Professora Drª Hilda Jaqueline de Fraga, do curso de Bacharelado em Produção e Política Cultural lança livros

EXPERIMENTAÇÕES, POLÍTICAS CULTURAIS E PATRIMÔNIOS.
ORGANIZADORES: Hilda Jaqueline de Fraga, Claudira do Socorro Cirino Cardoso, Éverton Reis Quevedo, Véra Lucia Maciel Barroso e Renata Andreoni.
EDITORA: EST, Porto Alegre/RS.
ANO DE EDIÇÃO: 2018.

 


RESUMO: A obra apresenta pautas que problematizam e reiteram a importância de análise que aprofundem a intrínseca relação das políticas públicas com a cidadania cultural. Tal perspectiva parte de reflexões focadas nos (des)caminhos das políticas culturais efetivadas nas últimas décadas, avaliando os seus impactos com o objetivo de explicitar as inquietudes e os dilemas associados ao campo do patrimônio e, na mesma medida, levantar alguns indicadores culturais que possibilitem reorientações de curso. O mote para a reflexividade proposta tem como escopo as pesquisas e as trajetórias de pesquisadores convidados a socializar seus estudos. Por meio dos referenciais trazidos, a obra tece as ideias e posicionamentos teóricos elaborados pelos autores convergindo para os complexos labirintos políticos que envolvem o patrimônio e a memória social em sua inventividade, problemática e impasses. Ao assumirem o desafio deste itinerário os artigos investem num esforço coletivo e interdisciplinar propondo discutir as políticas pregressas e recentes, formuladas pelo Estado na esfera patrimonial, em aproximação com as demandas sociais. Para em seu conjunto nos provocar a constituir novos itinerários no campo das políticas culturais para o patrimônio que se mostra hodiernamente cada vez mais dinâmico e plural. O resultado é um mosaico de interfaces, ampliados num segundo momento do livro, no qual os argumentos dos autores se entrelaçam posteriormente, aos territórios patrimoniais sensíveis e historicamente contestados sejam eles a cidade ou os aparelhos culturais. Todos identificados com a luta pela democratização da cultura concebida na e com a diversidade, e, somente perceptível, àqueles que empreendem a “arte da inteligência e a inteligência do olhar…”. Sob as diferentes nuanças trazidas, o livro é organizado em duas seções. Na seção (Des)caminhos das políticas culturais para o patrimônio os textos tratam de temas situados no campo das políticas culturais versando sobre as iniciativas levadas a cabo pelo poder público e os seus imbricamentos com o campo da memória. Além de abordarem sobre o panorama dos recursos e financiamentos para a área, as dinâmicas dos processos de patrimonialização de cidades históricas, a realidade das políticas para o patrimônio audiovisual latino-americano e os ofícios do historiador enquanto profissional imerso neste cenário. A segunda, Diálogos patrimoniais na diversidade articula experiências com o patrimônio cultural, desenvolvidas pelos diferentes agentes e territórios culturais em que os bens culturais se instituem sob o viés da arte da inteligência, das questões étnico-raciais e de comunidades faveladas enquanto memória da cidade. Para além destes aspectos a característica diversa dos artigos também exercita a troca de saberes, tanto os gerados nos contornos da institucionalidade, quanto os ligados a entidades associativas criadas pelos movimentos sociais para demarcarem seus espaços de existência e protagonismo cultural. As escritas aqui reunidas se colocam, portanto, como um movimento de diálogo profundo e consistente permeado pela crítica propositiva. Afinal, conhecer é reconhecer, é também lembrar, preservar e questionar percursos que se abram aos inéditos viáveis.