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Educação Especial e Inclusiva na Educação Superior

A inclusão no ensino superior é um dos desafios mais significativos enfrentados pelas universidades brasileiras na atualidade. O avanço das políticas públicas e o fortalecimento dos direitos das pessoas com deficiência têm impulsionado um movimento de transformação institucional, voltado à construção de espaços acadêmicos verdadeiramente democráticos, acessíveis e inclusivos.

Nesse contexto, iniciativas como o projeto “Comunidades de Práticas Pedagógicas Inclusivas – CoPI” da UNIPAMPA, desenvolvido em parceria com o Núcleo de Desenvolvimento Educacional (NuDE) do campus de Caçapava do Sul, representam importantes ações de fortalecimento da inclusão educacional e da valorização da diversidade humana.

A proposta apresentada ao ABI por Andréa Amestoy Pereira, educadora especial, e Liara Londero de Souza, assistente social e mestre em Políticas Públicas e Gestão, reforça a importância de pensar a inclusão não apenas como um direito garantido por lei, mas como um compromisso ético e pedagógico de toda a comunidade acadêmica. A universidade, enquanto espaço de produção e difusão do conhecimento, deve ser também um lugar de acolhimento, onde as diferenças sejam reconhecidas e respeitadas, e onde todos tenham oportunidades de aprendizagem e participação.

 

No contexto da educação especial no Ensino Superior, é fundamental compreender que a inclusão vai além da presença física de estudantes com deficiência nas salas de aula. Ela exige acessibilidade em múltiplas dimensões: arquitetônica, comunicacional, pedagógica, tecnológica e atitudinal. Isso significa, por exemplo, adequar os espaços físicos, disponibilizar recursos de tecnologia assistiva, adaptar materiais didáticos, garantir intérpretes de Libras, além de promover formações continuadas que sensibilizem docentes e técnicos sobre as necessidades e potencialidades dos estudantes com deficiência.

A Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) vem se destacando nesse cenário por suas ações voltadas à acessibilidade e inclusão. Por meio do NUDE e do projeto CoPI, têm sido desenvolvidas estratégias para promover a formação de uma comunidade acadêmica mais preparada para lidar com a diversidade. Essas ações envolvem desde o diagnóstico das barreiras existentes até a construção coletiva de soluções que favoreçam o acesso, a permanência e o sucesso acadêmico dos estudantes público-alvo da educação especial.

A atuação da educadora especial Andréa Amestoy Pereira e da assistente social Liara Londero de Souza  junto à ABI reforça a importância do trabalho interdisciplinar no enfrentamento dos desafios da inclusão. Enquanto a educação especial contribui com o olhar pedagógico sobre as adaptações e os recursos necessários para a aprendizagem, o serviço social atua na compreensão das dimensões sociais, econômicas e culturais que impactam a trajetória educacional dos estudantes. Essa integração de saberes possibilita uma abordagem mais ampla e humanizada, que considera o estudante em sua totalidade.

Texto: Denize Vivian (Bolsista de Gestão da ABI).