Jornalismo | Campus São Borja | Página: 12

Calouros assistem palestra sobre o design como discurso

Jonas Weber falou sobre como empregar uma mensagem mais eficiente em projetos gráficos

O mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Indústria Criativa (PPGCIC) da Unipampa  e programador visual da Assessoria de Comunicação Social (ACS) na universidade, Jonas Weber Brum, palestrou na manhã de quinta-feira (18) para os alunos do 1° semestre de Jornalismo no componente de Teorias do Discurso. Weber falou sobre os elementos básicos do design e de como eles podem ser usados para passar uma mensagem específica em comunicação ou construir um discurso como efeito de linguagem.  O programador visual trouxe exemplos do jornalismo e da comunicação em geral para ilustrar como o design pode ser aplicado no objetivo de provocar certos tipos de sensação ou  destacar algo em termos gráficos ao leitor de modo perceptivo. Ele destacou, por exemplo, a importância dessas noções para a composição de páginas em impressos e meios digitais, em artes como a publicitária, bem como no uso em redes, como cards, anúncios e convites. 

“Acredito ser um complemento importante, já que estamos numa época em que as pessoas estão cada vez mais autônomas e não dependem muito mais dos outros na construção de sua comunicação. Nesse sentido, esse tipo de abordagem traz uma bagagem mais completa para a sua formação”, disse o palestrante. Ele lembrou que os princípios básicos das plataformas digitais e dos meios impressos são os mesmos e que uma diagramação bem feita agrega sempre muito mais qualidade ao trabalho do jornalismo. “Toda composição gráfica traz um discurso”, sentenciou Jonas, descrevendo o uso de elementos espaciais, de profundidade, proporção e equilíbrio visual. “Mesmo em determinadas assimetrias pode haver equilíbrio”, disse ele, demonstrando com exemplos gráficos variados. 

A palestra foi interativa, com intervenções diversas dos estudantes conforme os exemplos e conceitos eram trazidos para sua percepção. O estudante Matheus Ribeiro assistiu a palestra e disse, ao final, que achou o momento muito interessante e que ele conseguiu relacionar com as aulas de Teorias do Discurso. “Pude ver além do discurso escrito (verbal), também por meio de imagens, linhas e formas”, comentou o calouro. 

Jonas falou também sobre a produção de sentido com o uso de contrastes e de texturas ou simulações de texturas; também apontou exemplos de uso adequado e inadequado das cores, sobre poluição visual e diagramações pesadas. “As escolhas mais formais ou mais informais como no uso de tipografias também são um discurso”, disse Jonas. Questões como de proporção, ritmo, fluxo, repetição e hierarquia entre os elementos de composição da mensagem, ou sobre estética do tempo, com imagens e formas retrôs ou vintage, complementaram a exposição didática. Jonas citou a escola de Bauhaus e a Gestalt entre referências sobre design, explicando características como de proximidade para efeito de sentido, assim como outros elementos de composição, a exemplo dos vazios como espaços de respiração para as mensagens visuais. 

São noções que serão aprofundadas na aprendizagem pelos estudantes ao longo do curso, em aulas de outros componentes curriculares, mas que são introduzidas nas aulas de teorias do discurso quando aos alunos são apresentados os fundamentos deste campo do conhecimento. O estudo dos discursos compreende tanto retóricas visuais quanto verbais e está intimamente relacionado a tudo que vemos e ouvimos, expressamos e construímos em termos de mensagem. Como o próprio Jonas referenciou ao final da sua fala aos estudantes, citando Steve Jobs, “design é função, não forma”. 

 Texto e fotos: Cassiano Battisti, estagiário de Jornalismo na coordenação do curso

Professor da Northern Illinois University fala para alunos de Jornalismo

As consequências do ChatGPT na comunicação foram o tema do bate papo por streaming 

O professor de comunicação e cibercultura da Northern Illinois University (EUA), David Gunkel, palestrou no último mês, dia 4 de abril, a alunos de Jornalismo da professora Eloísa Klein, da Unipampa, sobre as consequências que o ChatGPT traz para a comunicação e a educação na contemporaneidade. O bate-papo aconteceu na aula de “Planejamento e Editoração Gráfica” que a professora ministra no curso.

Em forma de entrevista pelo Google Meet, a conversa com os alunos contou com o uso da ferramenta de tradução simultânea da plataforma. Segundo a professora Eloisa Klein, a entrevista foi pensada para que os alunos entendessem sobre a relação da inteligência artificial e a ética com um professor especialista no assunto. O professor Gunkel é professor de Ensino Presidencial de Estudos de Comunicação na Northern Illinois University e pesquisa os pressupostos filosóficos e as consequências éticas das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Atualmente, tem se dedicado ao estudo das inteligências artificiais (IAs) e explicou, na ocasião, sobre como essas IAs funcionam e impactam a vida das pessoas tanto de forma negativa quanto positiva.

