Consonante aos objetivos do curso e pautando-se no que prescrevem as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Ciências Sociais – 2002 (BRASIL, 2001[1]), o bacharel em Ciências Sociais – Ciência Política deverá estar capacitado ao exercício do trabalho do Cientista Social – Cientista Político em todas as suas dimensões, o que supõe pleno domínio do conhecimento teórico e das práticas de pesquisa, de diagnóstico e de intervenção na realidade social. Desse modo, o futuro profissional deverá ser capaz de apresentar as seguintes habilidades e competências:
- Compreensão da dinâmica política nas instituições do Estado, e também na sociedade;
- Domínio dos recursos necessários para a concepção, análise, implementação e avaliação de políticas públicas;
- Domínio das ferramentas para implementar ações na área de assessoria, consultoria e marketing político;
- Conhecimento da estrutura da administração pública;
- Capacidade de estabelecer relações entre o setor público e o setor privado, ou seja, o exercício de compliance, seja na construção e/ou adequação às normas de funcionamento ou em ações de parceria público-privada;
- Competências metodológicas de formação para o desenvolvimento de pesquisas qualitativas e quantitativas, no setor público ou privado, de natureza sócio-política;
- Entendimento dos desafios do Estado Federativo, com compreensão sobre as atribuições das esferas de governo (União, estados e municípios);
- Competência na articulação entre teoria, pesquisa e prática política e social;
- Domínio dos principais conceitos teóricos e metodológicos das Ciências Sociais – Ciência Política.
2.3.1 Campos de Atuação Profissional
A demanda por profissionais de Ciências Sociais – Ciência Política formado pela UNIPAMPA tem sido crescente. O trabalho do bacharel em Ciências Sociais – Ciência Política pode ser feito no setor público ou no setor privado. Para atuar no setor público, o profissional pode ser um funcionário nos governos (federal, estadual ou municipal), nos legislativos (Congresso Nacional, Assembleia Legislativa ou Câmara de Vereadores), na diplomacia e em institutos de pesquisa – como IBGE, DIEESE, IPEA, Fundação Carlos Chagas, Fundação Fiocruz, Casa de Rui Barbosa, dentre outros – soma-se a atuação em ONG´s e instituições de fomentos de ações sociais, principalmente a partir dos anos 1980 e 1990. Dentre os mais renomados podemos citar, IBASE, FASE, ASPTA, IDACO, Viva Rio, ISER e outros. No setor privado, as alternativas incluem desde empregos em institutos de pesquisa, empresas de consultoria, empresas com negócios internacionais, partidos políticos, ONGs, até o trabalho autônomo em consultorias e assessorias, por exemplo, na elaboração de estudos e relatórios de impactos sociais, na consultoria de campanhas eleitorais e a partidos políticos. Assim, o campo de atuação do cientista social – cientista político tem a ver com as relações de poder que envolvem, ou não, o Estado. Tomando por base esse parâmetro, observa-se o quanto ele é abrangente.
2.3.2 Habilidades e Competências
Do graduado em Ciências Sociais – Ciência Política, espera-se como competências gerais:
- Assimilar conceitos que permitam a compreensão de teorias;
- Usar tais conceitos e teorias para analisar a realidade política e social;
- Posicionar-se de um ponto de vista ético-político sobre o exercício da profissão de Bacharel em Ciências Sociais – Ciência Política, bem como sobre os problemas inerentes à sua atuação;
- Deter significativo conjunto de conhecimentos e informações sobre a política, a sociedade e sua profissão;
- Dominar as linguagens habitualmente empregadas nas Ciências Sociais – Ciência Política;
- Refletir permanentemente sobre os desafios e oportunidades de sua prática profissional;
- Ter capacidade para compreender os mecanismos envolvidos nos processos políticos, bem como o seu impacto sobre os diversos setores da sociedade.
Do graduado em Ciências Sociais – Ciência Política, espera-se como competências específicas:
- Ordenar as informações obtidas com o propósito de compreender e explicar as dinâmicas do universo político e das relações sociais, culturais e, principalmente, de poder na sociedade;
- Realizar pesquisas qualitativas e quantitativas no campo das Ciências Sociais, com ênfase nos recursos e princípios da Ciência, com o propósito de fundamentar suas ações profissionais;
- Definir objetivos e estratégias metodológicas a fim de efetuar as relações entre o setor público e o setor privado;
- Avaliar resultados parciais e integrais para, a partir disso, determinar, quando necessário, mudanças em planejamentos estabelecidos no âmbito do setor público ou privado;
- Executar e orientar trabalhos de produção de campanhas políticas;
- Dominar linguagens e competências na articulação entre teoria, pesquisa e prática política e social;
- Identificar e analisar as transformações econômicas e sociais em escala global, nacional, regional e local que influem no setor público e privado;
- Reconhecer a responsabilidade social da profissão, mantendo os compromissos éticos estabelecidos pelas entidades profissionais da área.
[1] Parecer CNE/CES nº 1.363/2001, aprovado em 12 de dezembro de 2001