“Brasil 2017: Crise política, pós-verdade e alinhamento conservador”
No dia 08 de maio de 2017, no auditório do Colégio Estadual Getúlio Vargas às 19 horas, o curso de Ciências Sociais – Ciência Política irá desenvolver a aula magna, “Brasil 2017 crise política – verdade alinhamento conservador”, que será ministrada pelo Prof º Dr. Bruno Lima Rocha Beaklini, professor graduado em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e mestrado e doutorado em Ciência Política, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente atua como professor adjunto do curso de Relações Internacionais da UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
A crise política no Brasil que se aprofundou no início no ano de 2016, provocou uma mudança irregular de governo, uma intensificação da aplicação do programa neoliberal, e mais de uma onda de protestos. E tudo isso parece ser apenas o começo de um período maior de expressão destas características. De imediato, pode-se dizer que na conjuntura que levou e na qual se deu a queda do governo de Dilma Rousseff estava, de fato, em curso uma crise política. Esta teve três principais fatores: o primeiro foi que, como efeito atrasado da crise econômica de 2008 – na verdade consequente das medidas para estancar essa crise, incluindo subsídios e isenções de impostos para várias empresas grandes; o segundo coube a grupos afiliados a institutos liberais norte-americanos, como o Movimento Brasil Livre – MBL – que viram na falha do governo petista em conter os protestos de 2013 evidências de que este não conseguia mais conter as forças populares, invalidando a estratégia da conciliação de classes; e o terceiro é a Lava – Jato por onde passou boa parte dos desenvolvimentos superestruturais da crise – como o crescimento da reprovação ao governo Dilma, o foco das manifestações de grupos como o Movimento Brasil Livre – MBL , e a desvalorização no mercado das empresas nacionais, mas, inusitadamente, não o processo jurídico que tirou Dilma do poder. Portanto, é sobre a estrutura de uma crise econômica, e com duas formas distintas de pressão por agentes ligados ao imperialismo estadunidense, que se forma uma crise política.