogar a política no lixo é jogar a história fora”, “não existe vida sem política”.

Além dos coordenadores dos cursos promotores, professores e alunos, o Prefeito de São Borja, Farelo Almeida e o vereador Eldomir Paulo Marchezan também prestigiaram o evento.

Os alunos do curso de Ciências Sociais – Ciência Política Gustavo Lopes e Juliana Macedo entregaram no final do evento ao prefeito e ao palestrante uma lembrança em nome dos promotores.

Texto: Daiane Gampert.

Professor Thiago Sampaio, da Unipampa, entrevistado pelo Diário do Nordeste /Fortaleza.

Famílias concentram poder político

O protagonismo dos clãs familiares na política reproduz uma lógica patriarcal e clientelista, apontam especialistas

No Ceará, não são poucas as famílias protagonistas dos núcleos de poder, “donas” de partidos e detentoras de expressivos redutos eleitorais em regiões do Estado. Em algumas situações, familiares optam por estar nas mesmas agremiações, como o governador Cid Gomes, que divide o PROS com os irmãos Ciro Gomes, secretário da Saúde do Ceará, e Ivo Gomes, secretário de Educação de Fortaleza. Durante muito tempo, o vice-governador Domingos Filho e a esposa, Patrícia Aguiar, que já foi prefeita de Tauá, estavam filiados ao PMDB, enquanto o filho do casal, Domingos Neto, titular da Secretaria Especial da Copa de Fortaleza e deputado federal licenciado, pertencia ao PSB. Hoje, pai e filho estão no mesmo partido, o PROS, mas Patrícia continua no PMDB. Conveniências O prefeito de Sobral, Veveu Arruda, integra o PT. A esposa, Izolda Cela, secretária da Educação do Ceará, filiou-se recentemente ao PROS do governador Cid Gomes. Apesar de estarem em partidos diferentes, o casal pertence ao mesmo grupo político, tendo em vista que o PT de Arruda é aliado ao Governo do Estado. Além disso, o núcleo do partido em Sobral, reduto da família Ferreira Gomes, sofre forte influência do governador cearense. O cientista político Rosendo Amorim, professor da Universidade de Fortaleza, explica que a acomodação das lideranças de uma mesma família nos partidos se dá conforme as conveniências do momento. “Eles se ajustam, vão para um partido porque é mais oportuno”, alega. Para Rosendo Amorim, a estrutura política atual, a despeito de ter passado por uma série de mudanças, reflete aspectos do tradicionalismo. “Mesmo com as mudanças da família contemporânea, existem muitos elementos da chamada família tradicional. As que estão na política têm esse viés. As pessoas vêm do Interior e trazem essa cultura paternalista, clientelista”, aponta. Na opinião do cientista político, as lideranças brasileiras fazem da política uma carreira, e não uma prestação de contas à sociedade. “O que se percebe é que, na política profissional, tem gente que entra e nunca mais sai e alça cargos sempre mais elevados. Às vezes, quando não conseguem se eleger porque o clã está passando por alguma crise, aquelas lideranças ocupam cargos de secretários, por exemplo. No Brasil, os cargos de confiança são usados como barganha”, diz. Emancipação feminina O papel da mulher no tripé “política, família e poder” merece atenção especial. Embaladas pelo discurso da emancipação feminina, muitas delas encararam os palanques. Entretanto, por trás dessa igualdade de gênero, foram camuflados interesses patriarcais: esposas e filhas de caciques políticos foram lançadas candidatas, mas sempre à sombra de uma figura masculina para legitimá-las ao eleitorado. Em Caucaia, o ex-deputado federal José Gerardo Arruda conseguiu emplacar candidatura pelo PMDB do filho Gera Arruda, suplente na Câmara Federal; da filha Lívia Arruda, que foi deputada estadual na legislatura passada, e da esposa, Inês Arruda, atualmente suplente na Assembleia Legislativa. Todos utilizam o sobrenome de José Gerardo.