 “Gunkel falou sobre os dilemas de utilização do ChatGPT e como isso é complexo para as diversas áreas, uma vez que não se tem mais certeza da autoria do texto. Isso impacta desde o Jornalismo, é educação e também passando pelos setores empresariais como um todo”, comenta a professora Eloisa. Segundo ela, o professor David explicou também sobre como é possível utilizar essas tecnologias a nosso favor.

A aluna de Jornalismo, Isabely Terra destacou a importância que a palestra teve para seu entendimento sobre o uso de ChatGPT e outras inteligências artificiais. Segundo ela, o pesquisador explicou sobre como essas interações entre homem e máquina podem ser muito positivas, mesmo que seja muito fácil ver apenas de forma negativa. “Nós, como futuros jornalistas, temos que entender bem que o nosso espaço já está sendo constantemente dividido com a tecnologia e a tendência disso é aumentar cada vez mais, então, é bem importante que a gente entenda como esses recursos funcionam pra poder não ficar pra trás e até usar essas tecnologias a nosso favor em vez de declararmos guerra contra elas”, disse a estudante.

Texto e fotos: Cassiano Battisti, estagiário na Coordenação do Curso

Reportagem especial: 10 anos da i4 Plataforma de Notícias

Agência comemora sua primeira década em agosto desde ano

A i4 Plataforma de Notícias, projeto de ensino da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), está comemorando seus 10 anos de criação este ano. A agência de notícias faz um trabalho de jornalismo multiplataforma, focado no jornalismo local ou com pautas que possam ser relacionadas com o contexto de São Borja. Segundo a professora do Curso de Jornalismo e colaboradora da i4, Vivian Belochio, a data de criação da agência foi em agosto de 2013 e recebeu este nome pelo seu propósito como agência multiplaforma: os 4 “is” significam informação, interação, integração e inovação. Quem esteve à frente da criação da agência foi a professora Vivian, junto de uma bolsista e outras 5 alunas voluntárias: Sofia Silva, Débora Carvalho, Tamara Finardi, Tatiane Bernardo, Franciele Mendes e Daniele Kunzler. 

Profª. Vivian Belochio organizou primeira reunião da i4 com bolsista e voluntárias do projeto. 

A agência surgiu por uma demanda que o curso de Jornalismo possuía nos primeiros anos: uma agência experimental de Jornalismo. Na época, a profª. Vivian Belochio viu então uma oportunidade de abrir uma agência multiplataforma, pois com as alterações do mercado de trabalho, era necessário que os alunos tivessem conhecimento dessas práticas. Segundo Belochio, o curso não possuía uma agência que trabalhasse a convergência jornalística, isto é, a comunicação estratégica para diversas plataformas que estariam ligadas uma à outra, fazendo conteúdos de áudio e vídeo que complementassem a matéria em texto, por exemplo. 

“O projeto da agência me foi confiado e eu fiz toda uma vinculação com componentes curriculares para garantir que tivesse um abastecimento”, pontua a criadora da agência, que pegava os conteúdos feitos nas disciplinas de Agência de Notícias I e II para publicar através da i4. Atualmente, essas duas cadeiras foram reformuladas e passaram a se chamar Produção Multiplataforma em Jornalismo I e II. 

A prof. Vivian, atualmente, colabora com a agência, mas não é a coordenadora desde 2015, quando foi passada a responsabilidade da agência para a professora Sara Feitosa. Algum tempo depois, o professor de Jornalismo Digital, Marco Bonito se juntou à equipe de coordenação e, mais recentemente, em 2019, a professora de Jornalismo de Dados e Produção de Revista, Alciane Baccin. Assim como a profª. Vivian, que disponibiliza os conteúdos feitos em Produção Multiplataforma em Jornalismo I e II, o professor de Radiojornalismo, Alexandre Rossato Augusti, também disponibiliza os programas de rádio e podcasts produzidos na disciplina de Radiojornalismo I e II. 

 Professora Vivian orienta produções para a i4 durante todo o ano

Repercussões do jornalismo local e a importância da i4 para a formação dos estudantes 

A atual coordenadora do projeto e professora do Curso, Sara Feitosa, avalia que a agência contribuiu e contribui para a formação dos estudantes de Jornalismo da instituição: “Eu acho que a principal conquista é a relevância que a i4 tem na formação de quem passa pela equipe. A gente tem desde 2013 vários discentes que passaram pela i4 e hoje estão no mercado de trabalho e que fazem referência à participação no projeto de ensino como um lugar bastante relevante para a própria formação”, pontua a docente. 

