Curso recebe visitantes de projeto social

Crianças e adolescentes de Maçambará estiveram com alunos de Jornalismo

Crianças e adolescentes do projeto social Ponto de Partida, promovido pela Prefeitura de Maçambará, tiveram a oportunidade de conhecer a Unipampa Campus São Borja. A ideia surgiu a partir de uma conversa entre o educador social do projeto, Marcos Serres, e o professor do curso de Jornalismo, Eduardo Vieira da Silva. Os dois professores são amigos e se conhecem há alguns anos.

O passeio pelas dependências da universidade ocorreu na tarde de sexta-feira (13), e contou com a participação das crianças e adolescentes na aula do professor Eduardo da Silva, no componente de Produção Literária, no Curso de Jornalismo. A ideia foi incluir estes jovens numa agenda a São Borja e para que pudessem ter a experiência de participar de uma aula na instituição de ensino superior, e ter a oportunidade de conhecer o Campus São Borja.

Além disso, um dos principais momentos da visitação foi quando eles conheceram os laboratórios da Unipampa, especialmente o de TV. O Projeto Ponto de Partida é uma iniciativa da Prefeitura de Maçambará, por meio do Departamento de Assistência Social e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

O projeto faz parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que é um serviço essencial da Secretaria de Assistência Social e do CRAS. Existem também espaços para outros segmentos sociais como idosos e mulheres da área rural, mas a ideia do projeto Ponto de Partida é atender crianças e jovens, ajudando principalmente no desenvolvimento cidadão, no fortalecimento da autoestima, da autonomia e no combate ao trabalho infantil e adolescente.

No projeto atendem-se jovens de 12 a 18 anos com o objetivo principal de integrar estes adolescentes à sociedade. É neste projeto que ocorrem debates sobre Artes, Educação Financeira e sobre o Meio Ambiente.

O projeto está completando três meses de inauguração, mas mesmo sendo recente, já é perceptível a evolução de muitos jovens em relação à integração social, metas de vida e sonhos, segundo os próprios participantes.

A ideia do nome “Ponto de Partida” tem como significado, conforme o projeto, o desenvolvimento de uma vida cidadã, participativa e independente, pensando nos efeitos a longo prazo, preocupando-se em como isso irá impactar na vida dos participantes.

Conforme destaca o educador social Marcos Serres: “Lugar de adolescentes e crianças, não é trabalhando, mas sim, estudando, se divertindo, sendo integrados na sociedade, criando vínculos, convivendo, se fortalecendo e se empoderando”.

Integrante do projeto, Helena Garcez, 18 anos, ressalta o quão significativo é poder visitar a Unipampa Campus São Borja: “Eu acho que eu fui a pessoa que mais ficou empolgada quando disseram que a gente ia vir aqui pra Unipampa, porque eu queria muito conhecer uma universidade, um lugar de curso, eu queria muito. Eu estou adorando aqui, estou achando aqui muito simpático, as pessoas daqui também.”

O professor Eduardo Vieira da Silva destaca a relevância da iniciativa de apresentar a instituição para estas crianças e adolescentes: “É importante que eles tenham acesso. O objetivo foi esse: garantir que eles conhecessem a Unipampa para depois poderem escolher se querem estudar aqui. Mas, acima de tudo, agora eles sabem que existe perto deles uma universidade com essa qualidade”, salienta o docente, que atua como professor substituto em Jornalismo e Relações Públicas no campus local.

A aluna Heloisa Teixeira Domingues, do segundo semestre de Jornalismo, que faz  o componente curricular de Produção Literária, participou desta aula compartilhada. Durante o intervalo da aula, ela estava tendo uma bate-papo com uma das integrantes do projeto, e foi neste momento de trocas que ela pode passar algumas informações pertinentes e esclarecer algumas dúvidas que pairavam durante o diálogo. Questões sobre como ingressar na Unipampa, moradia e os cursos que cada Campus oferece, foram alguns dos assuntos abordados na conversa entre as duas.

Heloisa considera valioso o processo de participação de outras comunidades para conhecerem a Unipampa e durante uma conversa com os seus colegas de curso, considerou ainda mais válido levar informações sobre a Universidade para municípios vizinhos, com o propósito de oferecer ainda mais conhecimentos sobre a Unipampa e esclarecer dúvidas sobre a instituição.

