Professor da Northern Illinois University fala para alunos de Jornalismo

As consequências do ChatGPT na comunicação foram o tema do bate papo por streaming 

O professor de comunicação e cibercultura da Northern Illinois University (EUA), David Gunkel, palestrou no último mês, dia 4 de abril, a alunos de Jornalismo da professora Eloísa Klein, da Unipampa, sobre as consequências que o ChatGPT traz para a comunicação e a educação na contemporaneidade. O bate-papo aconteceu na aula de “Planejamento e Editoração Gráfica” que a professora ministra no curso.

Em forma de entrevista pelo Google Meet, a conversa com os alunos contou com o uso da ferramenta de tradução simultânea da plataforma. Segundo a professora Eloisa Klein, a entrevista foi pensada para que os alunos entendessem sobre a relação da inteligência artificial e a ética com um professor especialista no assunto. O professor Gunkel é professor de Ensino Presidencial de Estudos de Comunicação na Northern Illinois University e pesquisa os pressupostos filosóficos e as consequências éticas das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Atualmente, tem se dedicado ao estudo das inteligências artificiais (IAs) e explicou, na ocasião, sobre como essas IAs funcionam e impactam a vida das pessoas tanto de forma negativa quanto positiva.

 “Gunkel falou sobre os dilemas de utilização do ChatGPT e como isso é complexo para as diversas áreas, uma vez que não se tem mais certeza da autoria do texto. Isso impacta desde o Jornalismo, é educação e também passando pelos setores empresariais como um todo”, comenta a professora Eloisa. Segundo ela, o professor David explicou também sobre como é possível utilizar essas tecnologias a nosso favor.

A aluna de Jornalismo, Isabely Terra destacou a importância que a palestra teve para seu entendimento sobre o uso de ChatGPT e outras inteligências artificiais. Segundo ela, o pesquisador explicou sobre como essas interações entre homem e máquina podem ser muito positivas, mesmo que seja muito fácil ver apenas de forma negativa. “Nós, como futuros jornalistas, temos que entender bem que o nosso espaço já está sendo constantemente dividido com a tecnologia e a tendência disso é aumentar cada vez mais, então, é bem importante que a gente entenda como esses recursos funcionam pra poder não ficar pra trás e até usar essas tecnologias a nosso favor em vez de declararmos guerra contra elas”, disse a estudante.

Texto e fotos: Cassiano Battisti, estagiário na Coordenação do Curso

Reportagem especial: 10 anos da i4 Plataforma de Notícias

Agência comemora sua primeira década em agosto desde ano

A i4 Plataforma de Notícias, projeto de ensino da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), está comemorando seus 10 anos de criação este ano. A agência de notícias faz um trabalho de jornalismo multiplataforma, focado no jornalismo local ou com pautas que possam ser relacionadas com o contexto de São Borja. Segundo a professora do Curso de Jornalismo e colaboradora da i4, Vivian Belochio, a data de criação da agência foi em agosto de 2013 e recebeu este nome pelo seu propósito como agência multiplaforma: os 4 “is” significam informação, interação, integração e inovação. Quem esteve à frente da criação da agência foi a professora Vivian, junto de uma bolsista e outras 5 alunas voluntárias: Sofia Silva, Débora Carvalho, Tamara Finardi, Tatiane Bernardo, Franciele Mendes e Daniele Kunzler. 

Profª. Vivian Belochio organizou primeira reunião da i4 com bolsista e voluntárias do projeto. 

A agência surgiu por uma demanda que o curso de Jornalismo possuía nos primeiros anos: uma agência experimental de Jornalismo. Na época, a profª. Vivian Belochio viu então uma oportunidade de abrir uma agência multiplataforma, pois com as alterações do mercado de trabalho, era necessário que os alunos tivessem conhecimento dessas práticas. Segundo Belochio, o curso não possuía uma agência que trabalhasse a convergência jornalística, isto é, a comunicação estratégica para diversas plataformas que estariam ligadas uma à outra, fazendo conteúdos de áudio e vídeo que complementassem a matéria em texto, por exemplo. 

“O projeto da agência me foi confiado e eu fiz toda uma vinculação com componentes curriculares para garantir que tivesse um abastecimento”, pontua a criadora da agência, que pegava os conteúdos feitos nas disciplinas de Agência de Notícias I e II para publicar através da i4. Atualmente, essas duas cadeiras foram reformuladas e passaram a se chamar Produção Multiplataforma em Jornalismo I e II. 