Feitosa salienta que como é uma agência experimental, a ideia é que os alunos possam experimentar e se atualizar sobre esse processo de transformação tecnológica e técnica que tem sido recorrente no campo da comunicação. É por essa razão que a agência está sempre se atualizando e mudando alguns dos modos de produção ao longo dos anos, como por exemplo, apostando mais em vídeos, usando ferramentas e aplicativos mais dinâmicos para edição e diagramação e sempre lançando novas submarcas. Neste ano, por exemplo, foram lançadas as submarcas i4 Agenda, que visa noticiar eventos culturais de São Borja e a i4 Indica, que como o próprio nome diz, visa indicar produtos culturais como livros, documentários, filmes e podcasts. 

A equipe fixa da i4 tem reuniões toda semana para debater as próximas pautas 

Pela qualidade das reportagens e demais produções da i4, a agência experimental de Jornalismo consegue sair da Universidade e alcançar o público da cidade. Segundo a profª. Sara Feitosa, a cobertura que teve mais repercussão em São Borja foi a cobertura política municipal de 2020, na qual a agência fez o que nenhum veículo local fez, que foi apresentar o perfil do eleitorado de São Borja. A docente destaca que o projeto cobriu também sobre o perfil dos candidatos, apresentou os programas dos candidatos para a prefeitura e, depois, anunciou o resultado para prefeito no mesmo dia em que saiu o resultado da eleição e dos vereadores eleitos, no dia seguinte. 

Conforme a egressa do curso de Jornalismo, Tuãne Araújo, que participou da cobertura das eleições, essa cobertura em específico foi um marco, pois além de terem ganhado prêmio no Expocom Sul de 2021, a agência disputou a atenção dos candidatos com os veículos de imprensa já consolidados em São Borja. “Conseguimos fontes confidenciais e utilizamos os próprios dados disponíveis pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para conseguir dar conta da demanda, e fechar pautas. Como toda eleição, os ânimos dos eleitores ficam bastantes agitados, o que fez com que tomássemos mais cuidado para não sermos partidários. O que foi bastante interessante, pois tivemos um retorno considerável da população”, recorda a egressa. 

A i4 deixa um legado para cada estudante do projeto de ensino; com Tuãne não foi diferente. “Ali quando produzimos não estamos buscando uma nota, mas sim fazer o melhor para que sejamos levados a sério como profissionais, como jornalistas em formação. O legado da i4 para mim foi compreender que a maneira como escrevemos ou falamos sobre qualquer assunto pode gerar desdobramentos. Ou seja, que devemos de fato compreender o papel do jornalismo como formador de opinião e nunca tentar tirar proveito disso. Escrever ou falar as coisas como elas são, sem exageros ou eufemismo”, frisou. 

Para acompanhar o trabalho da i4 siga a agência nas redes sociais e fique ligado nas novas produções que saem pelo site:

https://sites.google.com/view/i4plataformadenotcias/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0&fbclid=IwAR3yPOjNEzUf3BBSBvkhrWlmiNUD8WOpRtVOygsc7B5EiwND3n_PkqH5AzQ 

Redes da i4: 

Instagram:https://www.instagram.com/i4noticias/

Facebook:https://www.facebook.com/i4plataformadenoticias?locale=pt_BR

Twitter:https://twitter.com/noticias_i4 

YouTube:https://www.youtube.com/channel/UC2qPtoC1X2js7DLoJkjP9JQ 

i4Cast:https://open.spotify.com/show/5zSiXWo77lNSrnESX3zEs1?go=1&sp_cid=e0ef065946386393fe8121517c7be62c&utm_source=embed_player_p&utm_medium=desktop&nd=1 

Se quiser ver produções mais antigas visite o repositório da i4:

https://i4plataformadenoticias.wordpress.com/

Texto e fotos: Cassiano Batistti, estagiário na Coordenação do Curso de Jornalismo

Professor da FGV conversa com alunos da Unipampa sobre Comunicação Digital e Cultura Livre

Encontro abriu programação da primeira edição do evento “Cambiando saberes 2023”  

O Programa de Pós Graduação em Comunicação e Indústria Criativa (PPGCIC) e o Grupo de Pesquisa Jornalismo em Redes e Convergência (JorCon), vinculado ao curso de Jornalismo da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), realizaram, na última sexta-feira (5), na Unipampa, a primeira edição do projeto Cambiando Saberes, de 2023. O bate-papo, que aconteceu de forma híbrida, foi com o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Leonardo Foletto, que conversou com os discentes de Jornalismo, do próprio PPGCIC e de outros cursos da Unipampa sobre Comunicação Digital e Cultura Livre. 