Ela ainda destaca: “Eu gostei muito da participação de todos na aula, eu senti que aquilo ali foi uma pequena amostra que acaba incentivando as pessoas a quererem participar daquele ambiente. Principalmente porque é uma aula bem didática com o professor Eduardo, então eu acredito que eles tenham conseguido compreender bem o que a gente estava fazendo ali, o foco da gente e dos cursos. Mas ainda sinto que a gente tem um déficit de divulgação do que a Universidade Federal faz.” ressalta a aluna da Unipampa.

Texto e fotos; Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do Curso.

Alunos da graduação prestigiam evento do PPGCIC

Turma de alunos da graduação foi convidada para conhecer projetos da pós

O programa de pós-graduação em Comunicação e Indústria Criativa (PPGCIC) é um mestrado gratuito oferecido pela Universidade Federal do Pampa e envolveu alunos e professores também da graduação nesta sexta-feira (13). Estudantes de Jornalismo foram convidados a participar do evento Pit Stop da Criatividade, criado com o objetivo de promover um espaço de trocas sobre produções científicas, acadêmicas e culturais a partir de docentes, discentes e egressos do programa.
O professor Eliezer Pires da Silva (da UNIRIO) esteve presente no evento e partilhou uma aula inaugural do PPGCIC, que abordou o tema: A Modalidade Profissional na Pós-Graduação Brasileira.
Eliezer Pires é professor do Departamento de Arquivologia da UNIRIO e Coordenador dos Programas Profissionais da área Comunicação e Informação na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
O Pit Stop da Criatividade está em sua segunda edição e no final da tarde do último dia do evento, contou com apresentações de processos/produtos já desenvolvidos por mestrandos do Programa.
A docente Alciane Baccin destaca a importância de uma pós-graduação: “Quando tu trabalha na pós-graduação tu está contribuindo para que o estudante gere ele mesmo conhecimento através das pesquisas que ele desenvolve. A base da pós-graduação é a pesquisa. A gente possibilita que os estudantes que saem de uma graduação, possam investir em pesquisa e a partir disso gerar novos conhecimentos para sociedade, resolvendo problemas que existem hoje na sociedade. Através da pesquisa a gente pode levar mais conhecimentos e levar mais soluções para demandas sociais que hoje a gente tem”, explica a professora, que atua na graduação do curso de Jornalismo e no PPGCIC.

Texto e fotos: Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do Curso

Inspiração em sala de aula que vem da prática na televisão

Professora substituta fala da sua experiência como jornalista e na formação de novos profissionais

A atual docente substituta Clarissa Schwartz iniciou neste segundo semestre letivo suas atividades como professora no curso de Jornalismo. Natural de Ibirubá, Clarissa carrega em sua bagagem profissional seus títulos de Doutora em Comunicação e Extensão Rural na UFSM, Mestre em Extensão Rural (UFSM), Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo (UFSM) e Pós-Doutorado em Comunicação, também pela Universidade Federal de Santa Maria.

As disciplinas ministradas pela docente são aulas laboratoriais, essencialmente práticas: Produção de Documentário Audiovisual e Jornalismo Especializado.

Quando escolheu cursar Jornalismo em Santa Maria no ano de 1994, priorizou uma universidade pública. A partir disso, tentou o vestibular e conseguiu garantir sua vaga na Universidade. Morar em Santa Maria era algo desejável por Schwartz, até porque seus pais tinham tido a experiência positiva de residir na cidade antes dela nascer, além de conhecer alguns amigos que também viviam ali. Escolher esta profissão como futura jornada teve certa influência de alguns primos que cursaram e já eram profissionais na área. Mas o que realmente teve um maior impacto nesta tomada de decisão foi a frase que seu tio lhe disse certo dia: “O mundo precisa de bons comunicadores”.

Ao recordar suas experiências na UFSM nos anos 90, ela relembra com precisão que quando se mudou para a cidade, levou em sua bagagem a sua máquina de escrever.

Era na máquina de escrever que Clarissa realizava os seus primeiros trabalhos como aluna do curso. Neste período a era da informatização estava chegando e tomando conta dos ambientes universitários, mas ainda assim, a abundância de equipamentos não era tão vasta como nos dias atuais. Entretanto, de acordo com ela, essas mudanças que o Jornalismo vivenciou foram mudanças técnicas, pois a docente acredita que a essência do Jornalismo durante aquele período comparado aos dias atuais, ainda é a mesma. Clarissa salienta: “quando a gente escolhe a profissão de ser um jornalista, você quer dar voz a outras pessoas, mostrar histórias que merecem ser contadas. Então eu acho que a essência permanece a mesma”.