A prof. Vivian, atualmente, colabora com a agência, mas não é a coordenadora desde 2015, quando foi passada a responsabilidade da agência para a professora Sara Feitosa. Algum tempo depois, o professor de Jornalismo Digital, Marco Bonito se juntou à equipe de coordenação e, mais recentemente, em 2019, a professora de Jornalismo de Dados e Produção de Revista, Alciane Baccin. Assim como a profª. Vivian, que disponibiliza os conteúdos feitos em Produção Multiplataforma em Jornalismo I e II, o professor de Radiojornalismo, Alexandre Rossato Augusti, também disponibiliza os programas de rádio e podcasts produzidos na disciplina de Radiojornalismo I e II. 

 Professora Vivian orienta produções para a i4 durante todo o ano

Repercussões do jornalismo local e a importância da i4 para a formação dos estudantes 

A atual coordenadora do projeto e professora do Curso, Sara Feitosa, avalia que a agência contribuiu e contribui para a formação dos estudantes de Jornalismo da instituição: “Eu acho que a principal conquista é a relevância que a i4 tem na formação de quem passa pela equipe. A gente tem desde 2013 vários discentes que passaram pela i4 e hoje estão no mercado de trabalho e que fazem referência à participação no projeto de ensino como um lugar bastante relevante para a própria formação”, pontua a docente. 

Feitosa salienta que como é uma agência experimental, a ideia é que os alunos possam experimentar e se atualizar sobre esse processo de transformação tecnológica e técnica que tem sido recorrente no campo da comunicação. É por essa razão que a agência está sempre se atualizando e mudando alguns dos modos de produção ao longo dos anos, como por exemplo, apostando mais em vídeos, usando ferramentas e aplicativos mais dinâmicos para edição e diagramação e sempre lançando novas submarcas. Neste ano, por exemplo, foram lançadas as submarcas i4 Agenda, que visa noticiar eventos culturais de São Borja e a i4 Indica, que como o próprio nome diz, visa indicar produtos culturais como livros, documentários, filmes e podcasts. 

A equipe fixa da i4 tem reuniões toda semana para debater as próximas pautas 

Pela qualidade das reportagens e demais produções da i4, a agência experimental de Jornalismo consegue sair da Universidade e alcançar o público da cidade. Segundo a profª. Sara Feitosa, a cobertura que teve mais repercussão em São Borja foi a cobertura política municipal de 2020, na qual a agência fez o que nenhum veículo local fez, que foi apresentar o perfil do eleitorado de São Borja. A docente destaca que o projeto cobriu também sobre o perfil dos candidatos, apresentou os programas dos candidatos para a prefeitura e, depois, anunciou o resultado para prefeito no mesmo dia em que saiu o resultado da eleição e dos vereadores eleitos, no dia seguinte. 

Conforme a egressa do curso de Jornalismo, Tuãne Araújo, que participou da cobertura das eleições, essa cobertura em específico foi um marco, pois além de terem ganhado prêmio no Expocom Sul de 2021, a agência disputou a atenção dos candidatos com os veículos de imprensa já consolidados em São Borja. “Conseguimos fontes confidenciais e utilizamos os próprios dados disponíveis pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para conseguir dar conta da demanda, e fechar pautas. Como toda eleição, os ânimos dos eleitores ficam bastantes agitados, o que fez com que tomássemos mais cuidado para não sermos partidários. O que foi bastante interessante, pois tivemos um retorno considerável da população”, recorda a egressa. 

A i4 deixa um legado para cada estudante do projeto de ensino; com Tuãne não foi diferente. “Ali quando produzimos não estamos buscando uma nota, mas sim fazer o melhor para que sejamos levados a sério como profissionais, como jornalistas em formação. O legado da i4 para mim foi compreender que a maneira como escrevemos ou falamos sobre qualquer assunto pode gerar desdobramentos. Ou seja, que devemos de fato compreender o papel do jornalismo como formador de opinião e nunca tentar tirar proveito disso. Escrever ou falar as coisas como elas são, sem exageros ou eufemismo”, frisou. 

Para acompanhar o trabalho da i4 siga a agência nas redes sociais e fique ligado nas novas produções que saem pelo site:

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Redes da i4: 

Instagram:https://www.instagram.com/i4noticias/

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Twitter:https://twitter.com/noticias_i4 

YouTube:https://www.youtube.com/channel/UC2qPtoC1X2js7DLoJkjP9JQ 

i4Cast:https://open.spotify.com/show/5zSiXWo77lNSrnESX3zEs1?go=1&sp_cid=e0ef065946386393fe8121517c7be62c&utm_source=embed_player_p&utm_medium=desktop&nd=1 

Se quiser ver produções mais antigas visite o repositório da i4:

https://i4plataformadenoticias.wordpress.com/

Texto e fotos: Cassiano Batistti, estagiário na Coordenação do Curso de Jornalismo