O professor Leandro Conde, do curso de Ciências Sociais – Ciência Política da Unipampa, campus São Borja, assina, junto com o professor Rafael Moura, da Faculdade de Economia da UERJ, artigo para o site Poder 360, intitulado “Desafios e tendências em 10 anos de Xi Jinping”, no qual os autores abordam os principais eventos, dilemas e prognósticos dos 10 anos de governo Xi na China. Cobrindo a política externa e economia chinesa, os autores afirmam que a ascensão da China como superpotência econômica no século XXI tem desafiado os interesses dos Estados Unidos, evidenciado pela intensa guerra comercial iniciada por Donald Trump em 2018.

Nos últimos anos vemos a desaceleração econômica na China, no entanto, ela implica uma perda significativa de poder no cenário geopolítico e geoeconômico global. O ranking Global 500 da Revista Fortune em 2019 revelou que a China temporariamente empatou com os EUA no maior número de grandes empresas, com 120 cada, destacando a contínua ascensão do país asiático. Mesmo considerando que uma parte substancial dessas empresas é estatal, a China mantém uma presença robusta em setores essenciais das cadeias globais de valor.

De acordo com o Atlas da Complexidade Econômica, a China lidera com 35% do mercado mundial de têxteis, 28,94% de eletrônicos e 23,6% de maquinários. Além disso, o país é o maior produtor global de novas patentes, representando mais de 46% do total em 2021, de acordo com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, superando significativamente os Estados Unidos. Esses indicadores refletem os esforços chineses para construir uma nação inovadora, conforme delineado em seus últimos Planos Quinquenais.

Sob a liderança de Xi Jinping, a China busca uma posição mais proeminente no cenário internacional, contrastando com a abordagem anterior de evitar os holofotes defendida por Deng Xiaoping. Isso reflete uma mudança significativa na visão do país e de seu papel no mundo desde o início das reformas na década de 1970.

A China de Xi Jinping adota uma postura mais proativa no cenário internacional do que sob qualquer outro líder desde o início do período de reforma e abertura comercial do país.

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