Mas a professora destaca que, no nosso momento atual, em função dos processos de midiatização, ocorre maior participação do público e as pessoas exigem maior transparência, gerando ainda mais responsabilidade para os jornalistas.

A docente Clarissa Schwartz tem como marco em sua trajetória profissional, 15 anos de experiência na RBS TV de Santa Maria. E tudo isso começou em seu último ano de faculdade quando a então aluna, conheceu o projeto que a RBS desenvolvia, chamado Caras Novas. Este programa selecionava estudantes (na época de Porto Alegre, Santa Maria e Pelotas) para realizar uma espécie de estágio, onde aprendiam como operar as câmeras, realizar as apresentações, aprender sobre as edições e reportagens. Era neste programa que se aprendia como funcionava todo o núcleo da produção de uma televisão. Os treinamentos eram dados por profissionais, ocorriam de segunda a sexta em Santa Maria, e a cada quinze dias, os estagiários/alunos iam até a capital para realizar reuniões com todos os estudantes.

Foi a partir do Caras Novas que Clarissa começou a trabalhar na emissora em Santa Maria, atuando no início como freelancer, logo em seguida como repórter, e depois de um tempo, trabalhou nas apresentações e nas edições. Nos seus últimos cinco anos, ela atuou na coordenação do departamento de jornalismo da RBS TV.

Ainda hoje, lembra com muita precisão as ex-colegas Daniela Ungaretti e Isabel Ferrari, que também entraram para a emissora a partir do projeto Caras Novas.

Vida Profissional

 Um fator considerado expoente para ser um bom jornalista, de acordo com a docente, é a curiosidade.

O olhar generalista de um profissional da área da comunicação deve estar sempre atento a tudo que está acontecendo em sua volta. “Até porque este é o papel do jornalista, fazer com que a vida das pessoas seja mais fácil, que as pessoas conheçam seus direitos, fazer essa mediação.”

Durante a sua trajetória, Clarissa vivenciou muitas experiências e todas elas marcaram fortemente a sua vida profissional.

Em suas primeiras entradas ao vivo fora do estúdio da emissora, os repórteres tinham que ir até a CRT (uma companhia telefônica) para conectar o estúdio com o ambiente externo. Um novo recurso técnico passou a permitir também a entrada ao vivo em frente à emissora. Mas um delay no retorno dificultou a finalização da entrada ao vivo.

Experiências como essas são recorrentes principalmente em entradas ao vivo, e é comum que todo jornalista vivencie etapas como essa em sua trajetória profissional.

A docente Clarissa

O impacto que um professor tem na vida de um aluno é gigantesco, e com Clarissa não foi diferente. Paulo Roberto, docente de Radiojornalismo, ocupa um lugar especial dentro do coração de Schwartz. Seus métodos de ensino começavam com programas gravados, depois passavam para programas ao vivo e nos últimos semestres, acontecia um programa de debate, que era chamado de Rádio Ativo.

Neste programa todos os alunos experienciavam todas as funções (produtor, mediador), enquanto os demais colegas assistiam. Já o professor Paulo Roberto ficava com a parte da orientação e da avaliação dos discentes. Mas a parte mais incrível de tudo isso, não eram nem as atividades em si, mas sim, o final das aulas. Era neste momento que as conversas aconteciam, era ali que o professor Paulo Roberto comentava sobre os erros e sobre os acertos de todos. “Ele sempre foi um docente que se preocupou em fazer um bom jornalismo.” destaca Clarissa.

E para ela, todo professor ocupa também a função de incentivar, e, principalmente, de deixar marcas na vida de seus alunos.

Como atual professora substituta, Clarissa Schwartz ministra disciplinas práticas. E seu principal objetivo em suas aulas, é fazer com que os seus alunos tenham momentos de interação com profissionais que atuam no mercado de trabalho, tirando dúvidas e conhecendo um pouco mais sobre o dia a dia na redação.

Gerando a partir disso, trocas de experiências e aprendizados.

“Porque essa troca e esses momentos são muito ricos, são aprendizados muito grandes, tanto para os alunos quanto para quem está lá dentro do mercado de trabalho”, enfatiza a docente.

Estar atuando na Unipampa como docente do seu curso de formação oportuniza sua trajetória ainda mais. Possibilitando pesquisas sobre as mudanças e os desafios atuais do Jornalismo, além de possibilitar a convivência com turmas e grupos diversos, colaborando diretamente na formação dos futuros profissionais de Jornalismo.