A professora do curso de Jornalismo e do PPGCIC, Alciane Baccin, que mediou a palestra, ressalta que é necessário para os discentes de Jornalismo entenderem a comunicação digital e a cultura livre porque ela impacta a nossa vida de forma profunda: “Tudo que a gente faz hoje depende do digital. Isso acaba impactando as nossas relações, a nossa cultura, a nossa forma de viver. Por isso, se torna importante trazer essa consciência para os futuros jornalistas sobre o papel das formas culturais e das manifestações digitais de cultura que acontecem hoje”, pontuou a docente. 

Sobre o projeto Cambiando Saberes, Baccin salientou que terá novas edições durante esse ano e que abordarão principalmente questões culturais, ligadas à Indústria Criativa e à Economia Criativa. Sendo um projeto permanente, tem como objetivo promover encontros para o intercâmbio de conhecimento e possibilitar a troca de experiência entre pesquisadores, estudantes e profissionais. 

A aluna do 3° semestre de Jornalismo, Mariana Erthal, que assistiu a apresentação, relata que vê esse momento muito oportuno para a troca de saberes sobre a evolução da comunicação e dos espaços digitais. “Hoje aprendi novos conceitos sobre a cultura livre e comunicação digital os quais poderei usar com mais propriedade em outras atividades acadêmicas que tenham relações com esse assunto. Com certeza trocas como essa permitem muita evolução na minha jornada acadêmica”, disse a estudante. 

Texto e fotos: Cassiano Battisti, estagiário de Jornalismo junto à Coordenação do Curso de Jornalismo

Professora Alciane intermedeia a palestra sobre Comunicação Digital

Estudantes prestigiam a palestra com o professor Foletto, da FGV

Curso de Jornalismo participa de evento sobre mercado de trabalho

Alunos de escolas visitaram estandes com mostra do que é feito dentro da Universidade

O curso de Jornalismo esteve presente na manhã de sexta-feira (28) no CTG Tropilha Crioula, no evento “Jovem e o mercado de trabalho: caminhos possíveis”. O evento teve o apoio da Unipampa e de outras instituições de ensino e contou com a participação dos alunos das escolas do município, do Instituto Federal Farroupilha e da própria universidade.

Evento lotou o espaço do CTG para palestra e mostra dos cursos

Além de uma apresentação de dança realizada pelo grupo Mara Cabral e de uma palestra sobre o mundo do trabalho com o professor Davi Pires, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), foram também montados estandes com mostra de projetos de extensão e pesquisa da Unipampa e de outras instituições de ensino. Do curso de Jornalismo, esteve representado o Pampa News, projeto de extensão de Webtelejornalismo, na presença do seu  editor-chefe, Micael Olegário e dos estagiários Maicon Mendes e Gusttavo Ribeiro, todos os três, alunos do curso. Além disso, foram exibidos equipamentos usados no dia-a-dia dos repórteres e divulgados panfletos e adesivos do projeto.

Outras produções realizadas por estudantes ou egressos também foram expostas, como o livro-reportagem “Heróis de sua própria história” da egressa Jézica Bruno e a capa do Jornal 40°, uma produção da turma do 5° semestre do Curso. Essas produções foram apresentadas pela professora Eloísa Klein, também coordenadora substituta do curso. 

Alunos Gusttavo e Micael apresentaram o Pampa News 

A estudante do Instituto Federal Farroupilha, Ane Robalo Chuquel, foi uma das primeiras a passar pelo estande do curso. Ela enfatiza que é muito importante a presença dos cursos e das Instituições no evento, já que muitos alunos desconhecem algumas opções de formação. “Muitas pessoas não têm informação sobre os cursos que tem aqui, principalmente quem está se formando no Ensino Médio, mas tem cursos aqui que podem ser muito bons para elas”, ressaltou a estudante, de 17 anos.

Aluna Ane (Foto), do Instituto Federal Farroupilha, destacou o valor da mostra

Texto e fotos: Cassiano Battisti, estagiário na Coordenação do Curso

Egresso de Jornalismo falou sobre teoria e prática da profissão

Hoje cursando mestrado, Eduardo Silva foi convidado a falar para alunos da graduação.

Alunos matriculados no componente de Teorias do Jornalismo puderam ouvir em sala de aula, na sexta-feira (28), o jornalista Eduardo Silva, egresso do curso há 13 anos, convidado para falar sobre o mercado de trabalho, a teoria e a prática da profissão.