Sobre a participação feminina na política, a professora Carla Michelle, da Faculdade Integrada do Ceará, reforça que a maioria das candidatas é eleita a partir do histórico político de um homem. “Do ponto de vista da participação feminina no Nordeste, se essa mulher não sai dos movimentos sociais, sai ou do pai ou do marido. Eles acabam administrando e ela fica mais como figura ilustrativa”, analisa. A especialista também opina que a renovação parlamentar que existe não representa mudança política. “Quando olha para as pessoas, ou são da mesma família consanguínea ou da mesma família política”. E acrescenta: “é uma renovação só de nomes, mas não de projetos. É uma transmissão de cargos”. O cientista político Thiago Sampaio, da Universidade Federal do Pampa, esclarece que, apesar de a legislação limitar práticas de nepotismo, os políticos usam estratégias para burlar a lei. Para o especialista, os caciques políticos apoiam candidaturas de familiares porque conseguem transferir votos aos apadrinhados. “Ainda se mantém na política a transferência de capital político aos parentes”, diz. Questionado sobre a flexibilidade das famílias nas agremiações, Thiago Sampaio relata que a falta de identidade das legendas torna secundária a filiação dos clãs políticos. Dessa forma, o eleitorado não fica atento às movimentações dessas lideranças no troca-troca de siglas. “Isso se deve muito à fragilidade da identificação partidária no país. Se houvesse uma identificação forte, o eleitor perceberia essa distorção que existe”, esclarece. Para exemplificar alguns políticos que têm familiares entre os aliados, o deputado José Guimarães é irmão de José Genuíno, deputado federal por São Paulo. Ambos são do PT. O senador Eunício Oliveira (PMDB) é tio do peemedebista Danniel Oliveira, que é deputado estadual. O ex-secretário da Fazenda Mauro Filho (PROS), que assume vaga na Assembleia, é filho do deputado Mauro Benevides (PMDB). O deputado Manoel Duca, filiado ao Solidariedade, é irmão do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB). Já o líder do Governo na Assembleia Legislativa, José Sarto, é irmão do vereador Elpídio Nogueira. Ambos saíram do PSB e se filiaram ao PROS.

LORENA ALVES

Semana Acadêmica do Curso de Ciências Sociais – Ciência Política

 

A primeira Semana Acadêmica do Curso de Ciências Sociais – Ciência Política foi realizada entre os dias 10 e 13 de setembro de 2013. O evento foi coroado pelo êxito dos trabalhos apresentados por alunos do curso sob a orientação dos professores, Thiago, Hamilton, Daniel, Davide, Augusto, Adriana, Lisianne, Muriel e Evandro sob a orientação geral da coordenadora do curso de Ciências Sociais – Ciência Política, professora Angela Quintanilha Gomes, com o apoio da direção do campus São Borja através do professor Ronaldo Colvero.

Os acadêmicos do curso de Ciência Política desenvolveram intenso trabalho de pesquisa de campo e bibliográfica, além de reunirem dados de instituto de pesquisa de opinião como Ibope e Datafolha, além de institutos oficiais como o IBGE, para tentarem desvendar a movimentação dos grupos sociais que estiveram se manifestando no mês de junho por todo o país cobrando mais empenho das instituições oficiais, principalmente do poder legislativo e executivo. O trabalho foi desenvolvido num sistema de análise qualitativa e quantitativa para alcançar as propostas do eixo temático do semestre em questão.

Com os dados obtidos foi possível delinear algumas ações dos movimentos, mas a conclusão geral é que dados estatísticos mostraram que há pouca ligação entre o desempenho do governo da presidente Dilma Roussef com as manifestações de descontentamento da população. As manifestações, segundo avaliação dos acadêmicos, envolveram grupos genéricos e grupos formalmente organizados, mas serviram para demonstrar a visibilidade política da população frente ao momento atual da democracia brasileira e a falta de credibilidade por que passam as instituições do país.

Os acadêmicos tiveram a oportunidade de aliar o trabalho de pesquisa envolvendo metodologias apropriadas da Ciência Política e o exercício serviu de base para futuras investidas dos cientistas políticos que a Unipampa pretende entregar ao mercado. A semana conseguiu estimular um trabalho que conjuga pesquisa e prática com excelente nível de discussão entre os discentes.