O conselho que a docente Clarissa Schwartz deixa para os alunos do curso é que aproveitem muito todas as oportunidades, e que principalmente, nunca deixem de estudar. “Nunca percam essa vontade de estudar, porque o mundo hoje exige isso, nós devemos estar constantemente nos atualizando, e nenhum ambiente é tão rico como uma Universidade para isso”, ressalta.

Texto: Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do Curso.

 

Colação de grau interna diploma novos formandos

Solenidade foi realizada dia 5 de setembro, com presença do reitor da Unipampa

 

Mais um evento de colação de grau dos alunos dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Serviço Social marcou a agenda da Unipampa no campus São Borja.  A colação interna realizada dia 5 de setembro, aconteceu no Campus I da Universidade durante a tarde e contou com a presença de familiares e amigos dos formandos além de membros da comunidade acadêmica.

A mesa de autoridades foi composta pelo  reitor, Edward Frederico Castro Pessano , o diretor do Campus, Valmor Rhoden e os coordenadores dos cursos nesses três campos do conhecimento. A coordenação do Curso de Jornalismo esteve representada pela professora Eloisa Klein.

A sessão solene conferiu o título de Bacharel em Jornalismo aos nossos formandos. O estudante Jardel Carlos Souza Tavares esteve presente enquanto demais formandos, como as graduandas Maria Eduarda Greco Cargnelutti e Raissa pinheiro Stringuine realizaram suas formaturas em gabinete, uma modalidade fechada de colação de grau e prevista em regimento para quem justifique a impossibilidade de comparecimento às cerimônias públicas.

De acordo com a professora e coordenadora substituta do curso de Jornalismo Eloisa Klein, a alegria de poder ajudar esses concluintes em toda sua trajetória, gera uma grande satisfação de dever cumprido nos professores. “Nós conseguimos ajudar esses alunos a terminar a sua caminhada, além de ressaltar a nossa alegria de termos uma universidade pública, de podermos permitir aos alunos fazerem um curso inteiro de maneira gratuita, isso pra nós é uma grande satisfação, e saber que a gente deixou uma marca e que a gente contribuiu com cada um dos alunos que se formaram.” destaca a docente. A professora do curso, Alciane Baccin, homenageada, acompanhou a solenidade e prestigiou a outorga do título aos formandos.

O formando Jardel Tavares conta que tem ainda muitos outros desejos futuros dentro da sua jornada acadêmica. Seus planos e perspectivas prevalecem com fortes anseios para realizar o mestrado e o doutorado, além das fortes expectativas para se inserir no mercado de trabalho e atuar na sua área de formação.

“Eu sou um rapaz lá do norte, e eu vim de lá pra concluir aqui o ensino superior, a Unipampa é a minha segunda casa. Sentirei muita falta dos laços que criei aqui, das amizades, dos professores e do convívio com os meus amigos, as sociais que a gente fazia e os momentos que a gente se reunia entre amigos para realizar matérias e entrevistas. Tudo isso vai ficar guardado em um lugar bem especial pra mim”, disse Jardel.

Texto e imagens: Amanda Moreira Ferreira, bolsista da Coordenação do Curso

Café com Libras: Fortalecendo a comunicação de surdos na comunidade

Projeto visa a Comunicação Cidadã com envolvimento de docentes e alunos

  Uma tarde enriquecedora, de aprendizados, muito conhecimento partilhado, Libras e muito café. O primeiro encontro do segundo semestre do ano do Projeto de Extensão Café com Libras, registrado há três anos o no Curso de Jornalismo, foi realizado na Praça da Lagoa neste sábado(31). Com diversas atividades teóricas e práticas interativas de sinais relacionados a letras do alfabeto, alunos e professores interagiram com pessoas da comunidade, numa integração entre surdos e não surdos.

    O Projeto Café com Libras vem desenvolvendo um ambiente de crescente trocas de conhecimentos na comunidade de São Borja, junto aos participantes surdos ou ouvintes e que trazem suas vivências, compartilhando percepções de vida, fazendo dos encontros do projeto um meio no qual se cria e se consolida uma nova cultura surda em São Borja.  Esse avanço é positivamente notado nos encontros, que agora incluem a produção de um Video Book, visando contribuir para a documentação do projeto e registro histórico deste movimento de cidadania comunitária. O projeto tem apoio da Unipampa, através da Pró-Reitoria de Extensão e das políticas institucionais extensionistas na Universidade. A valorização das vivências em meio à comunidade surda e o fortalecimento na comunidade local de surdos por meio dela, traz os relatos dos participantes, que passam ou já passaram pelo Café com Libras e faz com que o projeto chegue, cada vez mais, também a novas pessoas. O Video Book é organizado por Jonatan Soares e Micael Olegário.