Natural de Itaqui, Eduardo é jornalista profissional diplomado, egresso da segunda turma de Jornalismo da Unipampa e concluiu sua graduação em 2010. Atualmente, é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Indústria Criativa (PPGCIC) da Unipampa. Ele trouxe aos estudantes um relato de sua trajetória profissional por jornais e rádios no interior do Estado, tendo trabalhado em municípios como Ivoti e Montenegro, além da sua cidade de origem e destacou, num papo com os estudantes, a relação fundamental entre teoria e prática para a formação profissional. O embasamento teórico adquirido na universidade fez toda a diferença. Mesmo com a transformação gerada pelo digital, os valores éticos da profissão continuam os mesmos”, disse ele, “principalmente quando a atividade profissional se tornou ainda mais relevante e necessária, diante das fake news”.

Tirando da mochila uma jaqueta do curso para mostrar que ainda guarda desde os anos da sua graduação, Eduardo falou com orgulho da época em que chegou à universidade e dos primeiros anos do curso, relembrando fatos da vida de aluno e da maturidade em relação ao trabalho. Eduardo Silva falou também sobre as atividades que vem desenvolvendo no PPGCIC, explicando que no primeiro ano do mestrado, ele criou o podcast Itaqui Em Cena, em que reconstituiu a história do Festival Itaquiense de Teatro (FIT). Também ator amador de teatro, ele participou da organização do festival. No momento, escreve a sua dissertação sobre o jornalismo interpretativo nos podcasts.

Os estudantes de jornalismo fizeram diversas perguntas sobre o cotidiano da profissão, com intervenções e contextualizações durante o papo em sala de aula. A conversa com os alunos tratou de temas como liberdade de expressão, controle editorial, relações de poder no mundo do trabalho e tratamento profissional das fontes jornalísticas.

Crédito das fotos: Carlos Eduardo Leite

Jornalismo e Publicidade e Propaganda iniciam discussões sobre Graduação a Distância

Iniciativa teve participação da Prograd e ampliou o diálogo institucional sobre  o tema

O Ensino a Distância (EaD) é uma modalidade de formação consolidada mundialmente. As grandes universidades no mundo inteiro, principalmente privadas, como Harvard ou Bolonha, e que se tornou pública só séculos depois de sua criação, ofertam cursos a distância, de graduação e de pós-graduação. Nas universidades federais brasileiras, no entanto, o tema ainda está sendo debatido, embora já despontem experiências EaD mesmo na graduação e, inclusive, na Unipampa.

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), através da Divisão de Educação a Distância (DED) responderam ao chamado dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Jornalismo para participação de uma reunião de trabalho com os docentes, segunda-feira (24), tendo como pauta única o EaD na graduação. Do encontro, saíram contribuições pontuais como a necessidade de uma política de garantias de conectividade e tecnologia, extensiva aos estudantes, para que atividades a distância possam ser realizadas sem prejuízos pedagógicos e como condição para que a oferta em EaD possa ser pensada pelos cursos de graduação.

Também foi considerado que faltam mais pesquisas sobre o tema para se saber quais os efeitos práticos do ensino a distância nas  instituições federais e gratuitas e para que se faça nelas uma oferta de ensino sem abrir mão da qualidade na educação e sem massificação, com responsabilidade na oferta. Fóruns de discussão, capacitações permanentes envolvendo os docentes e o combate à desinformação sobre o tema foram mencionadas como ações institucionais que vêm sendo promovidas em favor de uma compreensão cada vez maior da potencialidade do ensino nessa modalidade extensiva agora, também, ao ensino público federal e com incentivo do próprio Ministério da Educação (Mec).  A Unipampa estuda, nesse momento, uma minuta de normatização de uma Política Institucional EaD, com consulta aos campi.

A modalidade do ensino a distância é prevista legalmente e pode e deve ser adaptada à realidade dos cursos e ao perfil desejável de seus egressos.  A implantação do ensino a distância, segundo entendimento consensuado na reunião, não vai resolver todos os problemas como os de dificuldade de ingresso de estudantes no ensino superior no país, por exemplo, nem boa parte dos problemas de evasão e que se discutem hoje no ensino presencial e na pós-graduação EaD. Mas, os cursos podem pensar, coletivamente, a inserção de alguma carga horária na modalidade de graduação em EaD nas suas matrizes curriculares, por exemplo, incorporando tecnologias aos processos de ensino e aprendizagem e é esta a proposta que vem sendo trazida pela Unipampa.

    Fotos: Professores Miro e Eloísa