O encerramento da semana acadêmica foi uma palestra do promotor do Ministério Público de São Borja, Doutor Frederico Lang , com o tema PEC 37, uma das questões levantadas pela população brasileira durante as manifestações de junho de 2013. O evento contou o prestígio do coordenador do Curso de Ciências Humanas, Edson Paniágua e apoio dos acadêmicos do Curso de Relações Públicas.

 

Texto: Hamilton Lima Souza

Será realizada a I Semana Acadêmica do curso de Ciências Sociais – Ciência Política da UNIPAMPA campus São Borja, nos dias 10,11,12 e 13 de setembro.

 

O evento será na sala 2202, às 19 hs, e terá a seguinte programação:

10/09 – Apresentação do eixo temático do 1° e  do 3° semestre

11/09 – Apresentação do eixo temático do 7° semestre e  do e-book  “Novos Etnógrafos: experiências iniciais em pesquisa por estudantes da Universidade Federal do Pampa – Unipampa”.

12/09 – Apresentação do eixo temático  do  5° semestre.

13/09 – Palestra com o tema: PEC 37, com o Dr. Frederico Carlos Lang – 1° Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Criminal de São Borja.

A participação nas atividades da semana acadêmica valerá 20hs  de ACGs.

Lançamento do e-book

        Nesta terça- feira 20 de Agosto as 18:30, será realizado no hall da Unipampa o lançamento do e-book “Novos Etnógrafos:experiências iniciais em pesquisa por estudantes da Universidade Federal do Pampa – Unipampa”, que é uma coletânea de artigos elaborados pelos alunos das disciplinas de Antropologia I e II de 2011/2 (CSCP) e de Antropologia II 2012/1 (CSCP) e  Antropologia Social (SS) 2011/2. Todos os artigos estão baseados em pesquisas etnográficas incipientes realizadas ao longo do semestre. Foi organizado por Gislaine Moreira (aluna de CSCP), Cassio Tôndolo (aluno de SS) e pelo professor Dr. Daniel Etcheverry.

Primeira turma de CSCP realiza formatura

                 O curso de Ciências Sociais – Ciência Política da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), campus São Borja, comemorou com grande entusiasmo e emoção a formatura de sua Primeira turma. A cerimônia de abertura aconteceu no Clube Recreativo Samborjense e teve início às 17h do dia 13 de Julho.  A turma tem o nome do professor doutor Ronaldo Bernardino Colvero, ex-coordenador do curso.

                 A mesa de honra foi composta pela Reitora Úlrica Arns, a pró-reitora de graduação Elena Maria Billig Mello, a pró-reitora de extensão Vera Lúcia Cardoso Medeiros, a pró-reitora de assuntos estudantis e comunitários Simone Barros de Oliveira. A direção do campus, diretor, Ronaldo Bernardino Colvero, coordenadora acadêmica, Elisângela Maia Pessôa e o coordenador administrativo Luís André Padilha. A formatura ainda contou com a presença de autoridades políticas da cidade.

                 Com o número de 14 formandos, a primeira turma de Ciência Política escolheu como paraninfa a professora e coordenadora do curso Ângela Quintanilha Gomes, como patrono o professor Ronaldo Colvero, como professor homenageado o professor Domingos Sávio Campos Azevedo, como funcionário homenageado o porteiro Ronaldo Betim e ainda o servidor homenageado, o administrador e coordenador Luís André Antunes Padilha.

                  Durante a cerimônia, o aluno Daniel Pozzebom Stock fez o juramento e a aluna Paula Sant’ana e o aluno Márcio Ramos foram escolhidos como oradores para relembrar alguns momentos da história da primeira turma de Ciência Política.