Texto e imagens: Jonatan Soares, bolsista do projeto.

Alunos descrevem ao seu modo a construção do saber

Aulas teóricas estimulam a capacidade hermenêutica e de expressão

Beatriz, explicando em sala os sentidos a partir das leituras

Alunos do segundo semestre curricular do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) foram provocados durante as aulas de Teorias da Comunicação a uma metodologia participativa, quando experimentaram a oportunidade de expor aos colegas sua leitura compreensiva de textos fundadores na área.

A metodologia de ensino não é inovadora, mas tem seu valor à medida que procura criar um ambiente de aprendizagem em sala de aula mais interativo e dinâmico, por meio da abertura de espaços de diálogo, com protagonismo do estudante e fazendo com que direcionem a aprendizagem a partir de seus próprios entendimentos dos textos, sem fugir ao sentido dado pelos autores. O efeito foi de auxílio na concentração dos alunos e alunas e no incentivo ao seu envolvimento ativo no processo de ensino-aprendizagem.

Para os alunos que foram convidados a compartilhar seus conhecimentos sobre os autores estudados, a experiência contribuiu significativamente no desempenho acadêmico. Uma das graduandas participantes, Beatriz Chetco, afirmou: “Para mim, é muito eficaz. Antes da faculdade, eu era estimulada a decorar o conteúdo, mas, com esse método eu realmente consigo compreender o que estou estudando.”

Os colegas que assistiram atentos às apresentações também perceberam os benefícios da metodologia. A estudante Heloísa Teixeira Domingues comentou sobre a eficácia do método: “Funciona muito bem quando já tive algum contato inicial com o conteúdo. Ao ser exposto pelos colegas, consigo associar o que já vi com as novas informações recebidas. Gostei bastante e consegui entender o que foi apresentado.”

A experiência reafirma a importância de metodologias participativas no ensino superior ao tornar os alunos protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem. Além disso, o entendimento e a retenção do conteúdo são significativamente ampliados, segundo relatam os próprios estudantes.

Texto: Pâmela Anschau de Almeida

Imagem: Alice Gulart Coffi

Alunos de Fotojornalismo saem na busca por histórias reais

Estudantes aplicam teoria à prática, entrevistando e produzindo imagens

Os alunos do componente curricular do Curso de Jornalismo, Narrativas Fotojornalísticas, participaram nesta quinta-feira, 29, da primeira saída de campo deste semestre. A atividade acadêmica foi realizada no Centro da cidade, onde puderam conhecer um pouco mais sobre a vida dos são-borjenses, aliando teoria e prática.
A atividade permitiu que os acadêmicos reconhecessem a importância do fotojornalismo, somada à narrativa textual para a veiculação de informação ao público. Conforme explica o professor do componente, Miro Bacin, “é a oportunidade de os acadêmicos porem em prática a abordagem, a observação e a entrevista dos personagens”.
Para o grupo de estudantes, “essa é a melhor maneira de reconhecermos temas relevantes para a comunidade e os relatar em forma de fotografias”. É o que diz Heloísa Domingues, do segundo semestre do curso. Sua colega, Alice Goulart Coffi, complementa: “Falar com as pessoas com o foco em suas histórias de vida é apaixonante e mostra para nós a importância do jornalismo”.
Um dos entrevistados pelos acadêmicos foi Ubatuba Pereira, ex-assessor do governador do Rio de Janeiro, o gaúcho Leonel Brizola. Aos estudantes, ele contou sobre sua participação em uma ação social que tratava da ajuda aos portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
Outra entrevista feita pelos alunos foi com a artesã Adelina Cardoso, de 67 anos, há 35 anos na atividade. Ela participa da Associação das Artesãs de São Borja. A comercialização dos produtos se dá na Praça XV de Novembro, em frente à Prefeitura, nas manhãs de terças e quintas-feiras. “À tarde cuido do meu neto”, ela conta.
O resultado da saída de campo será apresentado na próxima aula, dia 5 de setembro, segundo o professor.
Texto: Alice Goulart Coffi e Heloisa Domingues
Imagens: Miro Bacin e Heloisa Domingues