Por Sheila Miranda

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Mapa dos cursos de Ciência Política no Brasil

     A Associação Brasileira de Ciência Política – ABCP – divulgou nesta última quinta (06/06/2013), um mapa dos cursos de Ciência Política ofertados em universidades públicas e privadas em todo o Brasil. Foram mapeados seis cursos em universidades públicas, entre eles o da Unipampa, e seis cursos, em universidades privadas. Aqui no Estado do Rio Grande do Sul, temos somente a Unipampa como instituição pública que oferta este curso, pois a UNIFAL e a ULBRA são instituições privadas. Na região Sul do país, somadas a estas três universidades, somente mais duas universidades, a UNILA e a UNINTER, ofertam curso na área. Os demais cursos se encontram nas regiões sudeste e nordeste do país.

       A discussão sobre o desenvolvimento dos cursos de Ciência Política no Brasil também ocorreu nesta semana no V Seminário Nacional de Ciência Política, organizado e realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Política – PPGCP da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, através da mesa redonda Articulação de cursos de Ciências Políticas no Mercosul, por membros da Associação de Universidades do Grupo de Montevideo: Comitê de Ciências Políticas e Sociais, representados pelos professores Alfredo Gugliano (UFRGS) e Reginaldo Perez (UFSM).

       Os alunos do curso de Ciências Sociais – Ciência Política da Unipampa participaram do evento. Dentre eles, dois alunos tiveram trabalhos publicados no Fórum de Graduação. Vinicius de Lara Ribas, com o tema as “Eleições municipais e poder local: uma análise dos resultados eleitorais no Rio Grande do Sul (2004-2012)” e Juliana Macedo de Lima que apresentou trabalho sobre “O Cenário político-partidário no Rio Grande do Sul pós-ditadura militar: continuação ou reformulação?”, ambos sob a orientação do Prof. Ronaldo Colvero.

II Seminário Internacional de Ciência Política na Unipampa recebe autoridades

          O II Seminário Internacional de Ciências Sociais – Ciência Política – Buscando o sul teve início nesta segunda-feira (22) e termina na sexta-feira dia 26 de abril, na Universidade Federal do Pampa – campus São Borja.

             No primeiro dia, 22 de abril, houve a abertura oficial com o registro de mais de 100 pessoas no estúdio da Unipampa. O evento ainda recebeu autoridades como o prefeito Municipal Farelo Almeida, o Presidente da Câmara, vereador Roque Feltrin e demais bancadas.  Após a cerimônia de abertura houve a mesa redonda com os professores Muriel Pinto, Ângela Quintanilha e Davide Carbonai que abordaram temas referentes ao mercado de trabalho para o Cientista Político.

      No dia 23 de abril, o dia começou com oficinas e apresentação de trabalhos acadêmicos e a noite a presença internacional do palestrante Professor e Dr. Roberto Abínzano da Universidade Nacional de Missiones, que abordou o seguinte tema: Regiones de Fronteira, conocimento e integración universitária.

       No dia 24 de abril, acontece a palestra com o Professor Edson Paniagua, com o tema: A construção da ordem fronteiriça: grupos de poder e estratégias eleitorais na campanha sul-riograndense (1852-1887). Em seguida, haverá o lançamento do livro: Fronteiras: violência e criminalidade na região platina, o caso do município de alegrete (1852-1864) de autoria do Professor e Dr. Edson Paniagua a partir das 21h15min, com o coquetel e a sessão de autógrafos no hall do Estúdio de TV da UNIPAMPA.

           Na quinta –feira (25) pela manhã aconteceu a  oficina Ucinet 6 com o prof Davide Carbonai  e ainda a visita orientada por São Borja com prof Muriel  Pinto, Francisco  Medeiros e Rodrigo Maurer, a tarde aconteceram as apresentações de trabalhos e a noite aconteceu a palestra : A ciência política na fronteira, com o professor Dr. Victor Hugo Veppo.

           No último dia de evento (26), ocorre pela manhã a oficina de Redes Sociais. A partir das 18h  haverá o lançamento do Núcleo de Ensino e Pesquisa do Pampa e abertura do período de submissão de artigos para a revista.  As 19h acontece a conferência de encerramento do evento com a palestra: O pensamento de Max Weber  e as Ciências Sociais, com o prof Astor Diehl da Universidade de Passo Fundo.

Agência Experimental de Relações Públicas – Produção  Cultural

agenciarp.cp@gmail.com Sheila Laís Miranda